terça-feira, 18 de outubro de 2011

Os compositores do Brasil - 42

Vamos inverter dessa vez e citar primeiro a obra desse extraordinário compositor, pois o que dizer de canções como Foi a noite, Desafinado, Samba de uma nota só, Meditação, Caminhos cruzados, Discussão, entre outras não tantas, mas marcantes, algumas, verdadeiros clássicos da nossa música?

Esse é Newton Ferreira de Mendonça ou simplesmente Newton Mendonça, um dos principais parceiros de Tom Jobim. Natural do Rio de Janeiro/RJ, o também pianista Newton viveu apenas 33 anos e mal pode ver o sucesso de suas parcerias, inesquecíveis até hoje, pois sempre temos algum bom intérprete passeando por suas composições.

Basta dizer que além de Tom Jobim, tivemos como intérpretes de sua obra Gal Costa, Caetano Veloso, João Gilberto, Nana Caymmi, Pedro Mariano, Sylvia Telles, Dalva de Oliveira, Leila Pinheiro, Maysa, Ana Carolina, Isaurinha Garcia, entre outros que, com suas interpretações demonstram que trabalhos como os seus são e serão sempre inesquecíveis!

Um forte abraço a todos!

domingo, 16 de outubro de 2011

CD Milton Nascimento ao vivo - Amigo

Ouvir Milton Nascimento é sempre agradável e quando canta com um coral de crianças e com uma grande orquestra o acompanhando é, sem sombra de dúvidas, algo que permeia a perfeição em termos de som, de música. E isso pode ser conferido nesse cd lançado em 1995, resultado de um show gravado em setembro de 1994 no Palácio das Artes em Belo Horizonte.

Com um show intitulado Amigo, acompanhado da Orquestra de Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro Nelson Ayres e tendo em algumas faixas o Coral das crianças programa curumim, o show é também uma homenagem a Ayrton Senna, falecido naquele ano.

Somos contemplados com a voz, a orquestra, o coral e também com clássicos como Canção da América, Eu sei que vou te amar, Coração de estudante, O cio da terra, Paula e Bebeto, Bola de meia bola de gude, além de Que bom amigo, Estrelada, Veja esta canção, Simples, Panis angelicus e Milagre dos peixes. É certo que é um disco ao vivo que não saiu em DVD, nem abordou outros clássicos do Milton, mas em termos de produção artística, considero o melhor dele até então!

Um forte abraço a todos!

sábado, 15 de outubro de 2011

O professor

Garimpando na música brasileira, além da canção Anjos da guarda da Leci Brandão, apresentada aqui em outro ano, temos também essa em homengem aos mestres das salas de aulas de nosso país. Hoje, dia do professor, é uma data em que, apesar de tantas dificuldades e tanta falta de motivação, encontramos a certeza de que todos possuem um ou mais mestres inesquecíveis em sua história.

Gostei dessa canção de Tânia Maya, uma cantora que merece mais destaque na nossa música, mas que já é muito conhecida por ter nos presenteado com esse verdadeiro hino para essa data. Gosto quando o autor destaca tantas figuras importantes em nossa história, indagando onde estão os mestres desses ilustres. Isso é gratificante e dá um alento de que ainda vão descobrir a importância exata dessa classe de trabalhadores,  imprescindível na construção desse país e isso também na música brasileira!

O professor
(Celso Viáfora)

Quem com pó de giz
Um lápis e apagador
Deu o verbo a Vinícius
Machado de Assis, Drummond?

Quem ensinou piano ao Tom?
Quem pôs um lápis de cor
Nos dedos de Portinari,
Picasso e Van Gogh?

Quem foi que deu asas a Santos Dumont?
Crianças têm tantos dons
Só que, às vezes, não sabem
Quantos só se descobrem
Porque o mestre enxergou
e incentivou

É, só se faz um país com professor
Um romance, um croquis, com professor
Um poema de amor
Um país pra ensinar seus jovens

Um forte abraço a todos e parabéns a todos os professores!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Me ame com ternura...

É difícil em uma única postagem falar da importância desse ídolo internacional que tanto influenciou artistas da nossa música. É isso mesmo, se você perguntasse a artistas dos mais variados estilos como Roberto e Erasmo Carlos ou Tim Maia, Alceu Valença ou Zezé di Camargo, Eduardo Lages ou Raul Seixas, Rita Lee ou Jerry Adriani, ou muitos outros citariam Elvis Presley como uma das suas mais fortes influências musicais.

