sábado, 21 de maio de 2011

Fim de tarde

Sempre alguém estoura com um grande sucesso romântico, o que comprova que a música romântica é eterna e os rótulos depreciativos que alguns tentam impor não passam de coisas menores e insignificantes, afinal, quem não é romântico, talvez gostaria de ser.

Essa canção é da década de 70, imortalizada pela Cláudia Telles e revivida na década de 90, com o grupo vocal Fat Family. Um amor partido que é revivido pela saudade, sobretudo naqueles momentos em que a paisagem grita a ausência de alguém para completá-la.

Fim de tarde
(Mauro Motta e Robson Jorge)

Hoje eu sinto tanto não ter você
E nem o tempo fez eu te esquecer
E prá que chorar se você não vem
Não vem...

Perdi você
Não tente entender ainda te amo
Perdi você
Sem razão, sem querer

Todo fim de tarde é sempre assim
E uma saudade vai nascendo em mim
Se eu já nem sei mais porque
Te amei

Perdi você
Não tente entender ainda te amo
Perdi você
Sem razão, sem querer

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fez do meu coração a sua moradia...

Ela é natural do Rio de Janeiro/RJ, mas foi criada em São Paulo. Sua relação com a música vem desde a infância e na adolescência, após estudar canto, foi crooner de boates de volta ao Rio de Janeiro, cantanto música norte-americana e bossa nova. Ela é Eliana Leite da Silva, conhecida como Eliana Pittman.

Nos anos 60, já excursionava pelo exterior, divulgando sua música e tornou-se conhecida nacionalmente em 65, quando excursionou pelo país. Entre os sucessos de seu repertório estão Tristeza, Esse mar é meu, Mistura de carimbó, Eu bebo sim, Dança do carimbó, Tô chegando já cheguei, Maré mansa, Capital do samba, Nem saudade, entre outras, que também garantiram a ela o título de Rainha do carimbó, por ser uma das pioneiras a divulgar esse ritmo.

Eliana também é atriz e segue fazendo shows país afora. Como uma das vozes brasileiras consagradas já pelos seus mais de 40 anos de carreira, sempre se reencontra com seu público fiel, a quem sempre reserva uma boa música, uma boa história pra contar, além de suas danças, sua arte!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fique mais uma estação...

Natural de Belém/PA, ele é referência quando o tema é o estouro que foi a lambada, ritmo contagiante sobretudo no final dos anos 80 e começo dos anos 90. Considerado o rei da lambada, Raimundo Roberto Morhy Barbosa, sempre foi conhecido por Beto Barbosa. Campeão de vendas no final dos anos 80, sobretudo pelo sucesso da canção Adocica.

Seu sucesso conquistou todo o país, com canções como Baila neguinha, Preta, Fruto proibido, Dançando lambada, Chamego, Meu amor não vá embora, etc. E uma febre fez esse ritmo renascer, pois anos antes, Sidney Magal também estourava com canções que remetiam a esse ritmo. No Nordeste Brasileiro, a lambada superou por um tempo o forró, chegando a substituí-lo em festas juninas.

Mas, como muitos modismos, a lambada também teve seu tempo e também sofreu seus preconceitos. Mas, acima disso estão artistas como Beto Barbosa, que até hoje continua lotando shows, levando suas músicas e fazendo o povo dançar sob o ritmo que domina tão bem.

Um forte abraço a todos!

domingo, 15 de maio de 2011

CD e DVD Agnaldo Rayol - 50 anos depois

Quem também comemorou 50 anos de carreira foi Agnaldo Rayol, nosso rei da voz, e para celebrar essa data presenteou seus fãs com esse trabalho: Cd e Dvd de um show especial gravado em São Paulo, que contou com as presenças de Pe. Marcelo Rossi (que apresentou o show), Marina Elali (dueto em Eu sei que vou te amar), Érika Rodrigues (dueto na inédita Vai me proteger), Roberto Justus (dueto em I´ve got you under my skin), Fafá de Belém (dueto na Ave Maria, de Vicente Paiva) e Wanessa (dueto em Tocando em frente).

Com produção de Afonso Nigro, após a apresentação do Pe. Marcelo, a orquestra formada por 40 músicos dá início ao show com um medley instrumental envolvendo sucessos da carreira do Agnaldo, que ao encontrar seu público entoa clássicos da música brasileira como Se todos fossem iguais a você, Maria Maria, Fascinação, Rosa, Carinhoso, Começaria tudo outra vez, Romaria e Sangrando.

Um dos pontos altos do show: Agnaldo, Fafá e a Ave Maria.
Temos ainda os medleys E a vida continua/Acorrentados/A praia, El dia que me quieras/La Puerta/La barca e Em nome do amor/Tormento D´Amore/Mia Gioconda, além de Nessun dorma, O princípio e o fim e Ave Maria (Gounod), e por fim Creio em Ti que entrou no bônus que apresenta making of e entrevista, completando esse que é um grande presente para a música brasileira que reverencia sua grande voz!

Um forte abraço a todos!

sábado, 14 de maio de 2011

Ângela

Essa canção é lindíssima e foi imortalizada pelo Neguinho da Beija-Flor, regravada pelo Belo e por Agnaldo Timóteo, mais recentemente. Mas, acredito que seja o maior sucesso do Neguinho, requisitada em todos seus shows. Um samba romântico, daqueles que a música brasileira oferece com maestria para o mundo. Vale lembrar que Ângela é o título de outra canção romântica da nossa música, de Tom Jobim e, talvez por isso, muitos se referem à que estamos abordando como Negra Ângela.

Essa canção remete a uma paixão cinematográfica. Isso mesmo, coisa de cinema, que a gente presencia e se magnetiza como algo que não vale ser interrompido por um piscar de olhos. Acho muito legal também ressaltar a beleza da mulher negra, ainda vítima de tantos preconceitos, e que encontra nessa letra que, inclusive aponta seu nome próprio e juntamente com o samba, é ofertada como uma de nossas riquezas naturais.

Ângela
(Serginho Meriti e Alexandre)

Eu prefiro acreditar que é mentira
É brilho demais para um só olhar
É inspiração demais, é muita lira
Mas meus velhos olhos não queriam me enganar

Ela é negra, negritude que fascina
Senhora menina, menina senhora me descontrolou
A distância e o lindo visual nesta retina
Sua voz que o próprio canto encantou

Hoje eu vi um lindo negro anjo
Anjo negro, lindo anjo
Negra Ângela...

Aquele corpo inteiro me deixou cabreiro
E este instinto masculino vive a me cobrar
Ah, se eu fosse o primeiro
Nem segundos, nem terceiros ocupariam meu lugar

É que eu vi um lindo negro anjo
Anjo negro, lindo anjo
Negra Ângela...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Há um alguém na multidão que vai te adorar com devoção...

Formação atual.
Um dos grupos vocais mais conhecidos e em maior tempo de atividade no Brasil, sucesso da Jovem Guarda: os Golden Boys. A formação original contava com os irmãos Roberto Corrêa, Ronaldo Corrêa, Renato Corrêa e o primo Valdir Anunciação. O grupo começou ainda no final dos anos 50, fazendo versões de suscessos americanos. Foi dessa época o primeiro êxito: Meu romance com Laura.

O grupo alcançou o sucesso nacional depois de fazer parte da Jovem Guarda. Além disso, os irmãos Corrêa se destacaram na composição de sucessos desse tempo como É papo firme, Anjo, Eu amo demais, Foi assim, Não precisa chorar, etc. Também participaram do Terceiro Festival da Canção, acompanhando Beth Carvalho na canção Andança.

