terça-feira, 8 de março de 2011

Roberto Carlos no desfile da Beija-Flor

Hoje, 08 de março, dia internacional da mulher, aniversário de Hebe Camargo e dia em que a Beija-Flor de Nilópolis homenageia um de seus maiores torcedores: o rei Roberto Carlos. Hoje é um dia histórico para muitos fãs do Roberto que, como eu, se emocionaram ao ver a Sapucaí levantar e aplaudir de pé o maior artista romântico desse país. E, como se não bastasse, toda apoteose do samba cantando o tema sem parar durante todo o desfile!

É um momento ímpar para a música brasileira, pois presenciamos um artista que venceu o preconceito unicamente plantando harmonia com suas canções. Com sua arte, ele chamou a atenção para pequenos detalhes da vida, como o amor, a paixão, a natureza, a fé, a beleza da flor e tudo isso foi retratado em várias alas que a Escola apresentou!

O Roberto menino, sua cidade natal, sua família retratada, a Jovem Guarda, os amigos, as intérpretes, o projeto emoções em alto mar, elas cantam roberto, emoções sertanejas, alas que trouxeram calhambeques, caminhoneiros e trechos de suas canções, tudo isso foi uma amostra que a Beija-flor fez tão bem na avenida sobre a vida de um dos homens que mais emocionou esse país, que deu tudo isso em forma de amor para nós!

Se ganharão o título ou não, isso é lá com os jurados. Mas, o que valeu a pena mesmo foi ver todo mundo de pé reverenciando um homem que se encurva diante do aplauso, que de tão humilde diz que não cantará todos os trechos da letra do samba que o elogia. E só resta a certeza que ele merece o título de rei, um presente de Deus como a Escola retratou no carro que o apresentou ao lado de Jesus. E que sua simplicidade sirva de exemplo para todos nós sempre!

Um forte abraço a todos!

domingo, 6 de março de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 3

E no domingo de carnaval, vamos relembrar aquele que foi referência, sobretudo nessa época em grandes interpretações de sambas inesquecíveis: José Bispo Clementino dos Santos, mais conhecido por Jamelão. Natural do Rio de Janeiro, Jamelão é figura facilmente associada à Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, por ser seu mais tradicional intérprete.

Mas, engana-se quem pensa que Jamelão foi apenas intérprete de escola de samba. Entre outras interpretações de seus discos temos os sucessos: Fechei a porta, Leviana, Folha morta, Não põe a mão, Matriz ou filial, Exaltação à Mangueira, Eu agora sou feliz, Ai que saudade da Amélia, Nunca, Ronda, Vingança, A voz do morro, Castigo, Nervos de aço, Esses moços, etc.

Esse cara foi Intérprete por excelência e não só o samba, mas a música brasileira deve muito a seu jeito ímpar de interpretar e de se apropriar da música, ficando difícil alguém se arriscar a dar uma versão àquela canção depois dele. Como intérprete da Mangueira, foi ativo de 1949 até 2006, partindo para a eternidade em 2008.

Um forte abraço a todos!

sábado, 5 de março de 2011

Hino do Galo da Madrugada

Esse é o maior bloco carnavalesco do mundo. Acontece hoje, sábado de Zé Pereira, pelas ruas centrais do Recife e atrai uma multidão incansável que se diverte nesse chamado início oficial de carnaval em terras pernambucanas. Fundado em 1978 por Enéas Freire, esse bloco consta no Guinness como o maior do mundo.

Apesar de não acontecer mais de madrugada como seu nome sugere, o bloco começa pela manhã e dura o dia inteiro com suas freviocas, seus carros alegóricos e seus trios elétricos que divulgam nossa cultura, sobretudo através de frevos inesquecíveis. Composto em 1979, o Hino dedicado a esse bloco tornou-se um verdadeiro clássico, pois cumpriu seu papel exato de atrair e contagiar os foliões, atravessando o tempo e estando sempre presente. Já foi interpretado por Alceu Valença e tantos outros artistas locais:

Hino do Galo da Madrugada
(José Mário Chaves)

Ei pessoal, vem moçada
Carnaval começa no Galo da Madrugada

A manhã já vem surgindo,
O sol clareia a cidade com seus raios de cristal
E o Galo da madrugada,
Já está na rua, saudando o Carnaval

Ei pessoal, vem moçada
Carnaval começa no Galo da Madrugada

As donzelas estão dormindo
As cores recebendo o orvalho matinal
E o Galo da Madrugada
Já está na rua, saudando o Carnaval

Ei pessoal, vem moçada
Carnaval começa no Galo da Madrugada

O Galo também é de briga,
As esporas afiadas e a crista é coral
E o Galo da Madrugada
Já está na rua saudando o Carnaval

Ei pessoal, vem moçada
Carnaval começa no Galo da Madrugada

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Leva esse pranto pra bem longe de nós dois...

No país do samba, entre tantos grandes sambistas faltava ainda falar de um nome como o dele: Montgomery Ferreira Nunis que, com certeza uma minoria conhece com esse nome, mas que muitos reconhecem quando nos referimos a seu nome artístico, Sombrinha. Natural de São Vicente/SP, aprendeu a tocar violão com apenas nove anos.

Iniciou sua carreira em casas noturnas paulistas até participar do grupo Os originais do samba, quando mudou-se para o Rio de Janeiro, onde tornou-se um dos fundadores do grupo Fundo de quintal. Sua primeira composição, Marcar no leito, foi gravada por Alcione em 1981. Além dela, teve canções gravadas por Beth Carvalho, Chico Buarque, Caetano Veloso, Zeca Pagodinho, Leci Brandão, Jorge Aragão, Dona Yvonne Lara, entre outros.

Entre sucessos de seu repertório estão Ainda é tempo pra ser feliz, Só pra contrariar, O show tem que continuar, Alto lá, Desalinho, É sempre assim, Fogo de saudade, etc. Seja em rodas de samba, seja em shows, em programas de televisão, no rádio, Sombrinha é nome indispensável quando se fala de samba dos últimos 30 anos.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 1 de março de 2011

Como isso é bom...

Ele é cantor, violonista, ator, dançarino, natural de Recife/PE, o multiartista Antônio Carlos Nóbrega ou simplesmente Antônio Nóbrega. Apesar de estudar canto lírico e aprender violino, dedicou-se à música popular, desde o início de sua carreira. Com essa formação clássica, iniciou sua carreira em Orquestra da Paraíba no final dos anos 60.

Já na década de 70, depois de participar do Quinteto Amorial, a convite de Ariano Suassuna, adquire um estilo próprio, fundindo música, dança e artes cênicas. E, embora desconhecido das rádios e da mídia televisiva, seus shows tomaram forma de grandes espetáculos por unirem sua arte em torno dos instrumentos que toca e também de suas danças.

Sempre divulgando sua cultura raiz, Nóbrega é figura fácil no carnaval pernambucano, além de ser um dos poucos que dividiu parcerias com o mestre Ariano Suassuna. Capaz de tocar vários instrumentos ao mesmo tempo, já interpretou canções como Vassourinhas, Madeira que cupim não rói, Estrela D´alva, A morte do touro mão de pau , O rei e o palhaço, Romance da filha do Imperador do Brasil, Vinde vinde moços e velhos, etc.

