domingo, 26 de fevereiro de 2012

Olhando as estrelas - 22

Quem gosta de Djavan? Quem gosta da Alcione? Ambos já estiveram nesta série, junto a outros nomes. Pois é, esses dois também já estiveram juntos em alguns momentos de suas carreiras e agora aparecem aqui na série Olhando as estrelas onde contemplamos o brilho de duas estrelas que se encontram em prol da música brasileira.

Ambos começaram lá na década de 70 como crooner. No CD celebração, da "marrom", Djavan é um dos convidados para dividirem a faixa Gostoso veneno. No CD/DVD Duas faces da Alcione lançado ano passado, esse encontro é reeditado, agora na faixa Capim, composta pelo alagoano. Alcione também já gravou Flor de lis.

E nós que gostamos da Alcione e do Djavan torcemos para que mais encontros como este aconteçam. A marrom poderia gravar mais composições dele, tipo Oceano ou Samurai, que creio ficar muito bonitas em sua voz. E Djavan também, aproveitando essa fase de intéprete, poderia visitar o repertório da sambista, mandando ver no seu lado de perfeito crooner. A música brasileira agradece aos dois!

Um forte abraço a todos!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Estrela

Como já comentado em outros momentos, essa é uma das minhas canções preferidas do Gilberto Gil. Fez parte do segundo volume da trilha sonora da novela global A indomada, de 1997. E também do CD Quanta e, na versão ao vivo, no CD Quanta gente veio ver. Com um romantismo regionalista (com o carinho de "ocê"), Estrela poderia ser mais lembrada até pelo próprio Gil, incluindo mais essa canção em seus shows.

A letra de Estrela fala de um amor que anda em paralelo com os astros. A estrela surge no céu ou desaparece de acordo com o estado de felicidade da pessoa amada. E o bonito é ele dizer que o contrário também pode acontecer: uma estrela se joga pra ver o sorriso ou brilhará com a lágrima. Coisas geniais de nosso baiano.

Estrela
(Gilberto Gil)

Há de surgir uma estrela no céu
Cada vez que ocê sorrir
Há de apagar uma estrela no céu
Cada vez que ocê chorar

O contrário também
Bem que pode acontecer
De uma estrela brilhar
Quando a lágrima cair

Ou então, de uma estrela cadente se jogar
Só pra ver a flor do seu sorriso se abrir

Hum! Deus fará
Absurdos, contanto que a vida seja assim
Sim, um altar
Onde a gente celebre tudo o que Ele consentir

Resultado da promoção: como podemos comprovar através das respostas dadas à postagem do dia 05/02/2012, na qual comentamos sobre a Coleção Gil 70 anos, a vencedora foi Merenciana Wanderley, que foi a primeira a responder corretamente às três perguntas. Favor enviar email para evefrc@hotmail.com, com todos seus dados e repassaremos suas informações para a Innovant Editora, que o enviará o Kit com o CD Realce, do Gilberto Gil. A todos que participaram nosso muito obrigado!

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Só porque tenho por ela um apreço imenso...

Falamos nesses dias de samba, frevo e agora vamos abordar o axé na figura de uma cantora da Bahia, afinal, esses três ritmos formam o carnaval diversificado que esse país oferece. Emanuelle Araújo é natural de Salvador/BA e obteve seu alcance nacional como cantora (já que também é atriz e já atuou em várias novelas globais) em 1999, quando substitui Ivete Sangalo no comando da Banda Eva.

Em 2002, Emanuelle deixa a banda e segue carreira solo e atualmente se apresenta junto a Banda Moinho. Entre seus sucessos estão Esnoba, Ela briga comigo, Na Lapa, Hoje de noite, É de manhã, Samba do moinho, Casa de bamba, Falsa baiana, Rainha do mar, etc.

Emanuelle concilia os trabalhos como atriz e como cantora da banda Moinho, que foi bem aceita pela crítica e nesse carnaval deve ter feito a alegria de muitos foliões que buscaram em Salvador diversão e canções como a que vem apresentando a seu público.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Luiz Gonzaga na Unidos da Tijuca!

A alma da sanfona . Foto Antônio Lacerda
Gosto das Escolas de Samba, sobretudo quando o enredo envolve alguma personalidade popular. E quando é algum artista da nossa música pra mim está perfeito. Este ano é comemorado o centenário de Luiz Gonzaga, nosso artista pernambucano número um! Gonzaga que cantou o amor, sua terra, detalhes de sua vida, de sua caminhada, é tema da Escola de Samba Unidos da Tijuca.

Os trapalhões, Chacrinha e Silvio Santos foram algumas das personalidades que já desfilaram por Escolas em anos anteriores. Da música, temos nomes como Dorival Caymmi, Noel Rosa, Pixinguinha, Herivelton Martins e Cartola até Tom Jobim, Chico Buarque, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Gal Costa. Ano passado, a Beija-flor mandou seu torcedor mais ilustre: o rei Roberto Carlos. E esse ano temos Gonzaga na Tijuca.

Foto Paulo Jacob/Oglobo
O carnavalesco Paulo Barros mais uma vez arrasou ao apresentar não apenas a vida de Gonzagão, mas toda a cultura nordestina que foi inspiração para esse mestre da nossa música como o Rio São Francisco, o coração do Sertão, o barro de Vitalino, festa do vaqueiro, a religião e tantas outras coisas que emocionam a quem conviveu e ainda presencia essa região cantada em seus eternos versos. Vários reis vieram para participar da coroação. Inté Asa Branca bateu asas pro sertão para coroar seu cantor mais ilustre! Eis a letra do samba-enredo:

Boa Sorte Tijuca e Viva Luiz Gonzaga, o Rei do Baião
(Vadinho, Josemar Manfredine, Jorge Callado e Silas Augusto)

Nessa viagem arretada
“Lua” clareia a inspiração
Vejo a realeza encantada
Com as belezas do Sertão!

“Chuva, sol” meu olhar
Brilhou em terra distante
Ai que visão deslumbrante, se avexe não!
Muié rendá é rendeira
E no tempero da feira
O barro, o mestre, a criação!

Mandacaru a flor do cangaço
Tem “xote menina” nesse arrasta pé
Oh! Meu Padim, santo abençoado
É promessa eu pago, me guia na fé

Em cada estação, a “triste partida”
Eu vi no caminho vida severina
À margem do Chico espantei o mal
Bordando o folclore raiz cultural

Simbora que a noite já vem, “saudades do meu São João”
“Respeita Véio Januário, seus oito baixo tinhoso que só”
“Numa serenata” feliz vou cantar
No meu pé de serra festejo ao luar
Tijuca a luz do arauto anuncia
Na carruagem da folia, hoje tem coroação!