Formação original dos anos 60.
Alguns dos sucessos do Golden Boys são Alguém na multidão, Se eu fosse você, Michelle, Mágoa, Pensando nela, Cabeção, etc. Além disso, o grupo participa de projetos de outros colegas como Jorge Benjor, Trio Esperança, Wanderléa, Erasmo Carlos, entre outros, além dos projetos comemorativos de aniversário da Jovem Guarda. Atualmente, a formação conta apenas com os três irmãos, que seguem levando os shows do grupo, país afora.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 10 de maio de 2011

Fazer canções como as que fez meu pai...

Ele é João Batista Nogueira Júnior, ou simplesmente João Nogueira. Natural do Rio de Janeiro, é referência entre os grandes sambistas e por ser filho de músico, esteve desde cedo em contato com grandes nomes como Pixinguinha, Donga e Jacob do Bandolim. Seu pai chegou a tocar com Noel Rosa e foi sua grande influência, pois foi acompanhando seu pai que aprendeu violão.

Nos anos 60, João já era compositor e gravou seu primeiro disco e seus primeiros sucessos. E de lá parte sua carreira que cumpriu até 2000, quando partiu para o andar de cima, mas continua na obra de seu filho, Diogo Nogueira, de quem falaremos adiante.

Entre os artistas que já o gravaram estão Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Eliana Pittman, Zeca Pagodinho, Dona Yvonne Lara, Emílio Santiago, Beth Carvalho, entre outros. Entre os sucessos de seu repertório, estão Espelho, Poder da criação, Nó na madeira, Súplica, Clube do samba, E lá vou eu, O passado da Portela, Amor de malandro, etc.

Um forte abraço a todos!

domingo, 8 de maio de 2011

Mãezinha querida

Mais um clássico da música brasileira em homenagem ao dia das mães. Mãezinha querida sempre foi entoada por grandes vozes, no passado por Carlos Galhardo e mais recentemente, por Agnaldo Timóteo e Ângela Maria. Com uma letra e melodia que remetem à doçura maternal, essa canção atravessa o tempo e se faz presente a cada dia das mães.

E o mais notório é que em poucas palavras e com uma simplicidade admirável, os autores conseguem transimitir essa mensagem terna e amorosa de um filho à sua mãe. Outro ponto favorável é que as vozes que até hoje entoaram essa canção souberam dar o tom certo de emoção e carisma, transformando essa em um clássico e por que não dizer, um hino a esse dia, sempre!

Mãezinha querida
(Getúlio Macedo e Lourival Faissal)

Minha mãezinha querida
Mãezinha do coração
Te adorarei toda vida
Com grande devoção

É tua esta valsinha,
Foste a inspiração
Canto, querida Mãezinha
A tua canção

Alegria... um prazer.
Uma grande emoção.
Neste dia te dizer
com muito amor e afeição.

Oh, minha Mãe,
Minha santa, querida
És o tesouro que eu tenho na vida
Eu te ofereço esta linda canção
Mãezinha do coração...

Um forte abraço a todos!

sábado, 7 de maio de 2011

CD Fábio Jr. Íntimo

Esse está saindo do forno, tido como um grande presente para o dia das mães é o Cd Íntimo, lançado por Fábio Jr, que conta com 13 regravações, produção de César Lemos e com a participação de dois de seus filhos. Nas entrevistas que tem dado, Fábio afirma que são canções que o tocam muito e que gostaria de ter ele mesmo composto tais obras primas.

Com seu filho Fiuk, divide as faixas 20 e poucos anos, do próprio Fábio e Carango, que foi sucesso na época da Jovem Guarda, gravada por Wilson Simonal e Erasmo Carlos. Mas, Fábio também passeia pelo rock moderno com As dores do mundo e Dias melhores, do repertório do Jota Quest, passando por Marina Lima em Fullgás, com quem divide o vocal com sua filha Tainá, e também Noite do prazer, de Cláudio Zoli. E essa levada pop rock se evidencia também nas versões de Casinha branca, do Gilson, Muito estranho, do Dalto e Paciência, do Lenine.

As baladas aparecem em Você é linda, do Caetano Veloso, Esquinas, do Djavan, Paixão, do Kleiton e Kledir e Do fundo do meu coração, de Roberto e Erasmo. Sem lançar canções inéditas há alguns anos, Fábio continua presenteando seus fãs com trabalhos onde seu lado intérprete aflora, para o delírio das mulheres e dos fãs da boa música. E, embora apareça dormindo na capa, prova com esse trabalho que não dorme em serviço, apresentando mais um trabalho excelente, onde impõe a marca Fábio Jr. e a empresta a grandes clássicos.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Eu sou cachoeira presa...

Natural de São Gonçalo/RJ, eis aqui uma cantora que merecia mais destaque da mídia: Selma Reis. Desde 1987, quando gravou seu primeiro Lp, Selma conquista a cada dia um público cada vez mais fiel, embora a mídia ainda pareça não a ter descoberto. Sua formação veio das rodas de seresta que sua família proporcionava.

Mesmo assim, Selma é dona de discos refinados lançados no mercado por toda década de 90 e 2000, e alguns sucessos como O que é o amor, Estrelas de outubro, Sombra em nosso olhar, Deságua, O preço de uma vida, Se bastasse uma canção, Emoções suburbanas, Nossa paixão, Feliz, Ave Maria, Todo sentimento, O preço de uma vida, entre outras.

Com um gosto refinado, Selma já fez shows com Cauby Peixoto, fez discos temáticos com a obra de Gonzaguinha, Sueli Costa e Paulo César Pinheiro, e vem se firmando como uma das vozes mais bonitas da música brasileira e como uma intérprete perfeita que muito tem a oferecer a essa nossa música!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 3 de maio de 2011

E parecia que eu te conhecia há muito tempo...

Ao falamos de filho de peixe, peixinho é, na música brasileira temos vários exemplos que comprovam esse ditado. E um deles é Wilson Simonal Pugliesi de Castro, conhecido como Simoninha. Natural do Rio de Janeiro/RJ, Simoninha é cantor, compositor e instrumentista. Ainda criança já cantava e atuava em discos infantis.

Foi produtor de seu pai e também de Jorge Benjor. E aprendendo com essas escolas, integra a safra de grandes nomes para a nova música brasileira. Sempre ao lado de seu irmão Max de Castro e continuando o trabalho de seu pai, já lançou alguns cds, ambos bem aceito pelo público, destacando também o dvd feito com repertório do Jorge Benjor, gravado pela MTV.

Outro cd que merece destaque é o Baile do Simonal, comandado por ele e por seu irmão, que contou com vários artistas como Caetano Veloso, Maria Rita, Samuel Rosa, Ed Motta, entre outros, em torno da obra de seu pai. Alguns sucessos de seu repertório são Essa moça tá diferente, Ela é brasileira, Eu sei que você vai me entender, Sossega, Flor do futuro, Santa Clara, Música romântica, Agosto, É bom andar a pé, Ter você, etc.

Um forte abraço a todos!

domingo, 1 de maio de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 6

E hoje, dia do trabalhador, vamos homenagear mais um trabalhador da arte da interpretação musical: Gal Costa. Sim, seu nome é Gal e ela mostra em sua carreira, com seu repertório, que é uma das intérpretes preferidas dos compositores nacionais, desde a década de 60, quando emplacou seus primeiros sucessos Baby, Meu nome é Gal e Que pena.