Um forte abraço a todos!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Olhando as estrelas - 12

Em recente show do Gil em 2010.
Hoje abordaremos o encontro entre um medalhão da música brasileira e uma banda também fantástica. Dois mundos donos de um vasto e valioso repertório que se uniram em alguns momentos: Gilberto Gil e a banda Paralamas do Sucesso. Na canção A novidade, temos talvez o ponto alto dessa união, pois foi composta a oito mãos, por João Barone, Bi Ribeiro, Herbert Vianna e Gilberto Gil.

Gravada pela banda e pelo Gil em diferentes versões, A novidade é um hino de protesto para esse país. Gil também gravou no disco do Paralamas a canção Alagados, da banda. Recentemente em show no Rio do Gil, esse encontro pode acontecer mais uma vez, onde as vozes se combinaram na canção Indigo blue e que sairá no próximo cd/dvd do Gil.

Hebert condecorado pelo ministro Gil e por Lula.
Quando Gil foi ministro do governo Lula, este presidente condecorou Hebert Vianna, em 2003, emocionando a todos os presentes nessa cerimônia, inclusive o próprio Gil. É um encontro que retrata a união de duas gerações em torno da boa música brasileira: Gil é fã declarado dos Paralamas e com certeza faz parte das raízes dessa grande banda da música brasileira!

Um forte abraço a todos!

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Me segura se não eu caio...

Com a proximidade do carnaval, aqui em Recife, Olinda, toda Região Metropolitana e por que não dizer, todo Estado de Pernambuco se voltam para essa festa que tem no frevo seu ápice musical. E entre os intérpretes desse evento popular, destaca-se, como ressaltado em outros anos, Alceu Valença e seus clássicos que não param de tocar, sobretudo nas ladeiras de Olinda.

E o mais curioso é que em apenas duas estrofes, essa canção descreve bem o que acontece com a maioria dos foliões que escolhem Olinda para frevar até a quarta-feira, algo evidente já no início da letra, quando cita os Quatro cantos, bairro dessa cidade que abraça o frevo e os foliões que por aqui passam e plantam suas saudades nas danças, comidas, bonecos e em todas as manifestações culturais desse espaço!

Me segura se não eu caio
J. Michilles

Nos quatro cantos cheguei
E todo mundo chegou
Descendo ladeira, fazendo poeira
Atiçando o calor

E na mistura colorida da massa
Fui bater na praça a todo vapor
Descambei passando pelos bares
Cheirei a menina e voei pelos ares
No pique do frevo caí como um raio

Me segura que senão eu caio
Me segura que senão eu caio...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A estrada dessa vida tá difícil sem você...

Já comentamos que por diversos momentos em nossa música, alguns artistas surgem, alcançam o sucesso e de repente não aparecem mais na mídia. Alguns porque não tinham conteúdo suficiente para se manterem com sucesso, outros por falta de novas oportunidades para reafirmarem seu trabalho bem sucedido. Por um motivo ou outro, não presenciamos outros sucessos da Eliana de Lima.

Li em poucos textos que encontrei na internet a seu respeito que ela já foi puxadora de Escola de Samba, inclusive realizando dueto com Jamelão. E foi com o grande sucesso de Desejo de amar e seu famoso "derêrê", que Eliana conquistou o país, canção regravada posteriormente pela dupla João Paulo e Daniel. Teve em sua carreira outros sucessos como Volta pra ela, Abandonada, Volte amanhã, Ainda posso ser feliz, Como eu quero, Tô fazendo falta, etc.

E apesar de não ter tanto espaço quanto merecia, Eliana continua a entoar seus sambas românticos, que conquistam seu público fiel a cada dia, com seu vozeirão ímpar. Seus shows acontecem país afora. São coisas que às vezes não se explicam: como é que uma artista como essa não tem o espaço merecido, quando estamos tão carentes de bons talentos populares, como ela foi nos anos 90!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Os Músicos do Brasil - 18

Ele é uma referência no mundo do samba, o grande maestro, produtor, gaitista, violonista, compositor Rildo Alexandre Barretto da Hora, ou simplesmente Rido Hora. Natural de Caruaru/PE, Rildo teve música no sangue, já que sua mãe foi sua primeira professora de teoria musical e piano. Mudou-se para o Rio de Janeiro ainda nos anos 50, onde foi estudando e crescendo na música até se transformar no atual requisitado músico que esse país oferece.

No currículo do Rildo, já passaram nomes como Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Tito Madi, Silvia Telles, Elizeth Cardoso, Cauby Peixoto, Altemar Dutra, Erasmo Carlos, Wilson Simonal, Gilberto Gil, Gal Costa, Alcione, Fagner, Moacyr Franco, Roberto Carlos, Miltinho, Luiz Gonzaga, Jair Rodrigues, Nelson Gonçalves, Carlos Galhardo, João Bosco, Beth Carvalho, Jorge Aragão, Clara Nunes, Joanna, Chico Buarque, Dona Yvonne Lara, Simone, Caetano Veloso, Djavan, Jamelão, Dudu Nobre, entre tantos.

Depois de um currículo como esses, percebemos que esse cara não é um maestro restrito ao mundo do samba, embora seus trabalhos mais representativos e atuais tendem para esse estilo. Rildo tem história na música brasileira e na vida dos maiores astros da nossa música e isso é ressaltado de forma singela nessa postagem onde reconhecemos seu talento incomparável!

Um forte abraço a todos!  

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Coleção de cd´s de Chico Buarque

A Abril Coleções lançou nas bancas de revistas e jornais os 20 cds mais representativos da discografia do Chico Buarque. Em forma de livretos, os títulos que, em sua maioria estão fora de catálogo nas lojas, podem ser adquiridos semanalmente ao preço de R$ 14,90, sendo que o volume 1, que é o cd de 1978, é ofertado ao preço promocional de R$ 7,90.

Constam na coleção todos os títulos apresentados na imagem acima que vão desde o primeiro álbum lançado pelo artista em 1966 até Carioca, de 2006. Constam também em cada cd um livreto de 44 páginas com a história do disco e de cada faixa, bem como os créditos originais, além de uma caixa para comportar toda a coleção.

Box - Volume 4
E por falar em Chico Buarque, semana passada, minha noiva e eu estivemos nas Lojas Americanas e presenciamos uma promoção que mexe com o bolso dos apaixonados pela música brasileira e pela obra do Chico: cada box de dvds (são 4, contendo três dvds cada um, num total de 12 dvds para toda coleção) ao preço promocional de R$ 19,99. Isso mesmo, o preço que geralmente está sendo cobrado por um dvd, que já custou quase R$ 60,00 está sendo cobrado por um box completo. Embora creia que tenha sido apenas uma promoção relâmpago, é bom ficar de olho porque, muitas vezes isso se repete frequentemente.

Portanto, acredito que com essas dicas, quem deseja conhecer ou explorar a obra do Chico tem condições financeiras interessantes para começar esse projeto, pois para àqueles que admiram o gênio da mpb sabem que isso é um caminho muito bem sucedido!

Um forte abraço a todos!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Tortura de amor

Em se tratando de amor, a música brasileira deve ser mesmo das mais apaixonadas. Quando os compositores transitam pelas estradas do coração e os intérpretes resolvem descrever isso através de grandes melodias, sai da frente porque o próprio coração transborda com tanta paixão. Eis aqui uma canção muito entoada, sobretudo pelos artistas da noite!