A minha emoção vai te convidar
Canta Tijuca vem comemorar
“Inté asa branca” encontra o pavão
Pra coroar o “Rei do Sertão”

Um forte abraço a todos!

domingo, 19 de fevereiro de 2012

CD Zeca Pagodinho Juras de amor

Uma boa coletânea pra quem gosta de samba e do repertório do "homem da cerveja", nosso Zeca Pagodinho: Juras de amor. Lançado em 2000, esse CD reune grandes sucessos da carreira do Zeca, alguns em versão ao vivo e também com alguns duetos com pessoas importantes em sua carreira.

Beth Carvalho, a madrinha do Zeca, aparece em dueto na faixa Ainda é tempo pra ser feliz. Almir Guineto, outro grande parceiro, aparece em Insensato destino, em versão ao vivo. Outra versão ao vivo deliciosa é a faixa Saudade louca. Outros clássicos do Zeca neste CD são Jura, Verdade, O dono da dor, Lama nas ruas, Seu balancê e Samba pras moças.

Completam a coletânea Pra você menina, À distância, Prova de amor, Presença incerta e Papel principal. Como toda coletânea, falta esse ou aquele sucesso. Mas, em tempos de carnaval, um domingo onde não apenas o dessa festa, mas todos do ano pedem um bom samba, Zeca Pagodinho é, sem sombra de dúvidas, uma boa pedida e aqui está um CD que comprova isso.

Um forte abraço a todos!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Bom demais

Nessa época de carnaval, Pernambuco ferve, ou melhor freva ao som de grandes canções que são verdadeiros clássicos entoados nesses dias nas ruas de Recife, Olinda e em alguns focos do interior do Estado. Hoje em locais como o Galo da madrugada em Recife, onde é vivenciado o "sábado de Zé Pereira" com o maior bloco carnavalesco ao ar livre do mundo, canções como esta serão entoadas várias vezes ao dia, junto a outros clássicos relembrados aqui em outros anos.

Bom demais foi o primeiro sucesso que Alceu Valença gravou deste compositor e que o revelou nacionalmente. E realmente não pode faltar em qualquer festa onde o frevo impere, sobretudo por ser um culto a este estilo musical genuínamente pernambucano. A letra descreve com perfeição o que se passa quando esse ritmo contagiante reina junto a Momo.

Bom demais
(J. Michiles)

Eu tenho mais que tá nessa
Fazendo mesura na ponta do pé
Quando o frevo começa
Ninguém me segura, vem ver como é

O frevo madruga lá em São José
Depois em Olinda, na Praça do Jacaré

Bom demais, bom demais
Bom demais, bom demais
Menina vem depressa
Que esse frevo é bom demais

Bom demais, bom demais
Bom demais, bom demais
Menina vamos nessa
Que esse frevo é bom demais

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Os compositores do Brasil - 45

Quando o assunto é frevo, vários nomes pernambucanos se destacam, sobretudo na composição. Entre eles temos Nelson Heráclito Alves Ferreira, ou simplesmente Nelson Ferreira, nome citado como referência para todos que curtem esse ritmo. Natural de Bonito/PE, Nelson aprendeu cedo a tocar violão, violino e piano e aos catorze anos fez sua primeira composição: a valsa Vitória.

Nelson foi diretor artístico da Rádio Clube, da Fábrica de discos Rozenblit (a única fora do eixo Rio/São Paulo) e maestro, estando a frente de uma orquestra que percorreu todo o país, divulgando o frevo. Como compositor, sua canção mais conhecida é Evocação nº 1. Outras Evocações (ao todo foram sete) foram feitas para homenagear carnavalescos companheiros seus e outros compositores e imortais da poesia.

Outras composições suas são Quarta-feira ingrata, Frevo da saudade, Chora palhaço, Boca de forno, Pernambuco você é meu, Arlequim, Gostosinho, Gostosão, Gostosura, Come e dorme, Borboleta não é ave, Cabelos brancos, Bloco da Vitória, entre tantos frevos de rua, de blocos e frevo-canções, interpretadas por gente como Claudinor Germano, Carlos Galhardo, Francisco Alves, Aracy de Almeida, Nelson Gonçalves, Expedito Baracho, entre outros. Fez também canções que viriam a se tornar verdadeiros hinos, embora não oficiais do Náutico e do Sport. Nelson partiu para a eternidade em 1976 e continua eterno no coração do frevo pernambucano.
 
Um forte abraço a todos!

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Tá vendo aquela lua que brilha lá no céu...

A boa música deve ser vista sem preconceitos, sobretudo em relação às novas gerações. Um grupo que já tem mais de 25 anos de carreira, com grandes sucessos deve ser visto com o respeito e admiração que conquistaram durante todo esse tempo. É assim que acontece com o Exaltasamba. Com mudanças em suas formações, é um dos poucos grupos que sobreviveram à "febre de pagodes e pagodeiros" que estouraram nos anos 90.

O grupo foi formado em 1986 e o primeiro disco saiu em 1992. Mas, o sucesso foi gradativo e só teve alcance nacional em 1996 com o CD Luz do desejo. Péricles, Pinha, Brilhantina, Thell e Tiaguinho são os atuais integrantes dessa banda. Tiaguinho pretende sair do grupo e seguir carreira solo, assim como Chrigor, o ex-integrante mais conhecido dessa banda que viveu sucessos tanto com um, quanto com outro vocalista e a gente torce para que continue assim.

Entre tantas canções radiofônicas da banda, citamos Luz do desejo, Telegrama, Desliga e vem, Cartão postal, O rei na beija-flor, Tá vendo aquela lua, Fugidinha, Eu me apaixonei pela pessoa errada, Eu e você sempre, A gente faz a festa, Gamei, Carona do amor, Dez a um, entre tantas. O futuro é incerto, mas o que já é certo é que eles contribuíram para o mundo do samba e para seus fãs com esses e outros grandes hits!

Um forte abraço a todos!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O disco mais vendido de trilhas de novelas - O rei do gado de 1996

Capa do CD O rei do gado. Atriz Patrícia Pilar
Disco de novela sempre foi um atrativo para o público que acompanha capítulo por capítulo aquela trama que faz parte do cotidiano de muitos brasileiros. Já falamos anteriormente que muitos sucessos da nossa música surgiram de mãos dadas com cenas inesquecíveis. É como se o clipe viesse antes do sucesso radiofônico e o originasse.

Essa história de trilha sonora sempre foi bom para as gravadoras que lançavam a trilha nacional e a internacional. Em 1996, por exemplo, tivemos o ápice disso com essa coletânea da novela O Rei do gado que vendeu 1,5 milhão de cópias de seu primeiro volume. Vale lembrar que já na década de 70, a marca de um milhão foi alcançada com Estúpido cupido. Dancin days internacional também bateu recordes em seu tempo.