Gal é intérprete por natureza e é difícil destacar duas ou três canções de seu repertório. Acredito que ela tenha gravado mais Caetano Veloso que a irmã dele, Maria Bethânia. Li que seu próximo projeto vem com canções inéditas dele e das que já gravou do Caetano destaco Baby que, embora apresente várias versões,  sempre nos remete à marca Gal Costa. E o que dizer de Meu bem meu mal, do mesmo artista? Do Doryval Caymmi, Gal imortalizou Só louco, entre outras.

De Chico Buarque, quem não lembra de Folhetim em sua voz? A Aquarela do Brasil é outra se não for interpretada pela Gal. Sua estupidez de Roberto e Erasmo tem um toque de Gal. Mas, a baiana também é craque em Dia de domingo de Sullivan e Massadas, Chuva de prata de Ed Wilson e Ronaldo Bastos, Alguém me disse de Jair e Evaldo. O que dizer de Nuvem negra do Djavan em sua voz? E Caminhos cruzados de Tom Jobim, ao qual gravou um disco impecável? Dá pra negar que essas e outras mostram que Gal Costa é mesmo preferida entre os compositores e uma das maiores intérpretes dessa nação?

Um forte abraço a todos!

sábado, 30 de abril de 2011

Todo azul do mar

Quem presencia as letras de vários sucessos atuais e quem garimpa algum gesto de romantismo nas atuais composições e, de repente se depara com letras de canções antigas como essa do Flávio Venturini, também cantada pelo Roupa Nova, logo percebe porque alguns são taxados de meros saudosistas.

Todo azul do mar é linda e sua letra pinta paisagens, suspiros poéticos, paixões, sensações de que o amor existe e existirá sempre! E essa canção entoa várias cerimônias de casamento país afora. Se estamos tratando de algo que muitos preferem torcer o nariz e taxar de cafona, reforço que é muito bom ter um coração cafona que entoa canções como esta, linda como o azul do mar, reflexo do céu!

Todo azul do mar
(Flávio Venturini e Ronaldo Bastos)

Foi assim, como ver o mar
A primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar
Não tive a intenção de me apaixonar
Mera distração e já era momento de se gostar

Quando eu dei por mim nem tentei fugi
Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar
Quando eu mergulhei no azul do mar
Sabia que era amor e vinha pra ficar

Daria pra pintar todo azul do céu
Dava pra encher o universo
Da vida que eu quis pra mim

Tudo que eu fiz foi me confessar
Escravo do seu amor, livre pra amar
Quando eu mergulhei fundo nesse olhar
Fui dono do mar azul, de todo azul do mar

Foi assim, como ver o mar
Foi a primeira vez que eu vi o mar
Onda azul, todo azul do mar
Daria pra beber todo azul do mar
Foi quando mergulhei no azul do mar

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Os Músicos do Brasil - 21

Ele é compositor, pianista e arranjador. Trata-se de Cristovão da Silva Bastos Filho, ou simplesmente Cristóvão Bastos, como é conhecido esse músicoque já trabalhou com vários artistas da nossa música. Natural do Rio de Janeiro/RJ, desde cedo já tocava acordeão e aos 18 anos tocava piano em boate do Rio.

Como arranjador, trabalhou em shows e discos de Chico Buarque, Paulo César Pinheiro, Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Aldir Blanc, Abel Silva, Nana Caymmi, Edu Lobo, Leny Andrade, Agnaldo Rayol e Gal Costa. Mas, Cristóvão também lançou discos instrumentais, com os quais foi premiado várias vezes, além de compor trilha de filmes e se destacar como compositor.

São de sua autoria com alguns parceiros famosos as canções Todo sentimento, Suave veneno, Resposta ao tempo, Raios de luz, entre tantas outras. E entre os intérpretes de suas canções temos Chico Buarque, Maria Bethânia, Nana Caymmi, Paulinho da Viola, João Nogueira, Barbra Streisand, Milton Nascimento, Cauby Peixoto, Demônios da Garoa, Simone, Verônica Sabino, Ney Matogrosso, etc. Com esse currículo e com uma vasta contribuição, como foi todo o arranjo do show Gal Costa canta Tom Jobim de 1999 e outros que não caberiam nessa postagem, fica aqui nossa simples homenagem a esse grande nome internacional da nossa música.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Os compositores do Brasil - 37

Ele foi um dos principais parceiros de Tom Jobim, sobretudo durante a Bossa Nova. É o criador de canções como Demais, Dindi, Eu preciso de você, Inútil paisagem, Fotografia, Só tinha de ser com você, entre outros. Natural do Rio de Janeiro, Aloysio de Oliveira marcou seu nome na música brasileira com alguns clássicos inesquecíveis.

Só pra citar artistas que já o gravaram ou foram produzidos, já que Aloysio é também produtor, além de cantor, temos João Gilberto, Sílvia Telles, Moacir Franco, Maysa, Os cariocas, Wilson Simonal, Elizeth Cardoso, Edu Lobo, Caetano Veloso, Nara Leão, Fagner, Elis Regina, Gal Costa, Maria Bethânia, Ivan Lins, Joyce, Nana Caymmi, Ella Fitzgerald e o próprio Tom Jobim.

A ele é creditado o sucesso de Carmem Miranda no exterior e também o início da Bossa Nova. Com um currículo de canções e intérpretes como esse, uma simples postagem como homenagem é algo mais que justo, pois além de tudo que foi dito, temos aqui um pouco mais sobre a gênese de clássicos da nossa música, sobretudo da obra do Tom Jobim.

Um forte abraço a todos!

domingo, 24 de abril de 2011

Olhando as estrelas - 14

Nos 80 anos da Hebe, em 2009.
E encerramos essa semana, onde homenageamos o rei Roberto Carlos por seus 70 anos de idade, com postagens que remetem a seu aniversário, seu amigo padre-cantor, uma de suas canções religiosas e hoje, um de seus encontros mais nobres: Roberto Carlos e Julio Iglesias. Embora sejam amigos pessoais de longa data, eles nunca gravaram uma faixa juntos e o cantor espanhol nunca participou de um especial de fim de ano do rei. Mas, ambos já gravaram clássicos latinos individualmente como Volver, El dia que me quieras, Adios e El manicero. Também já fizeram versões distinas para Dizem que um homem não deve chorar e Aquarela do Brasil, que Roberto cantou em shows. Ambos gravaram And i love her, dos Beatles, Roberto, em português e espanhol.

Solamente una vez, en Siempre en Domingo, México 1989.
Na década de 70, Julio gravou Sentado à beira do caminho, de Roberto e Erasmo, em português e alemão. Em 75, Julio assistia a uma apresentação do Roberto nos Estados Unidos, quando subiu ao palco e cantaram juntos La distância, do rei.  Nos anos 80, participaram do projeto beneficente Hermanos,  na faixa Cantaré cantarás. Ao final dessa década, pretendiam lançar um disco juntos, fato que não ocorreu por problemas contratuais do Roberto com a então CBS. O Julio fez o projeto sozinho, que resultou no cd Romances (Raízes). Em 89, cantaram juntos pela segunda vez, a canção Solamente una vez, no programa mexicano Siempre en domingo.

Projeto Hermanos 1985, onde gravaram Cantaré cantarás
Na década de 90, participam novamente de um projeto coletivo, o Voces Unidas, na faixa Puedes llegar, pelas Olimpíadas de Atlanta. Ao final da década passada e início desta, Julio não parava de afirmar em várias entrevistas que seu sonho seria gravar algo com Roberto. Em 2004, ao Amaury Jr., Roberto revela que se anima com a ideia, embora ache pouco provável, pelo perfeccionismo de ambos. Em 2009, os dois astros se encontraram na festa dos 80 anos da Hebe. E, com certeza, todos nós fãs desses dois artistas, torcemos que mais encontros como estes se realizem e quem sabe aconteça a tão sonhada gravação desses dois astros mundiais que sempre cantaram o amor pelo mundo afora!