O rei do rock mundial brilhou no Brasil com vários sucessos e estes também seriam difíceis de serem todos citados, a exemplo de Love me tender, Kiss me quick, Suspicions mind, My way, Bridge over troubled water, Blue suede shoes, Hound dog, Tutti frutti, Unchained melody, It´s now or never, Loving you, Only you, Jailhouse rock, Heartbreak Hotel, Don't be cruel, Can´t help falling in love, Long tall sally, entre tantas.

Elvis foi embora em 1977, mas é eternamente lembrado como o rei do rock mundial e continua sendo forte influência para novos artistas brasileiros e estrangeiros, com seus filmes, suas músicas, sua inconfundível voz. Acredito que, se não for o maior, está entre os cinco que mais possuem covers no mundo e basta perceber a frase sempre repetida: Elvis não morreu, que já diz tudo!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Romaria

Amanhã, dia 12 é dia das crianças e também dia da Padroeira do Brasil e nós, católicos, veneramos a Virgem Mãe de Nosso Senhor, principalmente em dias como este, dedicado à Nossa Senhora Aparecida. Uma canção clássica para esta data é Romaria, do Renato Teixeira, que já foi intepretada por tantos nomes como Elis, Bethânia, Sérgio, Fábio e várias duplas sertanejas.

O Santuário de Nossa Senhora, em Guaratinguetá/SP, recebe hoje fiéis do mundo inteiro. E a música brasileira se orgulha de ter um clássico como esse que representa o autêntico sertanejo, peão, sobre seu cavalo e devoto da Virgem, que, mesmo sem elevado grau de instrução, apresenta elevado grau de sentimento e religiosidade ao refletir sobre sua sorte, pedir e agradecer à Mãe do Nosso Salvador.

Romaria
(Renato Teixeira)

É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido em pensamentos
Sobre o meu cavalo

É de laço e de nó
De jibeira o jiló
Dessa vida
Cumprida a só

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida
À custa de aventuras

Descasei, joguei
Investi, desisti
Se há sorte
Eu não sei, nunca vi

Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

Me disseram, porém
Que eu viesse aqui
Prá pedir de romaria e prece
Paz nos desaventos

Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar
Meu olhar

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

Um forte abraço a todos!

domingo, 9 de outubro de 2011

CD Zezé di Camargo e Luciano 1998

Em junho, assisti a um show de Zezé di Camargo e Luciano lá em Limoeiro/PE e pude perceber ao vivo quanto esses dois astros são grandes profissionais, pois fizeram o melhor show que aquela cidade recebeu até hoje. Gosto da dupla, de suas canções românticas e já demonstrei isso me colocando em oposição ao preconceito que existe em relação a esses grandes artistas.

Tenho alguns CDs da dupla do período de 1996 a 2000 quando lançaram os melhores trabalhos e este foi lançado em 1998, e apresenta clássicos até hoje relembrados em seus shows como Pra não pensar em você, Dois corações e uma história, Pior é te perder, Quando a cabeça não pensa, À queima roupa, Meu país, Deus salve a América e Felicidade que saudade de você.

Outras canções do CD são Flor de Flamboyant, Imperfeito, Amores que vem e que passam, Volta pro meu coração, Seca malvada, Sabor de pecado, Fim de festa, A mais louca paixão, Vida viola e violeiro. A sonoridade é incontestavelmente uma das melhores do gênero o que justifica a dupla ocupar o topo, com o reconhecimento pelo esforço que sempre demonstram  em qualquer trabalho que realizam.

Um forte abraço a todos!

sábado, 8 de outubro de 2011

Te ver

Gosto demais do Skank e aqui temos um dos clássicos da banda, uma canção que não pode faltar em seu repertório de shows. Além do romantismo pop, a canção traz alguns trocadilhos bem legais e brinca com as contradições de se ter tudo e não ter nada, quando falta o principal: a presença da pessoa amada!

Na melhor levada Skank, Te ver foi e ainda é um grande sucesso radiofônico, sendo bastante interessante perceber que o público jovem tem algo bom, com essa qualidade pra apreciar. Gosto também da alfinetada que se dá na política, pois realmente é impossível não ter raiva desse assunto dos quais somos chamados de alienados por não termos o "conhecimento adequado". Grande Skank!