Mas, voltando ao primeiro volume de O rei do gado (já que o sucesso foi tanto e lançaram um segundo volume) entre os maiores êxitos do disco, que saiu em LP, K-7 e CD, estão Coração sertanejo (Chitãozinho e Xororó), Admirável gado novo (Zé Ramalho), Eu te amo te amo te amo (Roberta Miranda), Correnteza (Djavan), À primeira vista (Daniela Mercury), Sem medo de ser feliz (Zezé di Camargo e Luciano) e Doce mistério (Leandro e Leonardo) que, também alavancaram as vendas de seus respectivos intérpretes.

Completam a coletânea da Som livre a abertura Rei do gado (Orquestra da terra), La forza della vita (Renato Russo), Vaqueiro de profissão (Jair Rodrigues), The woman in me (Shania Twain), O que vem a ser felicidade (Orlando Morais), Cidade Grande(Metrópole) e Caminhando só (Evara Zan). Com muitos sucessos radiofônicos e com pouca pirataria na época, esse CD bateu recordes de vendas, não alcançadas nem pelo segundo volume (que trazia mais canções interpretadas por Sérgio Reis e Almir Sater, que participavam da novela), nem por lançamentos posteriores.

Um forte abraço a todos!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Mulheres

Tá aqui um dos melhores sambas dos últimos 20 anos que une romantismo a esse ritmo totalmente tupiniquim. Mulheres foi composta em 1996 por Toninho Geraes e imortalizada por Martinho da Vila, que a transformou não apenas em um clássico nacional ou uma canção imprescindível no repertório de seus shows, mas em uma das canções que mais define a mulher como alma feminina e como parceira.

A letra de Mulheres explora os mais variados tipos físicos e psicológicos que a alma feminina pode oferecer, através de suas atitudes e comportamentos naturais. A pitada de romantismo é sentida quando, mesmo diante de tantas figuras que cruzaram seu caminho, com suas mais variadas características, é, a pessoa amada, aquela que possui todas as qualidades que rimam com a felicidade desejada e Martinho, como sempre, soube interpretar isso muito bem.

Mulheres
(Toninho Geraes)

Já tive mulheres de todas as cores,
De várias idades, de muitos amores
Com umas até certo tempo fiquei
Prá outras apenas um pouco me dei.

Já tive mulheres do tipo atrevida,
Do tipo acanhada, do tipo vivida
Casada carente, solteira feliz
Já tive donzela e até meretriz

Mulheres cabeça e desequilibradas.
Mulheres confusas, de guerra e de paz,
Mas nenhuma delas me fez tão feliz
Como você me faz.

Procurei em todas as mulheres a felicidade
Mas, eu não encontrei e fiquei na saudade
Foi começando bem, mas tudo teve um fim.

Você é o sol da minha vida, a minha vontade.
Você não é mentira, você é verdade.
É tudo o que um dia eu sonhei prá mim.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Na subida do morro me contaram...

Ele também foi conhecido como o Kid Moringueira. É o Antônio Moreira da Silva. Natural do Rio de Janeiro/RJ, Moreira da Silva é considerado o criador do samba-de-breque, uma modalidade do samba que continha uma parte declamada e outra cantada.

Seu jeito malandrão de ser, com direito a óculos e chapéu era apenas um personagem que criou. Na década de 20, cantava músicas românticas, se inserindo pouco a pouco no mundo do samba. Entre seus sucessos, podemos citar Implorar, Jogo proibido, Acertei no milhar, Amigo urso, Fui a Paris, Na subida do morro, O rei do gatilho, O último dos moicanos, entre outras.

Moreira também fez dueto com Chico Buarque em 1979, na faixa Meus doze anos, para o LP A ópera do malandro. Foi homenageado em Escola de samba e fez shows com Dricó e Bezerra da Silva. Partiu para a eternidade em 2000 e será sempre uma referência para os que seguem o samba e seus sub-gêneros!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os Intérpretes do Brasil - 14

E a Série que homenageia os grandes intérpretes desse país volta em 2012 em grande estilo com uma das mais belas vozes desse país: Beth Carvalho. Afinal, quem escuta Vou festejar, O show vai continuar, Mel na boca, Andança, Coisinha do pai e tantas outras e não as associa à interprete que imortalizou estes e outros clássicos?

Mas, como o espírito dessa série é elencar em torno de três grandes interpretações do artista em questão e, mesmo esse trabalho sendo uma tarefa difícil, vou elencar de acordo com meu gosto particular: A primeira é Mas quem disse que eu te esqueço, um samba gosto de Dona Yvone Lara, que recebeu uma interpretação definitiva com a Beth, inclusive com aquele luxuoso la, ra, la, ra.

Beth também dá uma interpretação fantástica à canção Meu guri, do Chico Buarque, sobretudo por esta ter sido feita com uma personagem principal feminina. Como uma das maiores intérpretes de Cartola (se não é a maior), temos em As rosas não falam a terceira grande canção em sua voz, de tantas que Beth sempre dedica um tratamento especial, como lhe é de costume.

Um forte abraço a todos!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Coleção de CD´s de Gilberto Gil - Gil 70 anos

Em 2012 teremos mais alguns setentões em nossa música. Um deles, Gilberto Gil, aproveita a data e oferece a seus fãs a possibilidade de ter uma coleção de luxo com seus lançamentos mais marcantes. Selecionados pelo próprio artista, 20 CD´s serão lançados semanalmente pelas bancas de revista, através da Innovant Editora que nos procurou, oferecendo o primeiro volume que contém o CD Realce de 1979, nas bancas de todo o país a partir de março/2012 (já pode ser encontrado em algumas bancas de algumas cidades). O primeiro volume custa R$ 9,90 e os demais volumes custarão R$ 14,90, cada.

Ao contrário de outras coleções que foram lançadas ano passado como a de Chico Buarque e de Tim Maia, nas quais os textos dos CD´s vinham como encartes dos próprios, essa coleção do Gil traz um livro junto com cada CD, que contém fotos, textos e depoimentos exclusivos sobre o processo criativo dos álbuns mais famosos da carreira dele. Depois de Realce, teremos os CD´s Expresso 2222, Raça humana, Kaya n´gan daya, As canções de Eu tu eles, Extra, Refazenda, Refavela, Gilberto Gil 1969, Gilberto Gil 1968, Dia dorim noite neon, Gilberto Gil ao vivo 1974, Parabolicamará, Quanta, Nightingale, Gilberto Gil 1971 (Londres), O eterno Deus Mu dança e Louvação.