Feliz Páscoa a todos!

sábado, 23 de abril de 2011

Aleluia

E pra esse Sábado de Aleluia, nada melhor que uma canção com esse título, feita em 1984 pelo aniversariante da semana, Roberto Carlos e seu eterno parceiro, o tremendão Erasmo Carlos. E mais conveniente que isso é saber que ela está alinhada com o tema da Campanha da Fraternidade desse ano, pois apresenta em sua temática religião e natureza.

Aleluia é uma das mensagens mais lindas do Roberto e torço para que um dia ele a cante novamente. Lembro que, no criança esperança de 97, a cantou com uma interpretação de arrepiar. A beleza da natureza com seu verde, com suas estrelas, suas colinas, suas paisagens, seu arco-íris representando a arte de Deus é um motivo maior para agradecermos por mais um dia de vida, por sabermos que Jesus vive e caminha conosco por essas paisagens, como indica a canção:

Aleluia
(Roberto Carlos e Erasmo Carlos)

Quando o sol aquece de manhã
o planeta terra onde eu vivo,
não importa em que lugar estou,
Olho a natureza pensativo

O vento assanha as águas do oceano
Surfa pelas ondas da canção
Quem compõe a música do vento?
E quem acendeu o sol, então?

Aleluia, Aleluia!
Conclusão dos pensamentos meus.
Aleluia, Aleluia!
Em tudo isso tem a mão de Deus.

Quando cai a chuva e molha o chão,
meu planeta fica tão florido
vem a tarde e as tintas lá do céu,
pintam um horizonte colorido

Folhas, flores, frutos se misturam
nesse quadro o amor e a perfeição
Quem é esse agricultor divino?
É o mesmo autor do quadro, então

Aleluia, Aleluia!
Conclusão dos pensamentos meus.
Aleluia! Aleluia!
Em tudo isso tem a mão de Deus.

Quando vem a noite, eu olho o céu
as estrelas brilham no infinito
Vejo a lua clara sobre o mar
E nesse momento eu reflito

Um ser supremo em tudo isso existe
Deus, a luz maior, a explicação
Tudo vem das suas mãos divinas
O céu, a terra, o mar, a vida, então

Aleluia! Aleluia!
Conclusão dos pensamentos meus
Aleluia! Aleluia!
Em tudo isso tem a mão de Deus

Um forte abraço e uma boa Páscoa a todos!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Eu sou teu filho, tu és meu pai, misteriosa verdade...

A música gospel tem conquistado cada vez mais espaço entre os brasileiros. Considero Pe. Zezinho e Pe. Antônio Maria pioneiros nesse mercado cada vez maior e isso não é apenas opinião minha, pois vários religiosos e leigos do mundo artístico e até de outras religiões afirmam essa verdade, que eles abriram caminhos para os que hoje estão aí. Há algum tempo falamos da obra do Pe. Zezinho e hoje, destacaremos o Pe. Antônio Maria.

Conhecido por muitos como o padre do Roberto Carlos, por sua amizade com o cantor que, inclusive já gravou com ele em seu cd, Pe. Antônio Maria queria ser cantor desde pequeno, mas o sacerdócio foi mais forte e mais tarde pensou em porque não unir as duas vocações? Ganharam os admiradores do padre e os fãs do cantor que lançou discos e interpretações belíssimas.

Entre seu repertório, estão clássicos já tocados em várias missas e também em seus shows, de várias épocas, como Cura Senhor, O Senhor é rei, Mãe peregrina, Sonda-me, Pegadas na areia, No mar de Maria, É bom ter família, Ninguém te ama como eu, Nossa Senhora, Aleluia, Eu sou feliz, Jesus Cristo, Pai de misericórdia, etc. Além do Roberto, já gravou com Daniel, Elba Ramalho, Fafá de Belém, Agnaldo Rayol, José Augusto, Hebe, entre outros.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Roberto Carlos - 70 anos de vida

E Roberto Carlos chega aos 70 anos. E o que dizer? Quanto temos para agradecer a esse homem que canta o amor há tanto tempo? Poderia subir a montanha e ficar bem mais perto de Deus e agradecer por presenciar esse ser que venceu as barreiras, as dificuldades e os preconceitos encontrados nesse caminho, afirmando que o amor é a força maior e que devemos cultivar esse sentimento em nós sempre.

Poderia dizer como fã do trabalho do Roberto e como apreciador da música brasileira que são 70 anos de pura lição, pois o homem que é chamado de rei se porta como um simples senhor que sabe ser um senhor, como foi um simples menino e sabia ser menino no colo da mãe, um simples garoto e sabia ser um garoto em busca de um broto que seria seu eterno amor, um simples homem exemplar que soube plantar tantos sentimentos nobres nas pessoas, na família brasileira, na natureza e na arte, através de seu canto e de suas mensagens. Um simples artista que se encurva diante do aplauso que recebe e lança flores para pessoas que estão magnetizadas com seu carisma. Mas, não me contento com um simples texto que fale sobre tudo isso em poucas palavras.

Poderia perguntar quem nunca cantou, assobiou, tocou, chorou ou ao menos citou alguma canção do Roberto? Tantos artistas o regravaram, tantos encontros memoráveis com seus súditos famosos e anônimos, tantas histórias pra contar de fãs, admiradores, de pessoas comuns que tiveram suas vidas regidas pela trilha sonora de sua majestade. Mas, falar apenas isso não é suficiente diante de tanto que ele fez por todos, sem ao menos perceber que seus gestos majestosos seriam tão grandiosos e gratificantes para quem os recebessem e com eles aprendessem.

Penso que se escrevesse mil parágrafos como esses, mesmo assim ainda não conseguiria dizer o que sinto. Acho que com palavras não sei dizer, ou tudo isso é pouco diante do que sinto. Daí eu entendo ainda mais porque a gente se desespera a procurar alguma forma de falar e o coração fica a 300 km/h vivendo esse momento lindo. E os tradicionais desejos de felicidade, paz e saúde acompanham a vontade de que mais aniversários venham pela frente, pois essa é a certeza de que existirão outras oportunidades de tentar dizer algo mais que não consegui nesse momento, mas que são apenas detalhes pequenos de uma vida cheia de muitas emoções!

Um forte abraço a todos!

domingo, 17 de abril de 2011

CD e DVD Guilherme Arantes Intimidade

Intimidade é o nome dado ao Cd e Dvd gravado por Guilherme Arantes em 2007. Produzido por Luiz Carlos “Meu bom”, é resultado de uma apresentação íntima e acústica, realizada em seu próprio estúdio, em sua casa na Bahia e com uma plateia seleta formada por trinta expectadores de seu fã-clube, que se deliciaram ao som de seus eternos clássicos.

No cd temos Planeta água, Cheia de Charme, Deixa chover, Um dia um adeus, Cuide-se bem, Coisas do Brasil, Meu mundo e nada mais, Amanhã, O melhor vai começar, Lance legal, Marina no ar, Lindo balão azul, Pedacinhos e Brincar de viver. O dvd traz as mesmas canções, algumas como extras, além de outras seis que são Fã número 1, Êxtase, Sob o efeito de um olhar, Todo mês de maio na maior, Blue moon para sempre e Salvador primavera e outono.