Te ver
(Samuel Rosa, Lelo Zanetti e Chico Amaral)

Te ver e não te querer
É improvável, é impossível
Te ter e ter que esquecer
É insuportável
É dor incrível

É como mergulhar no rio e não se molhar
É como não morrer de frio no gelo polar
É ter o estômago vazio e não almoçar
É ver o céu se abrir no estio e não se animar

É como esperar o prato e não salivar
Sentir apertar o sapato e não descalçar
É ver alguém feliz de fato sem alguém pra amar
É como procurar no mato estrela do mar

É como não sentir calor em Cuiabá
Ou como no Arpoador não ver o mar
É como não morrer de raiva com a política
Ignorar que a tarde vai vadiar e mítica

É como ver televisão e não dormir
Ver um bichano pelo chão e não sorrir
E como não provar o nectar de um lindo amor
Depois que o coração detecta a mais fina flor

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Agora aprendi por que o mundo dá volta...

Uma das recentes revelações entre as cantoras brasileira é Mônica Salmaso. Natural de São Paulo, iniciou sua carreira musical no final da década de 80 e em 1995, lançou seu primeiro cd, só com canções afro-sambas compostos por Vinícius de Moraes e Baden Powell, projeto este muito bem aceito pelo público.

Outras canções de destaque de seu repertório são A felicidade, Na volta que o mundo dá, Por toda minha vida, A canoa virou, A permuta dos santos, Valsinha, É doce morrer no mar, Onde ir, Cabrochinha, Beatriz, etc, além de Imagina, em que gravou com Chico Buarque no cd dele.

Mônica também participou da trilha sonora do filme Vinícius e é, sem sombra de dúvidas, um grande nome da música brasileira contemporânea, o que vem sendo comprovado em trabalhos como o Dvd que fez todo em homenagem à obra do Chico Buarque e em cada lançamento que apresenta!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Eu não sei como apagar o que você foi pra mim...

Alguns grupos surgiram nos últimos anos. Entre eles, gostaria de destacar o KLB, formado pelos irmãos Kiko, Leandro e Bruno. Filhos do empresário Franco Scorvanacca, se lançaram na carreira musical em 2000, quando lançaram seu primeiro cd e contaram já com os sucessos radiofônicos A dor desse amor e Ela não está aqui.

E daí em diante emplacaram vários sucessos como Te amar ainda mais, Por que tem que ser assim, Minha timidez, A cada dez palavras, Muito estranho, Olhar 43, Seu nome, Por causa de você, Amor de verdade, Todo azul do mar, Só dessa vez, Um sonho a dois, etc.

Eu gosto da banda que anda meio sumida, mas creio que estejam preparando algo novo para nós. Nesses anos, eles evoluiram bastante como músicos e não costumo ver com preconceitos alguém que faz algo valioso, em que acredita e é por isso que o KLB é uma banda que conquista novos fãs país afora nesses mais de dez anos!

Um forte abraço a todos!

domingo, 2 de outubro de 2011

Os Intépretes do Brasil - 11

E a Série que homenageia os grandes intépretes chega a décima primeira edição, trazendo um grande cantor e compositor romântico que, quando intepreta canções de outros autores, dá à canção um tratameto especial, semelhante ao que dá às suas criações: José Augusto!

Com um vasto repertório de belíssimas canções, fica difícil escolher uma ou outra apenas que se destaca como grande interpretação. Mas, podemos citar algumas delas como foi o caso do clássico de seu repertório Fui eu, da dupla Sullivan e Massadas, mas que foi imortalizado por ele.

Chuvas de verão, Aguenta coração, Eu e você e Sonho por sonho são outros clássicos do Zé, que não foram compostas por ele. Gosto muito das releituras que ele deu para Te amo (imortalizada pela Wanderléa) e Vida cigana, gravadas recentemente, bem como Coisas do coração que, embora lembre muito a versão do Roberto, sentimos a marca José Augusto presente, como o grande intérprete que é!

Um forte abraço a todos!

sábado, 1 de outubro de 2011

Letras negras

Mais uma belíssima canção do Geraldo Azevedo, em parceria com o grande compositor Fausto Nilo e regravada de forma brilhante pelo Fagner: Letras negras. Uma composição com uma longa letra que descreve um sonho relembrado ao se folhear o jornal. Considero também uma letra de difícil interpretação, pois expõe algumas metáforas, coisas típicas de sonhos que lembramos e que muitas vezes parecem confusos em nossa mente, apresentando elementos sem ligação com o tema central do sonho. Interpretar uma canção como essas é como interpretar um sonho, algo bastante difícil e particular.