Mais informações na página oficial do projeto Clique aqui, ou através do Facebook ou Twitter (através do nosso, você pode encontrar). Os organizadores da promoção também ofereceram aos leitores do Blog Música do Brasil um Kit com o primeiro CD dessa coleção, Realce de 1979, considerado pelo próprio Gil como o mais pop de sua carreira. Decidi fazer três perguntas sobre essa grande estrela da nossa música e será vencedor do kit, o primeiro que responder de forma correta às três perguntas que faremos sobre Gil. Só serão publicadas as mensagens nessa postagem no dia 25/02/2012, quando divulgaremos o vencedor da promoção. O prêmio será enviado pela Editora, que será contactada por nós com os dados do vencedor. Boa sorte e atenção às perguntas:

1 - Gil já apareceu em duas edições da Série Olhando as estrelas, neste Blog. Com quais artistas ele foi tema dessas postagens?

2 - Já falamos também sobre o DVD Uma noite em 67 em que Gil aparece em duas canções, uma cantando (acompanhado por um grupo) e outra apenas tocando (acompanhando uma intérprete). Quais os nomes das duas canções e com quais artistas (grupo e a intérprete) Gil está envolvido nessas canções?

3 - Gilberto Gil já apareceu em diversas trilhas sonoras de novelas da Globo. Uma das canções mais lindas, que terá sua letra publicada no dia 25/02, junto com o resultado da promoção, fez parte do segundo volume da trilha da novela global A indomada (1997), de Agnaldo Silva. Qual o nome dessa canção?

Um forte abraço a todos!

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Nada por mim

Gosto muito dessa canção, da dupla Hebert Viana, dos Paralamas e Paula Toller, do Kid Abelha. Nelson Gonçalves, a seu modo deu uma interpretação belíssima. O mesmo pode ser dito para Ney Matogrosso, versão esta que consta na novela Fina Estampa. O mesmo pode ser dito para cantoras como Simone e Marina que também a regravaram, cada uma a seu tempo e modo. Paula também a gravou e todos que gravam é porque realmente gostam dessa canção e o tratamento dado é sempre maravilhoso.

Nada por mim fala de um amor difícil, de uma pessoa que não sabe valorizar o sentimento e as qualidades da pessoa amada. Que, às vezes, prefere mandar embora a perceber a dedicação que esta pessoa lhe rende. E, apesar de toda essa queixa, o sentimento parece mais forte, pois do outro lado tem alguém que diz: não te obedeço por completo!

Nada por mim
(Hebert Viana e Paula Toller)

Você me tem fácil demais
Mas não parece capaz
De cuidar do que possui
Você sorriu e me propôs
Que eu te deixasse em paz
Me disse vai, e eu não fui

Não faça assim
Não faça nada por mim
Não vá pensando que eu sou seu

Você me diz o que fazer
Mas não procura entender
Que eu faço só pra te agradar
Me diz até o que vestir
Com quem andar, por onde ir
Mas não me pede pra voltar

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Som Brasil Ângela Maria 1996 - parte 2

com Roberto Carlos
Nessa segunda parte, apresentaremos o que aconteceu nos três últimos capítulos do Som Brasil Ângela Maria 1996. O figurino da cantora mudava a cada capítulo. No terceiro, tivemos Caetano Veloso (em Noite chuvosa), Alcione (em Fósforo queimado) e Nana Caymmi (em Estava escrito).

com Djavan
O quarto capitulo trouxe Emílio Santiago (em Escuta) e Djavan (em Vida de bailarina). Alguns artistas entravam logo quando a música começava ou ao meio dela, quando começavam suas partes nos duetos. Roberto Carlos veio no último capítulo cantando Desabafo. No especial de fim de ano de 1995, eles já tinham cantado juntos a mesma canção, que entraria no CD da Ângela. Este número fez parte do CD/DVD Duetos, lançado pelo rei em 2006. Voltando ao Som Brasil, o rei fechou a noite, entrando no palco de mãos dadas com a cantora, dançando e rodopiano com ela no solo, além de receber um "obrigado por você existir" da sapoti, retribuindo com a mesma frase.

com Caetano Veloso
Não sei o que esperam pra lançar o resultado desse show em DVD. Já vi o making of fantástico desse projeto, onde Ângela descrevia cada encontro que teve em seu disco e com depoimentos de alguns artistas envolvidos no show e no CD. E, embora Ângela tenha lançado trabalhos belíssimos, posteriores a este e com vários outros duetos, não sei porque ainda não pensaram em um Amigos 2 e quem sabe um segundo Som Brasil desse porte.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Som Brasil Ângela Maria 1996 - parte 1

Com Fagner.
Outra grandiosa e justa edição do Som Brasil dos anos 90 foi este em homenagem a Ângela Maria. Apresentado em maio de 1996 foi resultado do lançamento do CD Ângela Maria Amigos (já comentado aqui no Blog), lançado no mesmo ano e que continha duetos com 15 ilustríssimas vozes da nossa música, como bem definiu a Ângela.

Com Zezé di Camargo e Luciano
De todos os convidados do CD, apenas Gal Costa, Maria Bethânia e Chico Buarque não participaram do show, gravado no antigo Metropolitan, hoje Citibank Hall, no Rio de Janeiro/RJ. Sob a direção de Márcio Antonucci, da dupla os Vips, o show contou com 12 duetos e ao final, um depoimento de 1980 de Elis Regina, sobre a "sapoti", a quem afirmou imitar no início da carreira.

Com Milton Nascimento
O show foi tão bom que dividimos em duas postagens. Nessa primeira, lembramos os dois primeiros capítulos em que tivemos Ney Matogrosso (em Babalu), Fagner (em Lábios de mel), Zezé di Camargo e Luciano (em Falhaste coração), Agnaldo Timóteo (em Tango para Teresa), Fafá de Belém (em Abandono) e Milton Nascimento (em Balada triste).

Um forte abraço a todos!

domingo, 29 de janeiro de 2012

DVD O menino da porteira

Daniel é um dos grandes talentos da nossa música sertaneja. Além disso, sua humildade é um bom exemplo a ser seguido por tantas pessoas que nutrem preconceitos com seu estilo. Mas, aqui não aparece apenas o Daniel cantor, embora presenciamos sua voz na trilha sonora, temos o ator que nos oferece um pouco mais do talento desse grande artista. Curioso é que eu ouvia a canção O menino da porteira na voz do Sérgio Reis e nunca tinha prestado atenção a toda a história que ela descreve. Não é muito comum na música brasileira, uma canção ser transformada em filme. Pois foi isso que aconteceu em 1976 com Sérgio Reis, quando este também se aventurou ao interpretar o protagonista da primeira versão desse filme que retrata um de seus maiores clássicos.
Em 2009, Daniel interpretou a música e o filme que foi recriado. O enredo gira em torno de Diogo (personagem de Daniel) que é peão de boiadeiro e que também solta a voz em cantorias. Ao tocar uma boiada, conhece Rodrigo, o menino da porteira, que vive próxima à fazenda de um malvado Major, inimigo político de seu pai. Diogo se apaixona pela enteada do major e ao mesmo tempo trava uma guerra com este, ao ajudar os pequenos criadores com seus rebanhos. Não vou contar o final, mas fiquei triste pelo menino da porteira que foi o grande prejudicado disso tudo.