Nos extras temos Making of e depoimento do artista que conta um pouco sobre sua trajetória e sobre esse projeto acústico, que coroa a carreira de um dos mais bem sucedidos cantores, compositores e músicos desse país, que nos presenteia com trabalhos como este e com suas inesquecíveis composições!

Um forte abraço a todos!

sábado, 16 de abril de 2011

Pensar em você

Chico César é outro compositor da nova geração que vez por outra nos presenteia com pérolas como esta. Imortalizada pela Daniela Mercury, tema da novela global Belíssima (2005-2006), Pensar em você traz consigo o romantismo à flor da pele, despertado apenas com um simples pensamento que toma conta de todo um ser e de todo o universo ao mesmo tempo. E não há chuva que mude esse pensamento, pois só essa existência deixa o dia sempre lindo!

Dizem que Chico fez essa canção como encomenda para Roberto Carlos gravar e este não gravou. Independente desse fato, a verdade é que essa canção tornou-se uma das mais românticas dos últimos tempos, provando que autores brasileiros ainda são e serão sempre capazes de criar pérolas para os amantes da boa música, sobretudo romântica.

Pensar em você
(Chico César)

É só pensar em você que muda o dia
Minha alegria dá pra ver
Não dá pra esconder

Nem quero pensar se é certo querer
O que vou lhe dizer
Um beijo seu
E eu vou só pensar em você

Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
Vontade de viver mais
Em paz com o mundo e comigo

Se a chuva cai e o sol não sai
Penso em você
Vontade de viver mais
Em paz com o mundo e consigo

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Coleção de cd´s de Tim Maia

Assim como aconteceu com Chico Buarque, a Abril Coleções lança uma segunda proposta, agora com o eterno síndico da MPB Tim Maia. Também como ocorreu com Chico Buarque, não se trata de sua coleção completa, mas alguns dos principais títulos selecionados para fazerem parte de um sofisticado trabalho com direito a encarte em forma de livreto com histórias do artista, do país de sua época e do disco apresentado.

São 15 volumes e o primeiro é Tim Maia 1970, que custa R$ 7,90 e os demais custarão R$ 14,90, com destaque para trabalhos inéditos do Tim, como foi o Racional Volume 2 (1976) e o Racional Volume 3, que não foi lançado nem em vinil pelo artista na época. Entretanto, este último volume só pode ser adquirido por quem comprar os outros 14, através de um cadastro feito no site da coleção.

Mesmo não trazendo todos os títulos os anos 70, ou outros valiosos álbuns dos anos 80 que mais venderam e popularizaram o cantor, é interessante se deparar com uma coleção como essa, adquirida nas bancas e que tem em seu encarte o ponto alto do trabalho, perdendo apenas para o vozeirão do Tim e o som de seus eternos clássicos Primavera, Pede a ela, Leva, Não quero dinheiro, Chocolate, Como uma onda, Ascende o farol, Dia de domingo, Me dê motivo, Gostava tanto de você, Do leme ao pontal, Descobridor dos sete mares, Sossego, Vale Tudo, Azul da cor do mar, Bons momentos, etc.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 5

E nessa série em que homenageamos os maiores intérpretes que esse país oferece, destacando suas maiores interpretações, trazemos hoje um cara que é o rei da voz, um professor da música brasileira, uma referência para tantos outros grandes intérpretes, 80 anos de emoção de Cauby Peixoto. Durante toda sua carreira, Cauby mostrou que é intérprete por natureza, não apresentando composições e dessa forma, todos os sucessos de seu repertório são interpretações de outros criadores.

Algumas dessas interpretações receberam destaque em projetos como Cauby interpreta Roberto de 2009, onde visita a obra do rei, ou Cauby sings Sinatra de 2010 onde navega na obra do ídolo Frank Sinatra, ou Cauby canta Baden de 2006. E em termos de canções, destacaria três de seu repertório como pérolas que o levam ao patamar de intérprete por excelência: Conceição, Bastidores e É tão sublime o amor.

Esta última é mais particular de seu repertório e envolve meu gosto pessoal. Conceição é o primeiro clássico do Cauby e virou sua marca registrada, ficando difícil alguém se aventurar a interpretá-la depois dele, inclusive destaco a versão feita para a série 20 super sucessos. E Bastidores é tão Cauby, que não seria pecado dizer que é a canção dele, feita pra ele e chego afirmar que foi uma das maiores inspirações do Chico Buarque em termos de música por encomenda, o que afirma tudo que pude dizer nessa postagem: Cauby é um mestre nessa área e um verdadeiro intérprete da nossa música, habitando a nobreza desta!

Um forte abraço a todos!

domingo, 10 de abril de 2011

CD Marisa Monte - Barulhinho bom

Esse é mais um grande trabalho da Marisa Monte. Resultado da turnê Cor-de-rosa e carvão, foi lançado em 1996 em formato duplo, com 11 canções ao vivo no primeiro cd, captadas em shows realizados nos Teatros Guararapes (Recife/PE) e Carlos Gomes (Rio de Janeiro), e 7 músicas gravadas em estúdio e inéditas na voz da Marisa.

As versões ao vivo apresentam canções até então inéditas na voz da Marisa como Panis et circenses, De noite na cama, A menina dança e Give me Love, além de canções de seu repertório como Beija eu, Ainda lembro, Dança da solidão, Ao meu redor, Bem leve, Segue o seco e Xote das meninas (em versão diferente à já gravada anteriormente).

As inéditas em estúdio do segundo cd são Arrepio, Maraçá e Magamalabares de Carlinhos Brown, Chuva no Brejo de Moraes Moreira, Cérebro eletrônico de Gilberto Gil, Tempos modernos de Lulu Santos e Blanco da própria Marisa. Em uma produção de Arto Lindsay e da própria artista, temos mais uma pérola indispensável na coleção de qualquer amante da boa música. A arte do encarte com desenhos sensuais também é um diferencial nesse trabalho!

Um forte abraço a todos!

sábado, 9 de abril de 2011

Telegrama

Gosto do Zeca Baleiro, de sua voz grave, de suas geniais composições. Já comentamos um pouco sobre sua carreira antes. Futuramente, pretendo falar sobre seus encontros dentro da música brasileira com artistas como Gal Costa e Fagner, na Série Olhando as estrelas.

Por enquanto, ficamos com Telegrama, uma de suas canções mais românticas e ao mesmo tempo mais engraçadas. Unir amor com humor não parece tarefa fácil, pois não temos tantas canções assim, mas Zeca pareceu tirar de letra essa canção onde revela que um simples gesto pode enlouquecer quem ama! E quem duvida?

Telegrama
(Zeca Baleiro)

Eu tava triste, tristinho
Mais sem graça que a top-model magrela na passarela
Eu tava só, sozinho
Mais solitário que um paulistano,
Que um canastrão na hora que cai o pano

Tava mais bôbo
Que banda de rock
Que um palhaço
Do circo Vostok

Mas ontem eu recebi um Telegrama
Era você de Aracaju, ou do Alabama
Dizendo: Nêgo sinta-se feliz
Porque no mundo tem alguém que diz:

Que muito te ama!
Que tanto te ama!
Que muito muito te ama,
Que tanto te ama!

Por isso hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português da padaria

Mama! Oh Mama! Oh Mama!
Quero ser seu!
Quero ser seu!
Quero ser seu!
Quero ser seu papa!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Meu pedaço de universo é no teu corpo...