Em minha singela opinião fica a ideia de um amor forte, mas que está apenas na lembrança, a ponto de ignorar as letras do jornal ou até buscar nelas a saudade que se sente! É como se houvesse uma comparação entre o que sempre existiu de maravilhoso e o vazio que restou naquelas letras do jornal. E a frase: "O sonho é um sinal que tem fruta madura no quintal do vizinho" chegou a mim como se o autor apontasse que o sonho do retorno será realizado mediante a autorização alheia, da pessoa amada. É um risco que se corre ao expor as interpretações particulares, pois você apenas demonstra humildemente como aquelas frases chegaram a você, sem a certeza que foi essa a vontade do autor, mas é assim que descrevo essa belíssima canção que tanto aprecio:

Letras negras
(Geraldo Azevedo e Fausto Nilo)

Pelo jornal o dia chega
Com as letras negras
Do que está por vir
Pelo meu sonho era tudo bem
Você passava e olhava pra mim

Seu olhar selvagem
Perdido na paisagem
De fumaça e luz
No paraíso amor um dia
Imaginamos cidades azuis

Oh meu amor
Meu grande amor
E agora?

Serenai! Serenai! Oh verde mar
A madrugada chegou
Começa o dia e você me incendeia
Amor me incendeia até florescer

E nada mais bonito
Que o grito selvagem
Do subúrbio lado blue
Desconstruindo os muros
Até o sonho amanhecer

Oh, meu amor
Meu grande amor
E agora?

A voz na sacada
Da casa rosada
A solidão da voz
E na varanda branca da alvorada
O tempo cansa de esperar por nós

Será que é preciso imaginar o cosmo pra compreender
que esse bebê no colo tenta resistir
Essa madona quer sobreviver

Oh meu amor
Meu grande amor
E agora?

De lá das estrelas
Eles querem ver esse mundo explodir
Lágrimas na rua de verdade
Tudo pode acontecer

Afinal o sonho é um sinal
Que tem fruta madura no quintal do vizinho
Por tanto tempo eu fiquei sozinho
Pelo jornal o mundo acabou

Oh meu amor
Meu grande amor
E agora?

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mas, a filosofia hoje me auxilia...

E finalizamos o mês de setembro com um retorno à Era do rádio, com esse artista autêntico desse momento: Mário da Silveira Meireles Reis. Natural do Rio de Janeiro, Mário Reis é considerado um dos melhores de seu tempo, sendo também lembrado como um dos precursores da Bossa Nova, pois seu canto manso teria influenciado João Gilberto. Lançou seu primeiro LP em 1928.

Considerado o Bacharel do Samba, lançou vários sucessos como Eva querida, Filosofia, Gosto que me enrosco, A razão dá-se a quem tem, O que será de mim, etc. Consagrou-se como um dos principais intérpretes de Francisco Alves e Noel Rosa em seu tempo.

Mário partiu para a eternidade em 1981, mas será sempre um marco na Era do rádio. Gravou o primeiro sucesso popular de Ary Barroso e, além dos citados, foi intéprete de nomes como Ismael Silva, João de Barro e até Chico Buarque. Em 1995 foi lançado um filme que focou a música do século 20, destacando sobretudo sua obra - O mandarim.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Os Músicos do Brasil - 25

E não só de músicos antigos vive o país. Apesar de poucos incentivos e uma educação deficiente também nessa área, podemos nos orgulhar de bons nomes contemporâneos para essa arte. E um deles é Yamandú Costa. Natural de Passo fundo/RS e filho de musicista, Yamandu já tocava aos 4 anos de idade, sendo um garoto prodígio.

Atualmente esse garoto toca violão de seis, sete e oito cordas. Isso não é pra qualquer um e quem é da área sabe do talento dele, elogiado por grandes nomes da nossa música com os quais trabalhou como Baden Powell, Nelson Ayres, Paulo Moura, Armandinho, Dominguinhos, entre outros. Já lançou alguns trabalhos onde podemos comprovar sua desenvoltura, além de encontros com alguns desses nomes que tanto o elogiaram.

Tido como um mestre nas improvisações, Yamandu conquista o respeito e admiração do público brasileiro por seu talento e dedicação à música. E é prova de que se existissem mais incentivos, com certeza, teríamos mais músicos brasileiros talentosos como esse. Será que alguém ainda duvida que a música é uma ótima chave para combater muitos problemas sociais?