Entre outros atores, temos José de Abreu, Vanessa Giácomo e Rosi Campos. A trilha sonora conta com clássicos do mundo sertanejo como O menino da porteira, Índia, Tocando em frente, Disparada, Cabecinha no ombro, Meu reino encantado, entre outras, todas interpretadas por Daniel. Uma ótima pedida para quem curte o gênero e também uma emocionante história do interior do Brasil!

Um forte abraço a todos!

sábado, 28 de janeiro de 2012

Rosa Morena

Um clássico da Bossa Nova, um clássico da música brasileira, um clássico dos Caymmis, um clássico para todo bom intérprete que se atreve a gravar essa belíssima canção da obra de Dorival Caymmi. O estilo Caymmi foi e sempre será ressaltado em belezas como esta, sobretudo por ser único e inimitável, afinal não é todo mundo que consegue fazer uma canção tão simples e ao mesmo tempo tão sofisticada como esta.

A simplicidade se tem ao relatar a beleza de uma Rosa, como tantas da música brasileira. Mas, esta não se destaca apenas por ser morena, mas por ser senhora do samba, do andar de moça prosa, de também ter consigo outra rosa, no cabelo. Uma Rosa dengosa que deixa o samba, o estilo brasileiro, cansado de esperar por sua presença! Detalhes da cabeça daquele senhor de cabelos brancos lá da Bahia que sabia fazer tudo isso de uma forma que traz tanto bem.

Rosa Morena
(Dorival Caymmi)

Rosa Morena
Onde vais morena Rosa?
Com essa rosa no cabelo
e esse andar de moça prosa
morena, morena Rosa

Rosa morena o samba está esperando
Esperando pra te ver
Deixa de lado esta coisa de dengosa
Anda Rosa vem me ver

Deixa de lado esta pose
Vem pro samba, vem sambar
Que o pessoal tá cansado de esperar,
Ô Rosa!

Que o pessoal tá cansado de esperar,
morena Rosa...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Som Brasil Simone 1993

Simone e Roberto, com Eduardo ao piano
Uma das melhores edições do Som Brasil aconteceu em 1993, quando Simone completou 20 anos de carreira, lançou o CD Sou eu (que comentaremos em breve) e ganhou da Rede Globo um programa especial onde comemorou essa data com seus sucessos e também com alguns amigos que cruzaram sua estrada e ajudaram a construir essa carreira bem sucedida sempre.


Com Ivan Lins
Com imagens de show gravado em Curitiba/PR, intercalado com imagens de estúdio, Simone visita alguns de seus compositores prediletos como Suely Costa, Chico Buarque e Milton Nascimento e entoa clássicos de seu repertório e da música brasileira como Tô que tô, Gota d`água, Maria Maria, Cigarra, Caçador de mim, Jura secreta, Alma e O amanhã. E claro, por ser um show comemorativo pelos seus 20 anos, sucessos posteriores obviamente não aparecem. 

Com Ney e Ricardo ao piano

Os convidados são um espetáculo a parte,  a começar pela narração de Fernanda Montenegro, atores e atrizes globais fazendo perguntas e grandes nomes da nossa música juntos à sua voz marcante e aos clássicos Como vai você (com Roberto Carlos), Começar de novo e Ai ai ai ai (com Ivan Lins), O que será (à flor da pele) (com Milton Nascimento), Rosa de Iroshima e Imagine (com Ney Matogrosso), Yolanda (com Pablo Milanés). Um grande show, reapresentado recentemente pelo canal Viva e que merecia um lançamento em DVD.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Programa Som Brasil

A Rede Globo sempre apresentou programas musicais interessantes nos anos 80 e 90. E um dos melhores programas foi o Som Brasil, criado pelo cantor Rolando Boldrin e que foi ao ar pela primeira vez em 1981, divulgando a música regional brasileira. Apresentado aos domingos pela manhã, o programa sofreu várias modificações, interrupções e teve outros apresentadores, a exemplo de Lima Duarte, ainda na década de 80. O próprio Lima já afirmou que o programa foi importante para ele compor seu principal papel de novela: O Sinhozinho Malta, de Roque Santeiro.

Muitos artistas passaram pelo programa nessa fase, como Dominguinhos, Fábio Jr., Luiz Gonzaga, Leila Pinheiro, entre outros. Na década de 90, o programa passa a exibir shows temáticos ou comemorativos de grandes nomes da música brasileira, destacando-se os especiais Simone 20 anos, Chitãozinho e Xororó e Leandro e Leonardo, Ângela Maria amigos, Gonzaguinha, etc. Vamos relembrar com mais detalhes, duas dessas edições nas próximas postagens. Li que o Canal Viva anda reprisando alguns desses shows dos anos 90 do programa.

Na fase atual em que é apresentado, o programa presta homenagens a grandes compositores e é apresentado por atrizes globais como Patrícia Pillar, Letícia Sabatella e Camila Pitanga. Algumas edições já foram lançadas em DVD. De Vinícius de Moraes a Milton Nascimento, de Zeze di Camargo e Luciano a Cazuza, de Luiz Gonzaga a Chico Buarque, vários astros já foram temas dessa nova fase que continua ano a ano divulgando nossa música.

Um forte abraço a todos!

domingo, 22 de janeiro de 2012

DVD Minissérie JK


Essa foi uma das melhores minisséries que a Globo apresentou nos últimos anos, exibida em 2006 e lançada posteriormente em DVD. Baseada na biografia do ex-presidente Juscelino Kubitschek e escrita por Maria Adelaide Amaral, Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, JK mostra o Brasil dos anos 30-70, sobretudo no âmbito político, aliando a isso a histórias paralelas da vida de JK.

Com um elenco que envolve José Wilker, Wagner Moura, Marília Pêra, Débora Falabella, Caco Ciocler, Deborah Evelyn, Dan Stulbach, Letícia Sabatella, Alessandra Negrini, Antônio Calloni, Paulo Betti, Hugo Carvana, Kássia Kiss, Júlia Lemmertz, entre outros, a minissérie é dividida em duas partes onde é mostrada a infânica de JK, avançando para sua dedicação à medicina, já na fase adulta, até seu envolvimento com a política e seu grande desafio de construir Brasília. Mas, o enredo é também marcado pela inclusão de alguns personagens fictícios, o que deu não apenas um tom histórico, mas também folhetinesco à minissérie.

Foi a primeira minissérie a ser lançada em DVD e os últimos trabalhos de Ariclê Perez e Raul Cortez. A trilha sonora ficou a cargo de nomes como Milton Nascimento (Peixe vivo), Gal Costa (Sábado em Copacabana), Zizi Possi (Nunca), Tom Jobim (Chega de saudade), Maria Bethânia e Nelson Gonçalves (Caminhemos), Emílio Santiago (Mulher), A vizinha do lado (Doryval Caymmi), entre outros.