Esse é o Taiguara Chalar da Silva, ou simplesmente Taiguara. Natural de Montevidéu, Uruguai, Taiguara veio para o Brasil com 4 anos de idade, ganhou um piano do avô aos 8 anos e aos 10, já compunha. Influenciado por diversos ritmos como guarânias, bossa nova, pop rock e sambas, sua carreira despontou aos 18 anos quando cantou na noite e gravou seu primeiro disco, dois anos depois.

Teve algumas de suas canções censuradas, sofrendo com a repressão de presenciar mais de cem canções proibidas. Mas, emplacou grandes sucessos como Hoje, Universo do teu corpo, Piano e viola, Amanda, Tributo a Jacob do Bandolim, Viagem, Berço de Marcela, Teu sonho não acabou, Geração 70, Que as crianças cantem livres, entre outras. Passou um tempo fora do país, aprendendo outros estilos musicais. Ao voltar ao país, não encontra mais o mesmo sucesso.

Taiguara partiu para a eternidade em 1996. Suas canções são lembradas por vários artistas da noite e alguns colegas como Emílio Santiago, Pery Ribeiro, Angela Maria, Claudia, Evinha, Agnaldo Timóteo, Célia, Orlando Silva, Roupa Nova e Erasmo Carlos, entre outros.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Caminhando e cantando e seguindo a canção...

Essa é um trecho da canção de protesto mais conhecida no Brasil e também de um dos maiores sucessos de Geraldo Pedroso de Araújo Dias Vandregísil,  mais conhecido como Geraldo Vandré. Natural de João Pessoa/PB, Vandré esteve ligado à música desde cedo, pois gostava de cantar no rádio e participou de vários programas de calouros na adolescência, inclusive já no Rio de Janeiro onde iniciou sua carreira artística.

Curioso é que por pouco Vandré não fez uma dupla com João Gilberto, pois dedicou-se aos estudos de direito, que o levaram a formar parceria com outro ilustre, Carlos Lyra, com quem compôs suas primeiras canções. Seu primeiro disco veio em 1964 com o sucesso de Fica mal com Deus, mas o reconhecimento nacional viria com a vitória do Segundo Festival da Música Popular da Record, com a canção Disparada, interpretada por Jair Rodrigues, que dividiu o título com A banda, de Chico Buarque.

Vandré, aos 75 anos em 2010.
E foi no Festival Internacional da Canção, de 1968, que estourou o sucesso de Pra não dizer que não falei das flores, que só perdeu para Sabiá de Chico e Tom, que foram vaiados por isso. Outras canções do seu repertório são Canção da despedida, Rosa flor, Rancho da rosa encarnada, Vou caminhando e Pra que mentir. Outra grande curiosidade que se remete a seu nome é o fato de afirmarem que ele foi torturado pelos militares, exilado e depois, enlouquecido, fatos desmentidos em recente entrevista dada a Globo News, ano passado, afirmando que seu afastamento da música foi algo natural e uma escolha da qual não se arrepende.

Um forte abraço a todos!

domingo, 3 de abril de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 4

E a Série sobre os grandes intérpretes e suas marcas registradas destaca uma figura feminina, já que muitos afirmam que hoje o Brasil é o país das cantoras, precisamos destacar uma que pode ser dita como referência para muitas que estão aí hoje e outras que ainda surgirão: Elis Regina, considerada por vários como a melhor cantora do Brasil de seu tempo.

Elis se destaca em todas as canções que interpretou, e entre elas, gostaria de dar enfâse a Casa no campo, Romaria, Como nossos pais, Águas de março, As curvas da estrada de Santos, O bêbado e a equilibrista, Fascinação, Alô alô marciano, Atrás da porta, Arrastão e Madalena. Esses não são apenas sucessos de seu repertório, pois poderíamos citar mais uma centena deles, mas são interpertações dos mais variados compositores desse país que ganharam sua marca.

Canções que ao ouvirmos, sabemos que se trata da Elis. São interpretações que, mesmo com outras releituras também tão geniais de seus mesmos compositores e de outros intérpretes, a gênese de seu sucesso se encontra em um único nome: Elis Regina e por isso temos nela uma eterna referência para tantas gerações.

Um forte abraço a todos!

sábado, 2 de abril de 2011

Futuros amantes

Olha, essa é das minhas preferidas não apenas do Chico, mas da música brasileira. Futuros amantes é das mais valiosas pérolas que possuímos. Romântica ao extremo, desperta em nós um novo atrevimento em tentar desvendar os segredos do Chico Buarque compositor. Lançada em 1993 e também no cd ao vivo As cidades, de 1998, foi também gravada por Gal Costa.

Futuros amantes é um retrato de um amor vivido que sugere se eternizar no Rio de Janeiro, mas ao contrário da maioria das canções de amores eternos que se alicerçam no passado ou no presente, como o próprio título sugere, esse amor brilhará no futuro e a contemplação máxima se dará não mais pelos protagonistas dele, mas pela certeza que alguém vasculhará um Rio de Janeiro submerso (geograficamente isso é possível e até provável há milhares de anos a frente), surpreso ao se deparar com um amor atemporal dessa magnitude! Coisas de gênios!

Futuros amantes
(Chico Buarque)

Não se afobe, não, que nada é pra já
O amor não tem pressa, ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário, na posta-restante
Milênios, milênios no ar

E quem sabe, então o Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas, sua alma, desvãos

Sábios em vão tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas, mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não, que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá, se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia deixei pra você

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 31 de março de 2011

O retrato que eu te dei...

A Jovem Guarda não trouxe apenas grandes cantores, reis, grupos ou grupos vocais. Temos também uma dupla que marcou no sucesso seus nomes: Gileno Osório Wanderley de Azevedo, natural de Natal/RN e Sílvia Lília Barrie Knapp, natural do Rio de Janeiro/RJ, que compuseram a dupla Leno e Lílian. Eles se conheceram quando Leno já morava no Rio e mesmo após a volta de sua família para o Nordeste, a dupla voltou a se encontrar anos depois.

Foi através de Carlos Imperial e sempre acompanhados por Renato e seus blue caps, que Leno e Lílian chegaram ao sucesso e ao primeiro disco, que trouxeram a explosão dos sucessos Devolva-me e Pobre menina. Outros sucessos foram Eu não sabia que você existia, Coisinha estúpida e Não acredito.

A dupla se desfez, se refez e não alcançou mais o mesmo sucesso na década de 70. Em suas carreiras solos, Lilian ainda estourou com Sou rebelde, na década de 70 e Leno com Pobreza ainda na década de 60, além de ter composto as primeiras canções de Raulzito, que mais tarde seria Raul Seixas. Leno e Lílian, apesar das brigas, sempre se encontram em para reviver a época de ouro de seus sucessos.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 29 de março de 2011

Os Músicos do Brasil - 20

Este é Pedro Aníbal de Oliveira Gomes, ou Pepeu Gomes, como é conhecido. Natural de Salvador/BA, Pepeu integrou o grupo Novos baianos e tornou-se um dos maiores guitarristas desse país. Curioso é que já aos 11 anos, integrava uma banda que tocava música da Jovem Guarda, comprovando seu interesse pela música desde muito cedo.

Antes de participar dos Novos baianos, Pepeu tocou com Caetano e Gil, no show de despedida destes antes do exílio. E no grupo e pós-grupo, Pepeu foi também cantor e compositor em canções como Eu também quero beijar, Masculino e feminino, A lua e o mar, Sexy Iemanjá, Mil e uma noites de amor, Garota dourada, Deusa do amor, Eu também quero beijar, etc.

Mas, foi como músico que Pepeu mais atuou em sua carreira com vários trabalhos instrumentais, além de participações em projetos de outros colegas como Gal Costa, Baby Consuelo, Ney Matogrosso, Daniela Mercury, Elba Ramalho, Ednardo, Moraes Moreira, entre outros.