É o caso desse clássico do repertório do Waldick Soriano, cantor que nos deixou a pouco tempo, mas será lembrado por grandes pérolas como essa, gravada também por outros intérpretes como Fafá de Belém, Adilson Ramos, Nelson Gonçalves e Fagner. Um fato curioso é que essa canção causou problemas para o Waldick com a censura em 1974, pelo título, gerando uma situação inusitada já que a primeira gravação data de 1962, com regravação de 1974 pelo próprio.

Tortura de amor
(Osmath Duck)

Hoje que a noite está calma
E que minha alma esperava por ti
Apareceste afinal
Torturando este ser que te adora

Volta, fica comigo só mais uma noite
Quero viver junto a ti
Volta, meu amor
Fica comigo, não me despreze
A noite é nossa e o meu amor pertence a ti

Hoje eu quero paz,
Quero ternura em nossa vida
Quero viver, por toda vida, pensando em ti

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Os compositores do Brasil - 35

E a Série volta em 2011 com essa grande compositora nacional, sobretudo para a música neo-sertaneja: Aparecida de Fátima Leão, ou simplesmente Fátima Leão, como é conhecida. Natural de Rio Verde/Go, iniciou sua carreira em 1985 com sua primeira composição: Objeto de prazer, gravada pela dupla Matogrosso e Matias.

Poucos são os nomes que reunem em seu currículo tantos bons artistas do meio como Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, Bruno e Marrone, Sandy e Jr., João Paulo e Daniel, Rio Negro e Solimões, Milionário e Zé Rico, Gian e Giovani, além de Joanna, The Fevers e Demônios da Garoa, entre outros para suas criações que, muitas vezes ganham a sua própria interpretação, já que também é cantora e lançou discos.

E entre sucessos de sua autoria, algumas em parcerias com grandes nomes citados acima, temos Coração, Dormi na praça, E Deus por nós, Entre um gole e outro, Eu sou desejo você é paixão, Foge de mim, Alô, Muda de vida, entre outras que somadas chegam a 2000 composições, o que garante um marco no trabalho dessa excelente compositora nacional!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Os sonhos mais lindos sonhei...

Vamos viajar mais no tempo da nossa música e encontrar mais uma voz ímpar da era do rádio nacional: Catello Carlos Guagliardi, mais conhecido por Carlos Galhardo. Descendente de italiano, foi alfaiate antes de ingressar na música ao ser ouvido pela primeira vez por um time formado por Francisco Alves, Mário Reis e Lamartine Babo, que o aconselharam o rádio.

Ainda nos anos 30 lança seu primeiro disco, com as marchas Você não gosta de mim e Que é que há. Conhecido como "o cantor que dispensa adjetivos", Galhardo é lembrado por ser o artista que mais cantou temas que remetem a datas festivas como Boas Festas, Mãezinha querida, Bodas de prata, Papai do meu coração, Tempo de criança, Olha lá um balão, Valsa dos namorados, etc.

Além disso, constam em seu repertório clássicos da nossa música como Fascinação, Alá-la-ô, A você, Devolve e  Será?, entre outras. Carlos Galhardo partiu para a eternidade em 1985. E quem já o viu cantar, ouviu sua voz, suas interpretações, sabe que ele é daqueles grandes cantores que realmente dispensam adjetivos, por já ser um bom adjetivo!

Um forte abraço a todos!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dominguinhos Especial - 70 anos de estrada

A Rede Globo Nordeste exibiu ontem, 12/02, um especial em homenagem aos 70 anos de vida do Dominguinhos, cantor, compositor, instrumentista, amigo, nordestino e com tantas outras qualidades que não lhe cabem em uma simples postagem ou em um único programa televisivo. Com quase uma hora de duração, a história é contada pelo próprio Sr. Domingo, com direito a depoimentos e participação de amigos e familiares.

Dominguinhos falou da sua infância, família, carreira e também de como conheceu Luiz Gonzaga, que foi seu maior influenciador musical e artístico. Depoimentos de Fausto Nilo, com quem já compôs diversas canções, e Fagner, com quem já gravou e se apresentou em diversos momentos. Também visitou a casa de Waldonis, um de seus principais afilhados musicais, em Fortaleza/CE.

Aqui em Aldeia, bairro de Camaragibe/PE, gravou uma "roda de sanfona" com a presença de Nádia Maia, Genival Lacerda, Petrúcio Amorim, Maciel Melo, Ivan Ferraz, além da eterna parceira de composições Anastácia e de sua filha Liv Moraes. Várias canções foram entoadas como Eu só quero um xodó, Forró no escuro, Tenho sede, Lamento sertanejo, Xote das meninas, Amizade sincera, entre outras, tudo para justificar que por mais que pareça pouco é sempre necessário reverenciar estrelas como Dominguinhos, a quem o público brasileiro aplaude e contempla em seu aniversário e sempre!

Um forte abraço a todos!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Vieste

São muitas as canções do Ivan Lins que merecem destaque. Essa por exemplo é das minhas preferidas. Vieste foi tema da novela global Sonho meu, em 1993 e marcou pelo seu romantistmo, pela sua construção melódica, pela sua harmonia, típicos de criações do Ivan.

E o mais curioso é que a letra é feita apenas em duas estrofes, com frases simples, mas ao mesmo tempo completa e nisso se dá o sucesso dessa canção: não deve ser fácil fazer uma canção simples, com poucas palavras e dizer tudo aquilo que se deseja de forma tão perfeita! Ponto do Ivan para a música brasileira!

Vieste
(Ivan Lins e Vítor Martins)

Vieste na hora exata
Com ares de festa e luas de prata
Vieste com encantos, vieste
Com beijos silvestres colhidos prá mim

Vieste com a natureza
Com as mãos camponesas plantadas em mim
Vieste com a cara e a coragem
Com malas, viagens, prá dentro de mim
Meu amor

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Não deixe de pensar nenhum minuto em mim...

A Jovem Guarda também apresentou duplas e entre elas, destacamos na postagem de hoje Os Vips, formada pelos irmãos Ronaldo Luís Antonucci e Márcio Augusto Antonucci. Curioso é que ao contrário de várias duplas que posteriormente se separam, eles começaram separados e depois seguiram juntos. E na Jovem Guarda foram destaque, além de especificamente o Márcio se destacar como produtor musical posteriormente.

Os grandes sucessos da dupla são composições do Roberto Carlos, como A volta, Emoção, Faça alguma coisa pelo nosso amor, É preciso saber viver, Largo tudo e venho te buscar. Outros sucessos da dupla, no decorrer de todos esses anos foram Menina linda, Coisas que acontecem, Obrigado garota, Coruja, etc.

Eles não se encontram apenas para reviver a Jovem Guarda. Os Vips continuam a fazer shows concorridíssimos país afora e todos cantam suas canções mais que apaixonadas e marcantes na vida de seu público eterno e fiel!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

É pagode pra valer...