Um forte abraço a todos!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Coração vazio

Ano passado, Chitãozinho e Xororó completaram 40 anos de estrada. E hoje, vamos relembrar uma das mais belas canções dessa dupla que tanto já emplacou trilhas sonoras de apaixonados país afora. Sem falar que tem sido cada vez mais comum canções como esta, com a ideia de um dueto em línguas diferentes.

Coração vazio foi lançada em 1999 no CD Alô, da dupla e é uma versão de We're All Alone que tem sua parte em português cantada pela dupla e em inglês pela consagrada cantora country norte-americana Reba McEntire. Fala de um amor partido com uma melodia lindíssima, que transmite bem o sentimento apresentado pela canção. Para muitos, ela não é apenas mais uma canção de amor que não deu certo, mas é a canção de amor e o que a torna algo mais interessante é essa identificação de que quem canta o amor tem com quem escuta.

Coração vazio (We're All Alone)
(Boz Scaggs, Versão: Feio, Chitãozinho e Xororó)

Lá fora a chuva ca
E o que acontece, enfim
É sempre assim
O amor nos faz lembrar
Que um coração vazio
Dói demais, dói demais

Close your eyes and dream
And you can be with me
Neath the waves
Through the caves of hours
Long forgotten now
We're all alone, we're all alone

Feche os olhos pra pensar
Nós temos que enfrentar
Me abrace, por favor
Só assim nós vamos mudar
A história desse amor

Once the story is told
It can't help but grow old
Roses do, lovers to so cast
Your seasons to the wind
And hold me dear, oh, hold me dear

Close the window
Calm the lights
And it will be alright
No need to bother now
Let it out, let it all begin
All's forgotten now
We're all alone, we're all alone

Feche os olhos pra pensar
And it will be all right
Me abrace por favor
Let it out, let it all begin
A história desse amor, amor

Esse é o nosso amor, amor
We're all alone

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Elis Regina - 30 anos de saudades

Hoje completamos exatos 30 anos da partida de Elis Regina para a eternidade. Seus fãs continuam fiéis à sua arte, algumas vezes encontrada em seus filhos (Pedro Mariano e Maria Rita) ou em tantos outros artistas que apontam para Elis sua maior influência. Ela, que foi e é considerada por muitos a maior cantora de todos os tempos recebe várias homenagens neste dia.

Três décadas depois, Elis continua atual e artistas do seu patamar continuam cada vez mais imprescindíveis à nossa música brasileira, meio ferida pelo arrastão causado pelos modismos e pela crise da pirataria que afetou a última década. Nessa romaria em busca da boa música, quem dera surgissem outras Elis por aí, pois tenho certeza que o cenário musical nacional seria mais rico, mais culto.

Nós ainda somos os mesmos, como nossos pais, e desejamos apenas uma casa no campo, pra cantar nossos rock´s rurais. A tarde cai como um viaduto e suas canções causam a mesma fascinação. Para a música brasileira, para os que a conheceram e conviveram com ela, para os que apenas a escutam, fica a certeza que hoje Elis e saudade são sinônimos!

Um forte abraço a todos! 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

O disco dos Correios de Roberto Carlos

Capa do CD, LP e K-7.
Ano passao, em julho, falei de vários CD´s de Roberto Carlos dos anos 90, associando a eles um pouco de minhas histórias. Em julho deste ano, falarei dos discos dos anos 80. Mas, naquela série faltou esse disco, que comentarei agora. Consta como o primeiro CD lançado pelo Roberto, em 1988, e também por um artista brasileiro. A foto da capa, a única do álbum, remete ao Roberto daquela década. Mas, todo mundo conhece esse produto como o disco dos Correios, porque em 1992, nossa Empresa de Telégrafos era a única a vendê-lo em LP, K-7 e CD.

Anos mais tarde, ao lançar toda sua coleção em CD (contando a partir do Splish, splash-1963), esse produto chegou também às lojas do ramo e depois ganhou até uma capa diferente, sendo vendido sob o título de Roberto Carlos, as melhores, já que essa é uma das poucas coletâneas do nosso artista. Nela encontramos talvez não as melhores, mas algumas das mais clássicas de seu vasto repertório, em suas gravações originais, como Emoções, Detalhes, Outra vez, Os seus botões, Proposta, Ele está pra chegar, O portão, Falando sério, Cavalgada, Café da manhã, Desabafo e Eu e ela.

Capa de uma edição limitada.
Na época de seu lançamento (conto 92, nos Correios) não pude comprar, porque era bem carinho e eu juntava para comprar o disco novo que sairia no fim do ano. Anos mais tarde comprei o CD, que gostava muito de ouvir. Mas, como eu tinha uma coleção também de LP´s (muitos fãs do Roberto têm ao menos sua coleção em CD´s e LP´s), sentia que me faltava esse em formato bolachão e ano passado comprei o disco por R$ 35,00 em um sebo aqui em Recife. Conste que esse produto pode ser adquirido em CD por R$ 14,99 na maioria das lojas do ramo. Além de tudo que falei sobre esse disco, ele é o último LP que comprei até agora e o único que ainda não ouvi em vinil, já que não tenho mais o velho toca-discos.

Um forte abraço a todos!

domingo, 15 de janeiro de 2012

DVD O auto da compadecida

Este é, sem sombra de dúvidas, um dos melhores trabalhos do cinema nacional dos últimos anos, além de ser uma justa homenagem a este grande senhor da literatura nacional, nosso Ariano Suassuna. Não sei se essa é a sua melhor obra, mas é a mais popular. Foi feito uma minissérie para a Rede Globo e que depois ganhou uma adaptação para o cinema. Mas, como o sucesso foi tão grande, em 2000 lançaram dois DVD´s, constando o filme e a minissérie, que é apenas uma versão mais estendida do mesmo. 

Com a direção de Guel Arraes e artistas de peso como a dama Fernanda Montenegro e Selton Mello, Matheus Naschtergaele, Denise Fraga, Lima Duarte, Rogério Cardoso, Diogo Vilela, Luís Melo, Marcos Nanini, Paulo Goulart, entre outros, a história se passa na cidade nordestina de Taperoá (detalhe, Taperoá existe e é a terra natal de Ariano, na Paraíba), onde Grilo é um nordestino sabido que sobrevive à fome e à seca com muitas aventuras e confusões que envolvem os poderosos da região, sempre com a companhia de seu inseparável amigo Chicó. Enterro de cachorro, infidelidade e avareza de patrões e invasão de cangaceiros dão o tom do enredo que se passa até no céu.