Um forte abraço a todos!

domingo, 27 de março de 2011

Olhando as estrelas - 13

E a Série Olhando as estrelas visita hoje uma relação que já tem muito tempo. Ele começou como motorista dela nos anos 50 e hoje é um dos maiores parceiros, tendo inclusive não apenas gravado canções com ela, mas discos, além de aparecer ao seu lado em vários especiais e programas de televisão. Tô falando de Ângela Maria e Agnaldo Timóteo, duas grandes vozes que esse país tem e que vez por outra, se juntam para brindes à música brasileira.

Cd 1999.
Oficialmente, gravaram juntos dois discos: em 1999 gravaram o cd Ângela e Agnaldo - Sucessos sempre!, com destaque para interpretações como Índia, Alma gêmea, Deslizes e Um dia de domingo em capa que você tem ao lado; em 1979, 20 anos antes, gravaram outro disco juntos com destaque para as canções Meu primeiro amor, Cabecinha no ombro, Travessia, Jura-me, Sorri e Brigas, em foto da capa que você tem abaixo.

Lp 1979.
Mas, esses são apenas alguns dos momentos de amizade e cumplicidade musical que essas duas estrelas sempre apresentaram, como foi a participação no cd e especial de Ângela Maria amigos, em 1996, onde interpretaram Tango para Teresa ou nas faixas do cd Obrigado mãe do Timóteo de 1995 em que dividiram os vocais, só pra citar algumas das premiadas vezes em que a música brasileira pôde presenciar esse encontro de estrelas, donas de grandes vozeirões!

Um forte abraço a todos!

sábado, 26 de março de 2011

Separação

Essa é uma das canções mais lindas compostas pelo José Augusto, interpretada inicialmente pela Simone e depois pelo próprio autor. É também uma das canções mais apresentadas pelos cantores da noite e foi interpretada pelo Adilson Ramos no programa Rei Majestadade do Sbt.

Separação fala de um amor partido, mas, com uma compreensão do fato de forma surpreendente, pois a maturidade dos envolvidos é evidente, além do desejo resignado de que tudo dê certo para a outra parte. Mas, amor partido é sempre amor partido e esses artistas românticos, como o Zé Augusto, sabem falar sobre isso como mestres.

Separação
(José Augusto e Paulo Sérgio Valle)

Melhor assim
A gente já não se entendia muito bem
E a discussão já era a coisa mais comum
E havia tanta indiferença em teu olhar

Melhor assim
Pra que fingir se você já não tem amor
Se teus desejos já não me procuram mais
Se na verdade pra você eu já não sou ninguém

De coração
Eu só queria que você fosse feliz
Que outra consiga te fazer o que eu não fiz
Que você tenha tudo aquilo que sonhou

Mas vá embora
Antes que a dor machuque mais meu coração
Antes que eu morra me humilhando de paixão
E me ajoelhe te implorando pra ficar comigo

Não diz mais nada
A dor é minha, eu me aguento pode crer
Mesmo que eu tenha que chorar pra aprender
Como esquecer você

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Então você verá o valor que tem o amor...

Ele foi um dos cantores mais populares dos anos 60 e 70. Partiu para a eternidade no início dos anos 80, mas deixou na música brasileira sua marca, pelo seu romantismo que o tornou um dos maiores campeões de vendas de seu tempo: Paulo Sérgio de Macedo, ou simplesmente Paulo Sérgio.

Natural de Alegre/ES, Paulo Sérgio despontou em 1967, quase no final da Jovem Guarda. Com um estilo parecidissmo com o romantismo de Roberto Carlos, chegou a ser acusado de imitar o rei. Dizem até que o disco O inimitável do Roberto foi uma resposta a isso. Histórias a parte, a verdade é que Paulo Sérgio estourou no país com o sucesso A última canção, em 1968 e durante o tempo em que esteve na ativa, produziu vários sucessos radiofônicos e conquistou uma legião de fãs!

Entre outros sucessos de seu repertório estão Meu filho Deus que lhe proteja, Índia, Quero ver você feliz, Eu te amo eu te venero, No dia em que parti, Pelo amor de Deus, Benzinho, Para o diabo os conselhos de vocês, Quando a saudade aperta, Minhas qualidades meu defeitos, etc.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 22 de março de 2011

Os compositores do Brasil - 36

Chegamos a 36ª postagem com outro grande compositor da música brasileira: Dalto Roberto Medeiros, ou simplesmente Dalto. Natural de Niterói/RJ, Dalto é dono de hits conhecidíssimos pelo público brasileiro na voz de artistas como Simone, Roupa Nova, Biafra, Ray Coniff, Zizi Possi, Jorge Aragão, Emílio Santiago, Fafá de Belém, Ângela Maria, Erasmo Carlos, Daniela Mercury, Roberta Miranda, Beto Guedes e Marina Lima, entre outros.

Quem nunca ouviu e cantarolou as canções Muito estranho (cuida bem de mim), Anjo, Bem-te-vi, Vinho antigo, Leão Ferido, Espelhos d´água, Quase não dá pra ser feliz, Flash back, O amor não é um filme, etc, todas na maioria em parceria com outro grande fabricador de hit, seu parceiro Cláudio Rabello?

Dalto é mais um nome que mostra que precisamos despertar nossa cultura de homenagear os compositores, pois na música, eles são a gênese de tudo e geralmente ficam ofuscados pelos intérpretes. E a internet ainda oferece poucas informações sobre esses mestres, pois suas biografias e às vezes até uma foto é difícil de encontrar. E o objetivo dessa série continua sendo esse, o de levar às pessoas um pouco sobre o trabalho desse pessoal tão genial!

Um forte abraço a todos!

domingo, 20 de março de 2011

DVD Nelson Gonçalves - Eternamente Nelson

Um dvd indispensável à memória da música brasileira é Eternamente Nelson, lançado em 2008 e que capta o especial Nelson Gonçalves 40 anos, de 1981 para a Rede Globo, além de encontros marcantes ocorridos em programas da emissora como Fantástico e Globo de ouro e depoimentos, onde o rei da voz, recuperado de momentos difíceis em sua vida, comemorava as quatro décadas de estrada ao lado de grandes nomes.

Do show, temos as canções O dono das calçadas (com Nelson Cavaquinho), Carlos Gardel, Mais um ano sem Noel, Meu vício é você, A despedida, Nem às paredes confesso e Negue. Encontros em clipes como Lembranças (com Martinho da Vila), Louco (com Alcione), O negócio é amar (com Fafá de Belém), A última estrofe e Pedestal de lágrimas (com Orlando Silva).

Temos também clipes onde a estrela solitária é o Nelson e sua eterna voz em sucessos como Auto-retrato, Medley (com as canções Fica comigo essa noite/Meu dilema/Escultura/Pensando em ti), Onde anda você, Minha rainha, A volta do boêmio (apresentada pelo Fantástico como seu maior sucesso), Folhas mortas (música com a qual Nelson desejaria ser relembrado) e Deusa do Asfalto.

Seus depoimentos são comoventes sobre sua dificuldade com as drogas, sua recuperação e o companherismo de seu maior parceiro musical Adelino Moreira. Além de tudo, temos aqui um projeto raro e inesquecível não apenas do Nelson, mas de tantos encontros antológicos para a história da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

sábado, 19 de março de 2011

Encostar na tua

Essa canção é das mais lindas da Ana Carolina. Tema da novela global Celebridade, conquistou as rádios de todo o país, alcançando o topo e lá permanecendo durante várias semanas. Com uma letra pra lá de apaixonada, Encostar na tua escancara uma paixão movida unicamente pela busca da pessoa amada.