Esse é o grupo de Ademir Batera, Flavinho Silva, Ronaldinho do Banjo, Sereno do Cacique, Bira Presidente, Ubirany e de todos os brasileiros que adoram samba e reconhecem na banda Fundo de Quintal uma das melhores referências desse estilo brasileiríssimo. Formado em 1980 no Cacique de Ramos, foi porta para o sucesso de sambistas famosos como Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Mário Sérgio, Sombrinha e Almir Guineto.

Tornando-se a maior referência para outras bandas que surgiriam posteriormente, sobretudo nos anos 90, o grupo Fundo de Quintal se destacaram por sucessos como A amizade, O show tem que continuar, Nosso grito, Só pra contrariar, Insensato destino, Do fundo do nosso quintal, A batucada dos nossos Tantãs, E eu não fui convidado, Boca sem dente, Ô Irene, Miudinho, entre outros.

Beth Carvalho, como de costume, é madrinha do grupo. Digo, costume, porque Beth é uma descobridora nata de talentos para o nosso samba. E o grupo Fundo de Quintal segue em suas rodas de sambas e em seus shows, reencontrando seu público fiel e apresentando esse samba gostoso e tradicional que a música brasileira oferece em nomes e grupos como este!

Um forte abraço a todos!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 2

Começando essa série, resolvi falar mais uma vez do João Gilberto, coisa que já tinha feito antes em uma postagem geral sobre ele e depois, quando falei de um de seus discos, Eu sei que vou te amar, de 1994. Mas, falar sobre o João nunca é demais e o intérprete e lendário João Gilberto não cabe em uma, duas ou três postagens apenas. Ele, com seu violão único, com sua voz mansa que quebrou a ideia de que cantor só aquele que possui vozeirão, é simplesmente a maior influência para a maioria dos outros grandes intérpretes que ainda abordaremos por aqui.

O papa da Bossa Nova é citada por uma geração que, posteriormente daria continuidade não à sua escola, mas a essa universidade que se credita ao estilo manso, sereno, carregado de harmonias dissonantes e de uma forma ímpar de interpretar as canções que ganham o prêmio de passar por sua voz. João compôs pouco e talvez por isso mesmo tenha se destacado como intérprete, solidificando a Bossa Nova ainda nos anos 50 no mundo inteiro e sendo uma referência dela.

Como intérprete navega fluentemente no repertório do Tom Jobim, imortalizando canções como Desafinado, Eu sei que vou te amar, Wave, Fotografia, Garota de Ipanema e a mais marcante Chega de saudade, entre outras. Mas, João também deixa sua marca na obra do Caymmi, levando os ouvintes ao delíro quando interpreta coisas como Você não sabe amar, Rosa Morena e Saudade da Bahia. Só por aí, já lhe renderia o posto máximo da interpretação nacional. Mas, navega em uma faixa que vai da obra do Caetano, passando pelo Carlos Lyra e chegando até o Lobão.

Que João é uma lenda da nossa música, isso já é de praxe para todos. Mas, o que mais chama atenção é a sua forma de interpretação, numa musicalidade diferenciada e única. Às vezes, parece omitir notas, outras vezes, lapidá-las. Às vezes pensamos que só ele mesmo se acompanharia daquela forma e para uns passa a impressão de que ele está cantando rápido demais. Eu sei que há que não o entenda, há quem não o suporte. Mas, existe um time que ouve, se fascina e nunca mais se esquece e eu faço parte deste!

Um forte abraço a todos!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Só louco

A mais recente novela global Insensato coração teve seu título inspirado nessa canção de Dorival Caymmi. Só louco é talvez  a mais famosa e mais típica canção do Caymmi pois traz consigo todas as característica desse mestre da nossa música: sua simplicidade e sofisticação musical ímpar. Um fato curioso é que essa canção data de 1956 e não fez tanto sucesso com seu autor.

Em 1976 Gal Costa deu a interpretação que imortalizou essa canção, embora tantos outros intérpretes já tenham se arriscado a interpretá-la como Nana Caymmi, Leila Pinheiro, Jane Duboc, Renato Russo e Nelson Gonçalves. A simplicidade na letra, na volta que ela dá, o charme de estar completa de romantismo, de dizer tudo em poucas palavras é sem dúvida o seu segredo e o que a torna um grande clássico.

Só louco
(Dorival Caymmi)

Só louco!
Amou como eu amei
Só louco!
Quis o bem que eu quis

Ah! insensato coração
Porque me fizeste sofrer
Porque de amor para entender
É preciso amar, porque...

Só louco!...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Espinho não machuca a flor...

Esta é Leny de Andrade Lima, conhecida por Leny Andrade. Aos seis anos, essa consagrada cantora já tocava piano e estudou música em conservatório na adolescência. Natural do Rio de Janeiro/RJ, no fim da década de 50 já atuava como crooner de boate. Na década de 60 em diante, alcança sucesso nacional, sobretudo por seus shows em parceria com Pery Ribeiro.

E entre os sucessos dessa grande intérprete, temos Estamos aí, Samba de rei, Vai amigo, A resposta, Águas de março, Como dois e dois, Nós, Cantor da noite, Flor de lis, A flor e o sorriso, O negócio é amar, Trocando em miúdos, As rosas não falam, Acontece, O mundo é um moinho, A ilha, Wave, Corcovado, Dindi, Se todos fossem iguais a você, etc.

Talvez a mídia não seja tão atenciosa e justa com essa intérprete que o país possui e preza por sua voz, algo bastante evidente em seus shows e no público fiel que a acompanha há muitos anos. Isso também é fato quando percebemos que aqui temos mais uma grande voz para canções de Tom, Vinícius, Djavan, Cartola, Ivan e tantos outros bons mestres da composição nacional!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Somos sempre mensageiros esperando a tua voz...

Sá & Guarabyra
Sá & Guarabyra é a dupla formada pelos cantores Luís Carlos Pereira de Sá e Guttemberg Nery Guarabyra Filho, um natural do Rio de Janeiro/RJ e o outro, de Barra/Ba. Curioso é que começaram suas carreiras solos e só depois se uniram a Zé Rodrix (famoso sobretudo por ter composto a canção Casa no campo), formando a banda de rock rural Sá, Rodrix & Guarabyra. Zé permaneceu pouco tempo, ficando posteriormente a dupla.

E emplacaram alguns sucessos, constando como intérpretes e também em alguns casos como compositores, apresentando canções como Sobradinho, Espanhola, Pássaro, Roque santeiro, Dona, Verdades e mentiras, Harmonia, Sete Marias, Cheiro mineiro de flor, Caçador de mim, etc.

Com suas vozes mansas, um canto tranquilo, uma música que acalma os corações, a dupla voltou a ser trio na década de 2000, com o retorno do Zé. Infelizmente, Zé Rodrix nos deixou há pouco tempo, mas Sá  & Guarabyra continuam a fazer shows e encontrando seu público fiel e seus eternos sucessos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dvd Uma noite em 67

E com essa postagem encerramos não apenas a semana dedicada ao Terceiro Festival da Música Popular Brasileira, mas também ao mês de janeiro, quando dedicamos postagens a filmes que se destacam no cenário nacional e que possuem alguma ligação com a música brasileira. Lançado em 2010, o documentário apresenta as cinco canções mais bem colocadas, retratadas em postagem dessa semana.