Um forte abraço a todos!

domingo, 25 de setembro de 2011

Olhando as estrelas - 18

Quando comecei essa série, falando dos grandes encontros de nossas estrelas, um dos primeiros que me veio à mente foi esse: Fafá de Belém e Nelson Gonçalves. Com certeza, um foi ídolo e influenciou a carreira da outra, mas a verdade é que os seus encontros e duetos foram dos mais simpáticos que a música brasileira tem para nos apresentar.

Eles gravaram juntos em dois momentos: na canção O negócio é amar (Carlos Lyra e Dolores Duran), em 1984 para o disco Ele e elas vol. 1 e, em 1989, no disco Auto-retrato, na faixa Falando de amor (Tom Jobim). O encontro mais marcante e inesquecível foi mesmo com a canção O negócio é amar, de Dolores Duran, que Carlos Lyra pôs letra para Nelson gravar junto com Fafá. Talvez o maior sucesso daquele disco, retrata um encontro fantástico que uniu toda a paíxão dos dois, com direito a um diálogo descontraído e risadas no solo da canção.

Vale lembrar que no dvd Eternamente Nelson, comentado aqui esse ano, temos esse encontro, com direito a clipe do Fantástico em imagens que vocês vêem ao lado. Fafá também gravou Nem às paredes confesso, sucesso imortalizado no Brasil pelo Nelson. Talvez fosse interessante para ela lançar um disco só com clássicos desse amigo inesquecível, afinal, como ele mesmo afirma no dueto: "Tô contigo e não abro...". E nós estamos com eles e com esses encontros inesquecíveis!

Um forte abraço a todos!

sábado, 24 de setembro de 2011

Começaria tudo outra vez

Considero esse um dos boleros mais perfeitos composto por um artista brasileiro, além de se tratar de um clássico do Gonzaguinha e da música brasileira, interpretada também por Cauby Peixoto,  Maria Bethânia, Emílio Santiago, Ângela Maria, entre outros bons cantores nacionais e até internacionais, como foi o caso do pianista Richard Clayderman.

Com uma paixão avassaladora e uma mescla de outros bons sentimentos como o otimismo, típicos de canções do Gonzaguinha, essa canção enaltece um relacionamento tão perfeito que se fosse possível, o intérprete voltaria e viveria tudo exatamente do mesmo jeito. E quantas vezes desejamos reviver tudo como foi? Talvez por isso e por tantas interpretações geniais, além da beleza da música é que essa canção pode ser classificada como clássica do nosso cancioneiro popular.

Começaria tudo outra vez
(Gonzaga Jr.)

Começaria tudo outra vez
Se preciso fosse, meu amor
A chama em meu peito ainda queima saiba
Nada foi em vão

A cuba-libre dá coragem em minhas mãos
A dama de lilás me machucando o coração
A sede de querer teu corpo inteiro
Coladinho ao meu

Então eu cantaria a noite inteira
Como já cantei e cantarei
As coisas todas que eu tive e tenho
E um dia terei

A fé no que virá
E a alegria de poder olhar pra trás
E, ver que voltaria com você
De novo viver neste imenso salão

Ao som deste bolero! vida vamos nós
E não estamos sós
Veja, meu bem
A orquestra nos espera
Por favor mais uma vez, recomeçar

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Nosso amor estava escrito nas estrelas...

Natural de Campo grande/MS, essa é Teresinha Maria Miranda Espíndola, mais conhecida como Tetê Espíndola. Irmã de músicos com os quais montou um grupo e iniciou sua carreira, Tetê tem uma voz aguda incrível. Lançou seus primeiros discos ainda no final da década de 70 e início dos anos 80, com uma temática regionalista e influência de ritmos paraguaios.

Mas, ainda hoje é lembrada por seu grande sucesso Escrito nas estrelas, canção que a tornou conhecida do grande público, por ter vencido um Festival da Globo. E outras canções foram sucesso em sua voz como Galopeira, Meu primeiro amor, Índia, Carinhoso, Refazenda, Adeus Pantanal, Sertaneja, Na chapada, etc.

Tetê continua fazendo shows e relembrando seus grandes sucessos. Acredito que muitos que torciam o nariz para sua Escrito nas estrelas não conheciam o talento da intérprete de outras canções que a consagraram no decorrer de todo esse tempo, atraindo para ela um público cada vez mais fiel!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Os Compositores do Brasil - 41

Este é José Antônio de Freitas Mucci, mais conhecido como Tunai. Apesar de cantar, Tunai se destaca mais na composição de grandes sucessos que ele mesmo interpreta e também nas vozes de outros nomes da nossa música. Natural de Ponte Nova/MG, é irmão do também cantor e compositor João Bosco.