Curioso é que esse filme me faz rir, como a todos, mas também me leva às lágrimas. Explico: é que a interpretação de Fernanda Montenegro para Nossa Senhora é arrepiante, a meu ver. Ela, como sempre, dá um show a parte. Mas, é na parte cômica que gira toda a história que tem trilha sonora do grupo Sá Grama. Um filme daqueles que a gente tem em casa e não se cansa de ver repetidas vezes, sempre com o mesmo gostinho de diversão!

Um forte abraço a todos!

sábado, 14 de janeiro de 2012

Lindo lago do amor

Nesse ano dedicado ao centenário de Luiz Gonzaga, nada mais gratificante que falar em algo que nos remeta a essa família musical, que escreveu belíssimas páginas na música brasileira. Só mesmo Gonzaguinha, com sua sensibilidade e conhecimento da natureza para escrever uma canção tão linda como essa: Lindo lago do amor. E por que não dizer tão atual, afinal é tão raro pararmos para apreciarmos os animais, os pássaros, a natureza e as belezas dessas criações divinas, que se torna muito interessante passearmos nessa fantasia de imaginarmos que existe um lago do amor onde essas criaturas possam viver em paz, sem se sentirem ameaçadas por predadores!

Nessa letra simples e ao mesmo tempo profunda, o autor consegue descrever o amor que existe na natureza, a perpetuação das espécies, a felicidade que fenômenos naturais como a chuva trazem para o bem do verde e dos animais e que nem percebemos isso. Uma fantasia que remete a desenho animado onde os bichos comemoram a felicidade em um lago, o lago do amor. E o ritmo funk cai como uma perfeição incrível, demonstrando que o autor não estava apenas atrelado a protestos ou a canções com letras mais agressivas.

Lindo lago do amor
(Gonzaga Jr.)

E bem que viu o bem-te-vi
A sabiá sabia já
A lua só olhou pro sol
A chuva abençoou

O vento diz "ele é feliz"
A águia quis saber
Por que, por que, pourquoi será
O sapo entregou

Ele tomou um banho d'água fresca
No lindo lago do amor
Maravilhosamente clara água
No lindo lago do amor

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Programa Som Livre Exportação - parte 2

Roberto concede entrevista ao programa.
O tema de abertura do programa ficava por conta da Orquestra da TV Globo, na época sob o comando do maestro Chiquinho de Moraes. O segundo LP continha faixas ao vivo de Elis e Ivan e outras faixas de estúdio de outros artistas que participaram do programa que também teve uma edição histórica ao vivo em março de 1971. Inclusive há informações de que várias passagens desse programa foram registradas em um filme chamado O som alucinante, esquecido pela indústria de cinema de nosso país!

Gonzaguinha  se apresenta.

No Parque Anhembi, em São Paulo, mais de cem mil pessoas aplaudiram entre outros Wilson Simonal e Roberto Carlos. Em abril do mesmo ano, o programa foi apresentado direto de Brasília, como parte das comemorações da inauguração da TV Globo naquela cidade. O diferencial desse programa estava justamente por romper com as fórmulas dos atuais programas de auditórios de sua época, pois intercalava os depoimentos dos artistas e do público local e alternava entre mostrar o artista no palco e a reação de seu público na plateia. Outros programas especiais foram apresentados direto de cidades como Belo horizonte, Niterói, São Paulo e Ouro preto.

Milton canta no programa.
O último programa contou com uma homenagem à Mangueira, com Mário Lago e Cartola e coube a Elis Regina encerrar o programa. Foram vários momentos marcantes que não daríamos conta em apenas duas postagens, como em uma edição, Milton Nascimento demonstrou toda sua timidez ao não saber o que responder ao repórter sobre o evento. Gonzaguinha também despontava com suas canções tidas como difíceis na época. Só pelos nomes citados e por todas as edições apresentadas de uma geração fértil em fazer música com qualidade, tá aí um programa realmente inesquecível e de qualidade imensurável!

Um forte abraço a todos! 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Programa Som Livre Exportação - parte 1

Elis concede entrevista ao programa.
Eu não vi esse programa, nem vivi esse tempo, mas fico pensando como era interessante presenciar algo desse tipo, sobretudo por hoje serem tão raros os programas com essa qualidade e com esse cast. O programa Som Livre Exportação foi exibido entre 1970 e 1971 pela TV Globo, semanalmente, e tendo por objetivo oferecer uma visão panorâmica da música brasileira naquele momento.

Simonal no show do Anhembi.
Apresentado por Ivan Lins e Elis Regina (que trocara a Record pela Globo), o programa contou com a participação de grandes nomes da nossa música como Chico Buarque, Gonzaga Jr., Tim Maia, Toquinho, Vinícius de Moraes, Os Mutantes, Milton Nascimento, Maria Bethânia, Gal Costa, Mário Lago, Wilson Simonal, Roberto Carlos, entre outros. Foram lançados dois disco, em que o primeiro obteve mais êxito, destacando-se as faixas Madalena (com Ivan Lins) e Coração vagabundo (com Caetano e Gal).

Bethânia e Caetano se apresentam.
A ideia inicial era exportar o programa para promover a música brasileira no exterior, mas isso não aconteceu. Entretanto, tivemos edições históricas desse programa até hoje inesquecível, como em 1971 quando Caetano Veloso fez duas apresentações antes de retornar a seu exílio em Londres. Outro momento marcante foi Elis Regina estourar com a canção Madalena, de Ivan Lins, que se tornaria um clássico da nossa música!

Um forte abraço a todos!

domingo, 8 de janeiro de 2012

DVD Os trapalhões e o rei do futebol

Como em todos os anos, incluo um título dos saudosos Trapalhões nessa série onde indicamos alguns filmes nacionais para as férias de janeiro, pois gosto de quase todos os títulos deles. Dessa vez, um filme de 1986 que, além de contar com o quarteto que trazia mais alegria aos nossos domingos e às nossas telinhas, tivemos o rei do futebol como protagonista de mais um campeão de bilheterias.

Dirigido por Carlos Manga, o enredo gira em torno do Independência Futebol Clube, time para o qual Cardeal (Didi) foi escolhido ao acaso como treinador. E, apesar das trapalhadas, o time, que só perdia, encontrou o caminho da vitória, contrariando alguns de seus dirigentes que buscavam a todo custo jogar contra o sucesso do time, o que proporcionaria novas eleições para novos presidentes do clube.

O filme contou com Pelé que, mesmo não fazendo papel de jogador, acabou participando como goleiro na partida decisiva que deu o título ao Independência. Luiza Brunet e José Lewgoy também participaram do longa. Pra mim foi um filme muito importante porque foi a primeira vez que fui a um cinema, com apenas 6 anos, levado por meu pai e, apesar do som não tá muito bom, foi muito engraçado ver Didi fazer um gol contra e também Pelé fazer um gol de uma barra a outra, embora essas coisas na prática sejam improváveis! E esse título também nos atiça um pouco a saudade que temos dos eternos trapalhões Didi, Dedé, Mussum e Zacarias.