Junto a elas estão depoimentos inéditos de seus intérpretes sobre aquele e outros momentos que marcaram o ano de 67. Sérgio Ricardo, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Chico Buarque, MPB - 4, Gilberto Gil e Edu Lobo comentam sobre suas atuações e sobre os acontecimentos que envolveram suas apresentações e o que ficou disso tudo. Outros artistas jurados ou produtores do evento como Nelson Motta, Zuza Homem de Mello, Sérgio Cabral, Chico Anísio e Paulo Machado de Carvalho também prestam suas impressões em depoimentos que enriquecem o documentário.

Nos extras, as outras canções do Festival e seus intérpretes: Jair Rodrigues, Dory Caymmi, Nana Caymmi, além de causos contados também por Maria Medalha, Ferreira Gullar e Johny Alf. Com direção de Ricardo Calil e Renato Terra, além das canções apresentadas, temos entrevistas de bastidores da época complementando um trabalho histórico que também oferece imagens raras da então passeata da música brasileira contra as guitarras de 1967 que reuiniu alguns dos nomes do Festival contra o rock da época, nos extras.

Aquele Festival, aquele ano foi decisivo para a música brasileira e para esses e outros artistas que beberam dessa fonte. É claro que outros acontecimentos sucederam esse momento nas carreiras de nossos astros, mas é fantástico imaginar um trabalho desses que representa uma constelação, pois poucos foram os momentos em que tivemos tantas estrelas juntas!

Um forte abraço a todos!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Alegria, alegria

Essa não foi a canção vencedora do Terceiro Festival da Música Popular Brasileira. Ficou com a quarta posição, embora apresentasse justamente os requisitos daquele evento: uma canção de protesto às condições políticas atuais. Mas, até hoje é lembrada e requisitada nos shows do Caetano. Nas aulas de história, quando se estuda o período da ditadura, ela está entre as cinco canções (se não for a primeira), a ser citada como exemplo de protesto desse momento.

Realmente, foi uma ousadia do Caetano apresentá-la em um Festival em um momento em que a Política dizia: Não pode!, por conta de sua letra carregada de protestos (Vou sem lenço, sem documento... Em caras de presidentes,... em bandeiras, ..., guerrilhas,..., Sem livros e sem fuzil, sem fome, sem telefone no coração do Brasil, ...) e que a própria música brasileira mais conservadora dizia: Não pode! pela canção agregar elementos do rock em seu arranjo, no caso as guitarras elétricas, coisa patética que o Caetano sabiamemente soube dar fim e ao mesmo tempo fazer surgir o movimento que teria sua marca: A Tropicália.

Alegria, alegria
(Caetano Veloso)

Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou...

O sol se reparte em crimes
Espaçonaves, guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou...

Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes, pernas, bandeiras
Bomba e Brigitte Bardot...

O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia

Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos

Eu vou
Por que não, por que não...

Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço e sem documento
Eu vou...

Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
E uma canção me consola
Eu vou...

Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome, sem telefone
No coração do Brasil...

Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou...

Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo, amor
Eu vou...

Por que não, por que não

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Terceiro Festival da Música Popular Brasileira - 1967 - Parte 02

5º lugar:  Maria, Carnaval e Cinzas
Continuando com o Festival que foi um marco na música brasileira, apresentaremos hoje as cinco mais bem colocadas: em quinto lugar temos Maria, canaval e cinzas, do compositor Luiz Carlos Paraná, defendida pelo Roberto Carlos. Sob vaias, presenciamos um artista que faria justiça ao título de rei, pois mesmo diante das adversidades do preconceito apresentado pela maior parte do público e até por colegas, o rei exibiu uma performance invejável, ao interpretar um samba que não era muito sua praia, nem se tornou algo tão significante em seu repertório.

4º lugar: Alegria, alegria
O quarto lugar veio com Caetano Veloso e sua Alegria, alegria, canção que marcaria a obra deste compositor, o acompanhando até hoje como um de seus maiores hits e também tornou-se um hino de protesto contra a ditadura que emergia em nossa política. Creio que foi uma das canções que ficaram desse movimento e também o estopim para acabar com a besteira de que a música brasileira deveria repudiar a guitarra elétrica, típica do rock nacional e internacional.

3ºlugar: Roda viva
Em terceiro lugar, tivemos Chico Buarque e o MPB - 4 com Roda viva. Em um arranjo vocal que era um espetáculo a parte do grupo MPB - 4, essa canção foi bastante aclamada, embora hoje figure no repertório mais esquecido do Chico, que lançou muitas outras canções que se tornariam clássicos em seu repertório e na música brasileira e que ofuscariam Roda viva na lista das grandes canções desse grande compositor.

2º lugar: Domingo no parque
A medalha de prata ficou com Gilberto Gil e Os Mutantes, que juntos defenderam Domingo no parque, do Gil. Vale a mesma observação para a canção do Caetano: a guitarra foi o diferencial, embora aqui a letra, a harmonia, toda a criação seja um espetáculo. Nascia a Tropicália e, talvez por isso, as duas canções, a de Caetano e a de Gil, são as mais lembradas desse evento. Destaque também para a Rita Lee que fazia parte do grupo Os Mutantes, que acompanharam Gil na interpretação.

1º lugar: Ponteio.
O primeiro lugar ficou com Edu Logo e Maria Medalha, que defenderam Ponteio, do Edu. E, embora essa canção tenha sido a vencedora e tenha rendido grandes oportunidades ao Edu, hoje pouco se sabe, pouco se lembra de Ponteio, canção esquecida no repertório dos grandes clássicos brasileiros, até por seu criador. Outras canções do Festival e seus respectivos intérpretes foram O cantador (Elis Regina), A estrada e o violeiro (Nara Leão), Bom dia (Nana Caymmi), Gabriela (MPB - 4) e Samba de Maria (Jair Rodrigues).

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Terceiro Festival da Música Popular Brasileira - 1967 - Parte 01

Em virtude do lançamento do Dvd Uma noite em 67, vamos comentar durante as postagens de hoje até domingo sobre esse Festival que mudou a história da música brasileira, sem desmerecer os demais. O terceiro Festival da Música Popular Brasileira é hoje lembrado simplesmente como Festival da Record de 1967 ou mais sucintamente como o Festival de 67.

É claro que esse tema não se trata como algo sucinto, pela grandiosidade que foi esse evento. Mas, vamos tentar lembrar um pouco o que foi um marco na carreira de muitos artistas envolvidos e dos rumos que a música brasileira tomava naquele instante, diante de tantos acontecimentos que envolvia o país há mais de 40 anos atrás!

De um modo geral, os Festivais foram importantes porque deles surgiram grandes intérpretes que aí estão e fazem escola, sendo tais acontecimentos portas para o acontecimento nacional de vários artistas, como é o caso de Milton Nascimento, Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Djavan, Sandra de Sá, Guilherme Arantes, Emílio Santiago, etc. Movimentos musicais também fincaram suas raízes nesses eventos, como é o caso da Tropicália.

Sérgio Ricardo quebra e lança o violão à platéia, sob vaias.
Mas, creio que a importância do Festival de 67 se dá pelo motivo de solidificar o evento como algo importantíssimo dentro da música brasileira e ao mesmo tempo reunir tantos grandes nomes emergentes ou não em um só palco. Sem falar do público que virou um espetáculo a parte com suas vaias e suas surpresas, como o episódio em que Sérgio Ricardo, já descontente com tanta vaia e desrespeito por não conseguir apresentar seu número Beto bom de bola, quebrou o violão, o arremessando à platéia, em uma imagem histórica não só dos Festivais, mas para a Televisão Brasileira!