Entre os intérpretes de seus sucessos temos Elis Regina, Simone, Gal Costa, Nana Caymmi, Milton Nascimento, Roupa Nova, Fafá de Belém, João Bosco, Fagner, Emílio Santiago, Zizi Possi, Sandra de Sá, Ney Matogrosso, Ivete Sangalo, Elba Ramalho, entre outros, em sucessos como Certas canções, Frisson, Se eu disser, As aparências enganam, Trovoada, Saudades do Brasil, Agora tá, Depois das dez, Olhos do coração, Eternamente, Rádio experiência, etc.

Tunai já lançou discos com alguns de seus sucessos, obtendo sempre êxitos naquilo que faz. Continua país afora fazendo shows e divulgando seu trabalho e com isso, aguardamos apenas mais canções vindo desse grande artista que temos em nossa música e os intépretes agradecem!

Um forte abraço a todos!

domingo, 18 de setembro de 2011

CD Adilson Ramos – Alegrando corações

Para comemorar seus cinqüenta anos de carreira, Adilson Ramos presenteou seus fãs com um trabalho onde mescla canções inéditas com regravações de grandes sucessos, todos feitos em estúdio, resultando em um grande trabalho para quem curte a voz e as eternas canções desse grande romântico.

Das inéditas temos a continuidade do estilo Adilson Ramos em canções mais agitadas como Um toque de recordação e Planeta sedução, até as mais lentas Me telefona e Fala sério (a minha preferida, com uma levada bem pop e letra mais que romântica). Os clássicos aparecem em A chuva me lembrou você, Só liguei porque te amo e nos medleys que trazem Leda/Solidão/Matinê/Olga, Fim de festa/Erro perfeito e Sonhar contigo/Sonhei com você/Duas flores/O relógio/Tão somente uma vez.

Completam o trabalho outras canções menos clássicas, mas não menos interessantes como Lá vou eu, Vem, Até que amanheça, Vai anoitecer, Porta-retrato (ao vivo), Corpo alma e coração, Seguindo você e uma regravação de O que você quiser, do repertório do José Augusto. Com esse trabalho, Adilson perpetua seu trabalho entre nós, mesclando sua animação típica desde a Jovem Guarda, inclusive em algumas canções que têm essa levada, com seu romantismo inquestionável e sempre agradável a todos que freqüentam seus shows e curtem seus cds.

Um forte abraço a todos!

sábado, 17 de setembro de 2011

Desenho de giz

Essa é mais um clássico do repertório do João Bosco. Mais uma daquelas canções que arrebentam coração, também interpretada por outros artistas como Simone e Emílio Santiago, inclusive tendo a participação do João na gravação da Simone.

Desenho de giz remete a uma reflexão, uma conversa entre o artista e seu público, por exemplo, a respeito dos sentimentos mais profundos, do amor enfim, chegando a antiga e óbvia conclusão de que não dá pra ser feliz sem amor. É claro que os mais românticos pensam no amor entre duas pessoas, mas indo além, isso se verifica no termo amor em seu mais profundo e extremo significado e creio que foi essa a lição que o João e o Abel quiseram passar pra nós através dessa belíssima canção:

Desenho de giz
(João Bosco e Abel Silva)

Quem quer viver um amor
Mas não quer suas marcas,
qualquer cicatriz

A ilusão do amor
Não é risco na areia,
é desenho de giz

Eu sei que vocês vão dizer
A questão é querer desejar, decidir
Aí diz o meu coração
Que prazer tem bater se ela não vai ouvir

Aí minha boca me diz
Que prazer tem sorrir
Se ela não me sorri também
Quem pode querer ser feliz
Se não for por um grande amor

Eu sei que vocês vão dizer
A questão é querer desejar, decidir
Aí diz o meu coração
Que prazer tem bater se ela não vai ouvir
Cantar mas me diga prá que ai ai ai
E o que vou sonhar
Só querendo escapar à dor
Quem pode querer ser feliz
Se não for por amor

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Nada me separa desse amor...

A música brasileira é riquíssima em sua diversidade e isso é um dos elementos marcantes que a tornam a melhor do mundo, a meu ver. O segmento gospel tem conquistado cada vez mais espaço no mercado nacional, atingindo até mesmo àqueles de religiões diferentes e acho que assim é que deveria ser. Ao menos a música é universal e não divide as pessoas quanto às suas crenças, por isso mesmo creio que a boa música nos deixa mais perto de Deus.