É daquelas canções que nos fazem refletir que as músicas criadas mais recentemente também apresentam uma alta qualidade. E fica a pergunta: quem, quando ama, não busca encontrar sempre a mesma estrada que leva àquele grande amor, como a letra sugere?

Encostar na tua
(Ana Carolina)

Eu quero te roubar pra mim
Eu que não sei pedir nada
Meu caminho é meio perdido
Mas que perder seja o melhor destino

Agora não vou mais mudar
Minha procura por si só
Já era o que eu queria achar

Quando você chama meu nome
Eu que também não sei onde estou
Pra mim que tudo era saudade
Agora seja lá o que for

Eu só quero saber em qual rua
Minha vida vai encostar na tua

E saiba que forte eu sei chegar
Mesmo se eu perder o rumo
E saiba que forte eu sei chegar
Se for preciso eu sumo

Eu só quero saber em qual rua
Minha vida vai encostar na tua

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Deixei a tristeza lá fora...

A música brasileira apresenta duas irmãs que cravaram seus nomes no sucesso nacional nos anos 40 e 50, sobretudo no período carnavalesco: Linda e Dircinha Batista. Vamos abordar cada uma separadamente. Hoje vamos com Dirce Gradino de Oliveira, mais conhecida como Dircinha Batista. Natural de São Paulo e filha de humorista, gravou muitos discos 78 rpm, sendo o primeiro em 1930.

E entre os sucessos de tantas gravações, temos as canções A índia vai ter neném, Abre alas, Alguém como tu, Nunca, Pirata, Quando o tempo passar, Quem já sofreu, Rio, Upa upa, Nunca mais, Periquito verde, O primeiro clarim, Faz de conta, Casa de sapê, Estranho amor, Não chora, etc.

Dircinha partiu para a eternidade em 1999. Reclusa nas últimas décadas por conta da falta de reconhecimento de muitos, marcou a música por suas canções, seus shows que percorreram alguns outros países, seus filmes e também por ter seu nome ligado à história do carnaval nacional.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 15 de março de 2011

Os Músicos do Brasil - 19

Em São Paulo, a Escola de Samba campeã deste ano, a Vai-vai, homenageou um dos maiores nomes da nossa música e um dos brasileiros mais exemplares que o mundo pode conhecer: João Carlos Martins. Sua luta pela sobrevivência e sua dedicação à música mereceriam um grande filme com direito ao prêmio Oscar, pela superação das dificuldades e pela emoção.

João Carlos Gandra da Silva Martins é natural de São Paulo/SP. Pianista e maestro, é uma referência para a música clássica, sobretudo na obra de Bach. Começou seus estudos musicais ainda menino, quando aprendeu piano e já aos 20 anos ganhou o mundo com suas interpretações instrumentais, provando que no Brasil tem gente capaz de fazer música da melhor qualidade!

As dificuldades da vida, como os acidentes que o fizeram perder os movimentos da mão direita ou o assalto que o afastou dos instrumentos, foram vencidas com a persistência que poucos seres humanos possuem. Quem dera se tantas pessoas, tantos brasileiros buscassem outros caminhos, sempre estudando e acreditando no melhor, como ele fez, tornando-se não apenas uma referência na regência musical, mas provando que a música venceu, como sempre afirma!

Um forte abraço a todos!

domingo, 13 de março de 2011

CD Paulinho da Viola - Seleção essencial

A Sony Music lançou ano passado mais uma nova série de coletâneas: Seleção essencial, que reune grandes sucessos de vários artistas como Adriana Calcanhoto, Alcione, Fagner, Zezé di Camargo e Luciano, Emílio Santiago, Elba Ramalho, Luiz Gonzaga, José Augusto, João Bosco, Nelson Gonçalves, Martinho da Vila, Leonardo, Zeca Pagodinho, Zé Ramalho, Guilherme Arantes, Roupa Nova, Victor e Léo, entre outros.

Adquiri o título do Paulinho da Viola e gostei do que ouvi. Embora não apresente a letra das canções no encarte e grande parte do repertório extraído de gravações ao vivo e acústicas (inclusive as fotos do encarte são provavelmente do trabalho acústico do sambista), gostei da seleção apresentada, pois temos aqui grandes clássicos, embora sempre concorde com quem aponte a ausência de uma ou outra canção, sobretudo para um artista como o Paulinho que tem vários clássicos em seu repertório.

Temos as canções Foi um rio que passou em minha vida, Dança da solidão, Pecado capital, Talismã, Sinal fechado, Coração leviano, Coisas do mundo minha nega, Turbilhão/Argumento (com Toquinho), Timoneiro, Bêbadosamba, Dama de espadas, Memórias conjugais, Coração imprudente (com Toquinho), Mar Grande e Ame, contemplando a maior parte de seus sucessos em sua brilhante e marcante carreira, onde o samba sempre foi a elegância musical!

Um forte abraço a todos!

sábado, 12 de março de 2011

Oh, Bela!

Apesar de já termos passado o Carnaval e a capital pernambucana, juntamente com todo o Estado ferveram no frevo, ritmo que domina essa região e seus foliões, apresentamos uma canção que não poderia faltar nesses eventos, um clássico dessa época, entoado pelas orquestras de frevos nos bailes, nas ruas e na boca dos foliões que frequentam principalmente Olinda e Recife, as duas aniversariantes do dia. Uma homenagem a esse ritmo chamado frevo que, apesar de não apresentar renovações, nos proporciona clássicos inesquecíveis como este!

Talvez o maior sucesso do mestre Capiba, compositor pernambucano que deixou tantas criações maravilhosas, Oh, Bela! foi composta em 1969 e imortalizada por Claudionor Germano e por tantos outros intérpretes como Elba Ramalho e Alceu Valença, ressaltando em sua letra simples e em um autêntico frevo, o amor em sua forma mais sublime!

Oh, Bela!
(Capiba)

Você diz que ela é bela
Ela é bela sim senhor
Também poderia ser mais bela
Se ela tivesse meu amor, meu amor

Bela é toda natureza, ô bela
Bela é tudo que é belo, ô bela
O sorriso da criança
O perfume de uma rosa
O que fica na lembrança

Bela é ver um passarinho, ô bela
Indo em busca do seu ninho, ô bela
Todo mundo se amando
Com amor e com carinho
Um sorrindo, outro chorando
De amor, de amor

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Me leva junto com você...

Esse grupo é formado por Fabinho César, Fena, Fernando Monstrinho, Fininho e Luiz Carlos, vocalista e líder da banda Raça Negra. Com quase trinta anos de sucesso (iniciaram em 1983), Raça Negra segue firme com seu pagode romântico, o que a diferencia das demais e talvez seja isso que a fez alcançar o sucesso e ter permanecido já há tanto tempo!

O primeiro disco só veio em 1991, mas a cada ano, novos sucessos se sucederam como Cheia de manias, Cigana, Deus me livre, Vida cigana, Maravilha, É tarde demais, Estou mal, Me leva junto com você, Ciúme de você, Extrapolei, Jeito felino, É o amor, Será, etc.

O grupo vendeu bastante cds, principalmente na década de 90, quando o estilo caiu no gosto popular. E se mantém até hoje com um público bastante forte que busca em suas canções, o autêntico pagode romântico que poucos sabem fazer tão bem quanto Luiz Carlos e sua turma!

Um forte abraço a todos!