Na próxima quinta: as cinco canções mais bem colocadas no Terceiro Festival da Música Popular Brasileira, que aconteceu na noite do dia 21 de outubro de 1967, no Teatro Paramount em São Paulo, apresentado pela Tv Record e que reuniu em um mesmo palco nomes como Edu Lobo, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque e Roberto Carlos, além de Elis Regina, Nara Leão, Dori Caymmi, Rita Lee, Nana Caymmi, Jair Rodrigues, Martinho da Vila e o grupo MPB - 4, entre outros.

Um forte abraço a todos!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Deus é brasileiro

Em 2003 o cinema nacional lançou um dos filmes mais interessantes dessa nova safra: Deus é brasileiro. Com um elenco que reune Antônio Fagundes, Paloma Duarte, Wagner Moura, Hugo Carvana, Stepan Nercessian, entre outros e sob a direção de Cacá Diegues, essa comédia dividiu opiniões quanto ao seu enredo. Alguns gostaram, outros foram ao extremo e o classificaram como um erro.

A história gira em torno de Deus (vivido pelo Antônio Fagundes) que, cansado de tantos erros cometidos pela humanidade decide tirar uma férias em alguma estrela distante. Para isso, precisa de um substituto, enquanto tiver fora e decide procurar no Brasil, por este ser um país bastante católico, embora ainda não apresentasse nenhum santo reconhecido oficialmente. Taoca (Wagner Moura) é então seu guia e buscam em vários pontos do país pela pessoa ideal.

Destaque para várias paisagens lindas que o país oferece e que presenciamos no filme que questiona essa nossa falta de percepção das coisas boas que temos e atribuímos todas as nossas dificuldades aos cuidados divinos.  No campo musical temos Djavan (Lua de abertura e Melodia sentimental), Lenine (A vida do viajante), Luiz Gonzaga (também em A vida do viajante), Roberta Miranda (Vá com Deus), etc. Vale a pipoca de janeiro, sim!

Um forte abraço a todos!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Amor cigano

Eu adoro ouvir a Fafá de Belém. Eu só, não! O Brasil inteiro, o mundo inteiro sem sombra de dúvidas! Aqui uma das canções mais lindas de seu repertório, lançada em 1989 e composta pela dupla campeã de hits Michael Sullivan e Paulo Massadas, ambos já homenageados na série Os compositores do Brasil, pelo nosso Blog.

Amor cigano retrata aquele amor partido, mas difícil ou quase impossível de ser esquecido, de ser superado. É o que a letra segue questionando por todo seu desenrolar: como esquecer algo inesquecível, algo que deixou sua marca como uma eterna tatuagem! E a Fafá entra para dar seu toque inesquecível de grande intérprete que nós brasileiros temos o orgulho de desfrutar!

Amor cigano
(Michael Sullivan e Paulo Massadas)

Como vou dizer que não te amei
Se eu ainda penso em você
Se eu ainda tenho a ilusão
De encontrar para nós a solução

Como vou dizer que te esqueci
Se eu não aprendi a te esquecer
Se eu não consigo mais dormir
Sonho acordada com você

Mesmo sem querer eu vou lembrar
Coisas impossíveis de apagar
É pra mim difícil entender
A vida sem você

Dói se você diz que não me quer
Mas eu não consigo te deixar
Faço tudo que esse amor quiser
Pra você ficar

Vida minha, vida minha
Meu amor cigano
Como posso me enganar
Fingir que não te amo

Vida minha,vida minha
Não me deixe agora
Logo quando eu mais
Preciso de você

Diz pra mim que não deixou
de me querer...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Loja de discos

Logomarca de loja fonográfica famosa do Recife
Li recentemente que uma famosa e antiga loja de discos do Rio de Janeiro simplesmente fechou as portas, depois de tanto tempo operando com esse mercado e não suportou a crise fonográfica que aportou no mundo e em nosso país, sobretudo nessa década passada. Aqui em Pernambuco e mais precisamente no Recife, presenciamos uma rede de discos frequentadíssima e com várias franquias também desaparecer nos últimos anos: a famosa Aky Discos. É claro que os tempos são outros: lojas virtuais, músicas vendidas pela internet e o pior, a pirataria assessorada pelos downloads ilegais que 95% das pessoas realizam, vamos ser francos e honestos!

Não conheço os donos da Rede e apenas expresso meu sentimento de lamentação por não ter mais uma loja que tanto visitei. Não que eu queira ser saudosista, embora meus textos sempre caminham para essas tendências, mas eu sinto falta das lojas de discos que depois se tornaram lojas de cds, mas que hoje são apenas portas fechadas. Lembro que grandes magazines possuíam um setor apenas para esses produtos, que garantiam a atratividade de aficcionados por música, como eu.

E não apenas os grandes magazines, mas grandes lojas de discos eram pontos de visitas regulares de quem gostava de saber quais as novidades. Os vinis, antigos bolachões, e posteriormente os cds sempre foram produtos cobiçados por amantes do ramo, atraíam uma clientela frequente. Hoje em dia, lojas como essas são raras e mesmo assim não podem viver unicamente desse produto. Não tenho o direito de ir contra o progresso, mas como diz a canção do Roberto (O progresso), apelaria para o bom senso: seria legal se tivéssemos mais lojas dessaspor aí!

Não sei o que seria necessário para que isso acontecesse, talvez um combate rigoroso à pirataria e um incentivo fiscal satisfatório por parte do governo, aliado a um trabalho de conscientização da sociedade fosse o começo. Sei que não dá para entrar no mérito da discussão entre o preço cobrado por uma loja e o mesmo cobrado por uma barraca de cds piratas, pois vejo esse lado de direito autoral do músico um assunto que dá pano para muitas mangas e não podemos parar por aqui! Mas, não posso deixar de registrar a falta que faz encontrar boas lojas de discos, como eram chamadas!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Se segura malandro, pra fazer a cabeça tem hora...

Este é José Bezerra da Silva, o inesquecível sambista Bezerra da Silva. Descobri há pouco tempo que Bezerra é natural do Recife/PE e ainda na infância, tocava zabumba e cantava coco. Aos 15 anos partiu para o Rio de Janeiro em um navio, onde começou a trabalhar como pedreiro e pintor.  Ingressou na música sobretudo por sua paixão por instrumentos de percussão. Tornou-se o embaixador do morro, cantando seus problemas sociais através de seus partidos altos.

Entre os sucessos emplacados estão Malandragem dá um tempo, Sequestraram minha sogra, Defunto caguete, Bicho feroz, Overdose de cocada, Malandro não vacila, Meu pirão primeiro, Lugar macabro, Piranha, Pai véio 171, Candidato caô caô, Malandro é malandro e Mané é Mané, Pagode na casa do gago, Se Leonardo da vinte..., O bagaço da laranja, Se gritar pega ladrão, etc.

Bezerra partiu para a eternidade em 2005, mas sua música simples, social e direta com o coração do público, garantiram a perpetuação de seu trabalho que se reflete em novas gerações que divulgam seu trabalho e afirmam ter em Bezerra da Silva uma escola de muitas influências.