E artistas como José Clementino de Azevedo Neto, ou simplesmente J. Neto, é um dos pioneiros na difusão desse segmento em nosso país. Natural de Parelhas/RN, mudou-se para o Rio de Janeiro ainda criança. Lançou-se na carreira artística nos anos 80, quando lançou seu primeiro disco em 1985. Entre seus sucessos temos Nada me separa desse amor, Pensando bem, Vaso novo, Água viva, A tua graça me basta, Amor sem fim, Dê um sorriso, Não tente sozinho, etc.

Jota Neto, como é conhecido, é considerado o Roberto Carlos dos evangélicos, por ter um timbre de voz muito parecido com o do Roberto, de quem deve ter sofrido influências. E no mundo gospel é um dos melhores, dos mais populares. E isso só reforça o que falei acima: sonho com um dia em que as pessoas vão ouvir a boa música sempre e entender que ela não divide ninguém em nada, nem mesmo em religiões!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Forjar no trigo o milagre do pão...

Uma das duplas mais respeitadas do gênero sertanejo raiz: Pena branca e Xavantinho, nomes artísticos de José Ramiro Sobrinho e Ranulfo Ramiro da Silva. Irmãos, ambos de Uberlândia/MG, trabalharam na roça, desenvolvendo o gosto pelo canto e pela viola. Começaram a cantar em 1962 e em 1968 mudaram para São Paulo para tentar a carreira artística, participando de alguns festivais.

Mas, o destaque só viria em festival de 1980, com a música Que terreiro é esse?, classificada para a final. No mesmo ano lançaram seu primeiro LP, com destaque para as canções Velha morada e O cio da terra. E entre outros sucessos, temos Rama de mandioquinha, Memória de carreiro, Mulheres da terra, Casa de barro, Luar do Sertão, Tristeza do Jeca, Vaca estrela e boi fubá, Amanheceu peguei a viola, Romaria, Tocando em frente, Cálix bento, etc.

Xavantinho nos deixou em 1999 e Pena branca deu continuidade ao trabalho da dupla até 2010, quando também partiu para a eternidade. Eles serão sempre lembrados como uma ótima referência nesse gênero tão discriminado, mas que é tão brasileiro e que canta o interior desse país, com suas paisagens e riquezas, como ninguém.

Um forte abraço a todos!

domingo, 11 de setembro de 2011

Roberto Carlos em Jerusalém

O grande projeto do rei Roberto Carlos para 2011 foi o show realizado em Jerusalém no último dia 07 e exibido pela Globo ontem. Pela primeira vez, cantando naquele país, (Roberto já gravou cenas do filme O diamante cor de rosa, em 1969 em Israel), fez um show memorável. Clássicos como Emoções, Detalhes (que ele cantou em quatro idiomas), Além do horizonte, Como vai você (que cantou em espanhol), Como é grande o meu amor por você, Lady Laura, Proposta, Outra vez, Eu te amo te amo te amo, Mulher pequena (em espanhol e português), Desabafo e É preciso saber viver  que estão no seu atual show não ficaram de fora.

Mas, as surpresas vieram pela inclusão de canções que nem sempre canta em shows como Eu sei que vou te amar, Olha, Falando sério,  O portão,  e de mensagens como Pensamentos, Eu quero apenas, A montanha, Ave Maria (em italiano), Jerusalém de Ouro (em português e hebraico), além de Jesus Cristo, que não poderia faltar em uma apresentação como esta, principalmente pela religiosidade do cantor, destacada ao longo de sua discografia. Outras surpresas foram Aquarela do Brasil, Caruso (em italiano), Unforgettable (com direito à dança com Glória Maria), que nunca foram gravadas em discos pelo Roberto.

O show uniu nossas tradicionais emoções à religiosidade desse lugar e desse artista brasileiro que encanta o mundo por onde se apresenta, sobretudo nas cenas externas ao show, quando visita o Santo Sepulcro ou o Muro das Lamentações. O cenário e os arranjos das canções são um espetáculo a parte. Há a promessa de que esse projeto seja lançado no final do ano na íntegra, em cd/dvd junto com duas canções inéditas, mas a verdade é que o Natal brasileiro começou mais cedo, com esses presentes para nós, fãs do Roberto, que ficamos felicíssimos com essas novidades.