Um forte abraço a todos!

sábado, 7 de janeiro de 2012

A medida da paixão

Essa é uma das canções mais lindas do repertório do Lenine, gravada também por Pedro Mariano e que conta com uma versão com parte da letra em francês no Acústico MTV do Lenine, cantada em dueto com o baixista camaronês Richard Bona. Uma melodia daquelas que a gente gosta de assobiar quando não sabe ou não lembra da letra.

Essa canção deixa para nós a reflexão sobre qual a medida da paixão, esse sentimento avassalador que domina o ser humano, o eleva e ao mesmo tempo pode o derrubar profundamente. Com uma letra que leva a um amor partido, sofrido, essa canção aponta para um sentimento quase enlouquecedor que é sentir essa dor da ausência, mas que, a meu ver traz o equilíbrio certo com a suavidade que a canção nos oferece!

A medida da paixão
(Lenine e Dudu Falcão)

É como se a gente não soubesse
Pra que lado foi a vida
Por que tanta solidão?

E não é a dor que me entristece
É não ter uma saída
Nem medida na paixão

Foi! O amor se foi perdido, foi tão distraído
Que nem me avisou
Foi! O amor se foi calado, tão desesperado
Que me machucou

É como se a gente pressentisse
Tudo que o amor não disse
Diz agora essa aflição

E ficou o cheiro pelo ar
Ficou o medo de ficar
Vazio demais meu coração

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Atrasos musicais

Nessa postagem envolvo mais uma opinião particular em torno de um tema que me incomoda e que tem dois pontos a serem considerados envolvendo a música, não apenas a brasileira, mas de todo o planeta: o horário dos shows e o atraso que alguns artistas impõem a seus fãs, que sofrem com a demora exagerada para o início de suas apresentações.

Quanto ao horário das apresentações, não sei quem inventou que os shows só podem acontecer à noite. Quanto a isso, seria razoável pensar que nesse período do dia, a iluminação dos shows se tornam um atrativo a mais e por aí está tudo certo. O que não concordo é o fato de tais shows começarem altas horas da noite, quando nem todo mundo gosta de perder todo seu sono noturno. Em tempos de altos índices de violência urbana, não seria interessante pensar em shows que começassem às oito da noite e terminassem no máximo às dez? Por que começar depois ou por volta da meia noite? O retorno pra casa pode ser mais difícil para os fãs que voltam muito tarde!

Quanto aos atrasos, acho algo mais grave e até desrespeitoso com os fãs, quando um artista marca determinada hora para iniciar sua apresentação e, sem motivo pertinente, atrasa mais de meia hora. Já vi shows em que o artista marca o início para as 21:00 e só começa às 23:45, sem justificativa. Nisso perdemos feio para outra paixão popular que é o futebol. Dificilmente uma partida atrasa mais que alguns minutos e o que dizer horas. Sei que os shows são um entretenimento maravilhoso para aqueles que buscam contemplar seus artistas favoritos de perto e por isso creio que esses pontos deveriam ser mais que observados para uma perfeita interação entre artista e seu público fiel!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Sonhos musicais

Nessa primeira postagem para 2012, queria falar sobre sonhos musicais que tenho: pensamentos em termos de música brasileira e que, quem sabe, um dia se realizam! E por que não desejar para 2012, ideias como essas que cito nessa postagem, pois são coisas simples que penso, como sei que cada leitor teria ideias em relação a determinados artistas dos quais aprecia seus trabalhos.

Tomara que em 2012 tenhamos mais discos inéditos, que não precisam serem de composições inéditas, mas ao menos de canções inédias na voz daquele determinado intérprete. Sonho em ter um novo disco do Fagner (que pode ser de composições inéditas ou com canções nordestinas como ele já fez antes), da Maria Bethânia, do Eduardo Lages, do Emílio Santiago e de tantos outros que são meus preferidos, pois são garantias de grandes projetos. E o que dizer de um novo cd do Roberto Carlos (ele já promete há tanto tempo!)? Roberto podia apresentar as tantas composições inéditas que já tem guardadas ou quem sabe fazer um disco com clássicos românticos, afinal sua veia intérprete é inigualável!

Queria ver um bom Acústico da MTV, quem sabe com a Sandra de Sá (imagina reviver Retratos e canções, Quem é você? e todos os sucessos da diva?) ou com Erasmo Carlos (o tremendão arrasaria nesse formato). Um disco romântico da Simone, da Joanna, da Alcione, da Zizi Possi, do José Augusto (esse poderia fazer um tributo à Sullivan e Massadas), do Ivan Lins, da Fafá de Belém (acho que Fafá acertaria se fizesse um cd só com clássicos do Nelson Gonçalves), etc. Queria ouvir um Crooner 2 do Milton Nascimento e um novo hit do Skank, do Flávio José, do Paralamas do Sucesso, do Nando Cordel, da Gal Costa, do Jota Quest, do Lenine, da Marisa Monte, do Lulu Santos, do Zé Ramalho, do João Bosco, da Elba Ramalho, um disco voz e piano da Nana Caymmi, ... Bom eu já sonhei muito, agora vamos esperar o ano acontecer e ver se ao menos um desses sonhos se realizam, pois não custa acreditar na música brasileira!

Um forte abraço a todos!

domingo, 1 de janeiro de 2012

Que maravilha viver (What a wonderful world)

Um novo ano chega e saudamos 2012 com essa mensagem tocada durante as festas natalinas, um clássico mundial do repertório do Louis Armstrong. Em 1995, em seu CD natalino, Simone cantou a versão de Cláudio Rabello para essa canção e, embora muitas versões não soem bem, gostei bastante desse resultado.

É isso mesmo, poucos se aventuram a fazerem uma versão de um clássico, mas credito bastante sucesso a essa tentativa, sobretudo quando fala daqueles que partiram para outro plano e são citados como os habitantes que residem detrás do arco-íris. E, mesmo sem alguma forte referência religiosa, quando se diz: "Penso em você, maravilha viver", pra mim não precisa de mais nada!

Que maravilha viver (What a wonderful world)
(G.D. Weiss/B.Thiele, versão de Claudio Rabello)

Vejo no jardim
A flor nascer
Num dia azul
Penso em você
Então,digo pra mim:
Maravilha viver

Onde nasce a luz
Se escurecer
E a noite cair
O sol vai nascer
Então,digo pra mim:
Maravilha viver

Atrás do arco-íris
Por certo existe a paz
Com todas as pessoas
Que pela vida leva e traz

Eu sinto a emoção
Da dor e do prazer
Porque meu coração
Está com você

O mundo vai seguir
O tempo correr
Eu sou feliz
Tenho você!
Então,digo pra mim:
Maravilha viver

Um forte abraço e Feliz 2012 a todos!