Um forte abraço a todos!

domingo, 16 de janeiro de 2011

O Cangaceiro trapalhão

Já ressaltei em outra postagem, quando do relançamento dos filmes dos trapalhões, toda minha admiração por esse quarteto que fez parte da minha infância. A saudade me faz visitar a obra de Didi, Dedé, Mussum e Zacarias e encontrar em seus filmes um pouco do que aprendi na vida. Um dos meus favoritos foi este, O Cangaceiro Trapalhão, lançado em 1983.

Em meio a cangaceiros, ao rei do cangaço Lampião e sua Maria Bonita, os trapalhões vivem no Sertão Nordestino várias aventuras e emboscadas em torno da semelhança de Didi com o rei do cangaço. O objetivo é recuperar a filha de Lampião e devolvê-la ao pai. Temos a participação de atores como Nelson Xavier, José Dumont e Tarcísio Meira e das atrizes Tânia Alves, Regina Duarte e Bruna Lombardi.

Com direção de Daniel Filho, temos a trilha sonora de Guto Graça Melo e Rita Lee, que conta com interpretações de Ney Matogrosso, Tânia Alves e Os Trapalhões. São vários títulos do quarteto que podem ser sugeridos. Vou indicando os meus favoritos, que podem ser encontrados a preços bastante acessíveis nas lojas do ramo, atualmente. Mais um ponto na saudade e na pipoca do mês de janeiro!

Um forte abraço a todos!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Fim de festa

Todo mundo sabe que aprecio muito o trabalho do Adilson Ramos, retratado aqui em algumas postagens. Foi em um mês de janeiro, Festa de São Sebastião em Limoeiro/PE, que presenciei um show seu e nunca mais deixei de dizer que sou seu fã! Seu jeito animado, com uma energia positiva de um artista sempre dedicado à música conquista qualquer fã.

E essa é uma das canções de seu repertório que não pode faltar em seus shows, pois ressalta a pureza de uma paixão de adolescentes. É uma das que mais canto em casa quando escuto seus cds. O estilo dessa canção reflete tudo isso que falei sobre o Adilson, um cantor que poderia ter o mesmo reconhecimento nacional e internacional que obtém aqui em Pernambuco: um artista indispensável ao repertório romântico de todo apaixonado da música brasileira!

Fim de festa
(Júlio César, Rodrigo Otávio e José Elias)

Onde está você
Que já me esqueceu
E eu não consigo tirar
Você do pensamento

Essa paixão tão antiga
A sua mão tão amiga
Sem ter você nessa vida
Eu já não aguento

Saio por aí
Pra lhe procurar
E pelos bailes da vida
Eu já não te vejo

Danço com gente estranha
A solidão me apanha
Por mais que eu tente esquecer
É você que eu desejo

Quero que no fim da festa
Você apareça
E chame pra dançar

E num longo abraço
Vamos esquecer
Vamos dar um show
Pra todo mundo ver
Você vai dizer
Depois de um longo beijo
É você que eu desejo

Sha, la, la la, la...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Programa Globo de Ouro

Com o Youtube, várias pessoas, sobretudo as mais jovens têm acesso a programas que não são exibidos atualmente, mas que já foram campeões de audiência. Entre eles, destacaria o Globo de Ouro. Exibido durante as décadas de 70, 80 e início de 90, o programa estreou em 1972 com o subtítulo "A super parada mensal", que elencava as 10 canções que mais tocaram nas rádios naquele mês.

Ao longo de todo esse tempo, o Globo de ouro teve diversos diretores e também apresentadores, que geralmente atuavam aos pares. Só pra citar alguns, apresentaram por lá nomes como Tony Ramos e Christiane Torloni, Dennis Carvalho e Myrian Rios, Cláudia Raia e César Filho , Isabela Garcia e Guilherme Fontes, etc. Entre os tantos diretores, podemos citar Aloysio Legey, Walter Lacet, Márcio Antonucci, Dennis Carvalho, Roberto Talma e J.B de Oliveira, o Boninho.

O programa chegou a ser semanal em alguns períodos e sua importância se reflete na apresentação dos maiores nomes da nossa música contemporânea. Só pra citar, passaram pelo palco do Globo de Ouro artistas como Tim Maia, Sandra de Sá, Djavan, Roberto Carlos, Chico Buarque, Caetano Veloso, Tom Jobim, Titãs, Zeca Pagodinho, Nelson Gonçalves, Legião Urbana, Cazuza, Simone, Gal Costa, Guilherme Arantes, Alcione, etc.

A última edição do programa aconteceu em 28/12/1990, num especial daquele fim de ano. Na atual programação das emissoras abertas e até fechadas, penso porque não voltarem com algo dessa natureza, pois estamos muito carentes de programas musicais. Quem dera se programas desse tipo tivessem ao menos 25% das atenções que têm programas esportivos ou de fofocas, ou de culinárias ou tantos outros que são exibidos atualmente!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Eu me entendo escrevendo...

Uma das novas cantoras dessa nova geração da música brasileira é a Mariana Aydar. Natural de São Paulo/SP, desde pequena convive com astros da música brasileira empresariados por sua mãe, Bia Aydar. Sua carreira artística teve início em 2000, quando começou a cantar e integrar banda nas noites paulistas.

Em 2005 conhece Seu Jorge e excursiona com este pela Europa, abrindo seus shows. Lança seu primeiro cd em 2006. Entre os sucessos já emplacados em seu repertório estão Prainha, Minha missão, Deixa o verão, Lá vem a menina, Deixa o caroço, Na gangorra, Palavras não falam, Peixes pássaros e pessoas, Aqui em casa, etc.

Além de cantora, também é compositora e muitos ainda não devem conhecer seu talento, entretanto Mariana integra essa nova safra da boa música moderna e brasileira que se renova em nomes como o seu, quando encontram a tão almejada oportunidade!

Um forte abraço a todos!

domingo, 9 de janeiro de 2011

Lisbela e o Prisioneiro

Uma das comédias nacionais que mais aprecio é Lisbela e o prisioneiro, com direção de Guel Arraes, lançado em dvd em 2003. Com um elenco que reune Selton Mello, Débora Falabella, Marco Nanini, Virginia Cavendish, Heloisa Perissé, Bruno Garcia, Aramis Trindade, André Mattos, Lívia Falcão e Tadeu Mello, a história foi toda gravada aqui em Pernambuco.

O enredo gira em torno do romance entre o malandro Leléu e a mocinha Lisbela, que de casamento marcado, desiste de tudo para ficar com seu novo amor, mesmo lutando contra suas próprias dúvidas e contra a vontade de personagens como seu pai, seu ex-noivo e todos os outros que perseguem Leléu como Inaura (amante de Leléu) e Frederico (o marido traído de Inaura e pistoleiro por profissão), que deseja matar Leléu.

A trilha sonora foi composta por artistas como Zé Ramalho (A dança das borboletas), Elza Soares (Espumas ao vento), Los Hermanos (Lisbela) e Cordel do Fogo Encantado (O amor é filme), entre outros. Entretanto, em termos de música, nada foi mais marcante que o resgate que Caetano Veloso fez para a música Você não me ensinou a te esquecer, de Fernando Mendes, pois o sucesso da canção foi além do filme, resgatando o Fernando para a música brasileira e ressaltando ainda mais o lado precioso do intérprete Caetano.

Um forte abraço a todos!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Mulher sem razão

O Brasil tem grandes vozes femininas e Adriana Calcanhoto é uma delas, além de grande compositora, temos nela uma extraordinária intérprete. Dá um tom todo original e próprio às canções que interpreta de outros artistas. É o caso dessa canção do repertório do Cazuza e da Bebel Gilberto, também interpretada pelo Ney Matogrosso.

Mulher sem razão reforça o amor próprio que o sexo feminino precisa despertar diante dos maus tratos e da falta de reconhecimento e carinho do companheiro. É como se uma nova voz falasse à ela como promessa de que proporcionaria tudo aquilo que ainda não foi capaz de desfrutar por possuir más companhias! Genialidades da nossa música:

Mulher sem razão
(Cazuza, Dé e Bebel Gilberto)

Saia desta vida de migalhas
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou

Caia na realidade, fada
Olha bem na minha cara
Me confessa que gostou

Do meu papo bom
Do meu jeito são
Do meu sarro, do meu som

Dos meus toques pra você mudar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem

Ouve o teu coração
No final da tarde
Ouve aquela canção
Que não toca no rádio

Pára de fingir que não repara
Nas verdades que eu te falo
Dá um pouco de atenção

Parta, pegue um avião, reparta
Sonhar só não tá com nada
É uma festa na prisão

Nosso tempo é bom
Temos de montão
Deixa eu te levar então

Pra onde eu sei que a gente vai brilhar
Mulher sem razão
Ouve o teu homem

Ouve o teu coração
Batendo travado
Por ninguém e por nada
Na escuridão do quarto...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Os Intérpretes do Brasil

Começamos o ano com uma nova série, originada das demais já apresentadas. Se falamos sobre os Compositores desse país, por que não explorar os grandes intérpretes que temos? A maioria deles já foi retratada por aqui, mas de um modo geral e não específicamente destacando uma qualidade que grandes nomes de nossa música têm de sobra.

E essa característica não é algo restrito à um certo grupo ou sexo. Temos grandes cantores, cantoras, duplas, bandas, grupos que se dedicam a dar um toque todo pessoal às composições, geralmente as deixando imortais. E temos ainda aqueles artistas que compõem e geralmente cantam o que criam, mas não perdem o poder de lapidar obras, algo bastante evidente quando resolvem gravar algo de outro artista, mesmo que isso seja algo raro em suas carreiras.

A série visa retratar tudo isso e a partir da próxima postagem envolvendo esse tema, vamos explorar mês a mês os maiores intérpretes brasileiros e algumas de suas imortais leituras musicais. O leitor já pode desde já citar, se desejar, alguma obra que considera imortal e, de preferência, destacando o intérprete da valiosa obra!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Eu tiro onda pra onda não me tirar...

Ano passado comentamos sobre a Luciana, filha do Jair Rodrigues. Esse ano, começamos falando sobre outra boa herança que o eterno pai do rap proporciona à música brasileira: seu filho Jair Rodrigues Melo de Oliveira, antigamente conhecido como Jairzinho e mais atualmente, Jair de Oliveira. Natural de São Paulo/SP, Jair já está no batente desde pequeno, quando integrou o elenco do grupo Balão Mágico na década de 80.

Após o fim do grupo, seguiu carreira em dupla com Simony, também do Balão, até migrar para os estúdios de música nos Estados Unidos. Atualmente, além de cantor é também músico e produtor. Entre sucessos de sua carreira solo, temos Você por perto, Disritmia, Tiro onda, Instruções, Bom dia anjo, Sou teu nêgo, Falso amor, Amor e saudade, entre outros.

Jair integra o grupo de novos nomes da música brasileira. E torcemos que outros nomes também surjam a partir de 2011, para dar uma renovada e uma arejada à música moderna que o Brasil produz, cada vez mais trabalhada por gente assim como esse artista!

Um forte abraço a todos!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Trilogia RC - parte 3

Capa do dvd do filme.
Com essa postagem encerramos a Trilogia de filmes do Roberto Carlos e iniciamos os filmes indicados nesse mês de janeiro, como fizemos ano passado. Esse foi o primeiro filme em que o rei foi protagonista da história, com um enredo meio conturbado, mas que só pelos números musicais e pelas imagens da época, somadas à atuação do cara, já vale a "pipoca". É pena que esse dvd também esteja fora de catálogo.

Capa clássica do filme
Com direção de Roberto Farias e com a participação de atores como José Lewgoy, Reginaldo Farias e alguns integrantes da banda do rei, que na época ainda era RC - 7, a história gira em torno de bandidos internacionais que perseguem o astro da juventude, com o intuito de levá-lo aos Estados Unidos. Com mais de 2,5 milhões de espectadores, nesse filme, RC vive todas as cenas perigosas, dispensando dublê. Além disso, temos cenas acrobáticas como um helicóptero passando por um túnel e o artista dentro de um carro descendo pendurado num guindaste.

Capa do Lp, K7 e Cd de 1967.
A trilha sonora é um espetáculo a parte e foi lançada em novembro de 1967, no disco do Roberto com o mesmo nome do filme, que você confere a capa ao lado e com as canções: Eu sou terrível, Como é grande o meu amor por você, Por isso corro demais, Você deixou alguém a esperar, De que vale tudo isso, Folhas de outuno, Quando, É tempo de amar, Você não serve pra mim, E por isso estou aqui, O sósia, Só vou gostar de quem gosta de mim, com algumas delas, sendo apresentadas em clipes no filme. Outras canções já vinham do seu disco anterior como Namoradinha de um amigo meu, Eu te darei o céu e Negro gato, além de Canzone per te, lançada em disco no ano seguinte e que faria de Roberto o vencedor do Festival de San Remo de 1968, fato esse que comentaremos em outro momento!

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Amor imenso

Feliz 2011 a todos! Que tenhamos um ano novo com grandes realizações positivas em nossas vidas. Sempre com muita saúde, empenho em nossos trabalhos e paz interna e externa é o que desejamos a todos! E vamos começar 2011 com esse mesmo Amor imenso que cada um de nós traz em seu coração!

Essa canção é um clássico do repertório do Nando Cordel e um clássico entre as canções que exaltam paz, coisas que o Nando sabe fazer tão bem. Em poucas palavras, ele consegue sintetizar o sentimento fraternal de todos que buscam a paz, mesmo aqueles que a buscam sem saber como plantá-la nos corações alheios e nos próprios corações:

Amor imenso
(Nando Cordel)

Vem, tá difícil viver sem você por aqui
Vem colorir nosso mundo e me fazer feliz
Traz teu amor, que é tão forte e de muita beleza
Meu coração não consegue viver na incerteza

Abre a porta e deixe entrar
Essa paz que faz o amor imenso, imenso

Vamos deixar o amor enramar essa terra
Vamos deixar essa paz enraizar todo o mundo
Vamos deixar a pureza invadir nossos corações
Se transformar em corrente, em busca de soluções

Abre a porta e deixe entrar
Essa paz que faz o amor imenso, imenso

Um forte abraço a todos!