Um forte abraço a todos!

sábado, 10 de setembro de 2011

Dias melhores

A banda Jota Quest completa 15 anos de estrada em 2011. Além do reconhecimento de seu público fiel, conquistado durante todo esse tempo, os colegas de profissão também reconhecem a banda como uma das coisas boas que aconteceram nesses últimos anos. Isso se verifica, por exemplo, com as recentes regravações feitas por artistas como Milton Nascimento e Fábio Jr, para clássicos da banda: O sol e Dias melhores, respectivamente.

Dias melhores é uma das clássicas da banda, uma mensagem que define bem o trabalho desses meninos que unem o rock à perspectiva de ânimo e paz interior que devem habitar o coração humano sempre, como bem define a letra:

Dias melhores
(Rogério Flausino)

Vivemos esperando dias melhores
Dias de paz, dias a mais
Dias que não deixaremos
Para trás

Vivemos esperando
O dia em que seremos melhores
Melhores no amor
Melhores na dor
Melhores em tudo

Vivemos esperando
O dia em que seremos
Para sempre

Dias melhores pra sempre
Dias melhores pra sempre...

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Eu não sou mais quem você deixou de ver...

Uma das melhores revelações dos últimos tempos, ela é Teresa Cristina Macedo Gomes. Natural do Rio de Janeiro/RJ, Teresa divulga o samba atualmente, merecendo destaque entre as novas gerações, mas batalhou bastante em outras profissões até começar a cantar em bares do Rio de Janeiro.

Reconhecida por colegas de peso como Marisa Monte e Paulinho da Viola, Teresa lançou seu primeiro cd em 2002. E de lá pra cá, coleciona êxitos e sucessos como Convite à tristeza, Orgulho, Morada divina, Beijo sem, Cantando, Pura semente, A felicidade, Festa imodesta, Gema, O meu guri, Com a perna no mundo, Coração leviano, Foi um rio que passou em minha vida, entre outras.

Acompanhada pelo grupo Semente, Teresa firma seu nome como uma agradável novidade para a música brasileira. Mas, engana-se quem pensa que ela se restringe ao mundo do samba. Recentemente, fez show só com canções de Roberto Carlos e emocionou-se ao ver o rei na Beija-flor esse ano. E também já gravou com nomes como Caetano Veloso, Marisa Monte e Paulinho da Viola, entre outros, o que confirma sua versatilidade musical!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Você me acostumou a todas essas coisas...

Outro músico, cantor e compositor que muito influenciou artistas brasileiros é Armando Manzanero Canché, natural do México. Dono de canções que podem ser considerados clássicos latinos, Manzanero já foi visitado por vários astros brasileiros, sendo influenciado e também conhecido através destes em nossa terra.

Só pra citar alguns sucessos seus, temos Esta tarde vi llover, Yo te recuerdo, It´s impossible, Voy a la apagar la luz, Contigo aprendi, Tu me acostumbraste, Me vuelves loco, Por fin mañana, Te extraño, Adoro, No, Señor amor, entre tantos que são reconhecidos em várias partes do planeta.

Você já pensou ter em seu currículo de grande músico que começou a tocar aos 8 anos de idade, interpretando suas canções nomes como Elvis Presley, Christina Aguilera, Tony Bennett, Andrea Bocelli, Ray Conniff, Luis Miguel, Paul Mauriat, Richard Clayderman, Frank Sinatra, Julio Iglesias e os brasileiros Roberto Carlos, Elis Regina, Ivan Lins, Nana Caymmi, Caetano Veloso, Joanna, Simone, entre outros? Sem sombra de dúvidas estamos diante de um senhor nome da música mundial, reverenciado também pela música brasileira!

Um forte abraço a todos!

domingo, 4 de setembro de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 10

Zé Ramalho é conhecido pelo seu vozeirão e também por grandes composições com as quais presenteia a música brasileira, através de suas próprias leituras, ou quando oferece à alguma outra voz, geralmente feminina. Meio incomum em seu repertório é ouví-lo interpretar outros compositores. Mas, mesmo assim, encontramos em sua discografia, interpretações de outros autores, nas quais carimba sua marca.

É o caso por exemplo de canções como Trem das sete, do Raul Seixas, que considero ter dado uma leitura própria e mais interessante que a original. Ou quando grava algum clássico de Gonzaga como foram as canções Asa branca, Qui nem giló, Sabiá, Baião, Xote das meninas, No meu pé de serra, etc.

Aliás, foram essas e outras canções que fizeram Zé lançar a coletânea Zé Ramalho canta Luiz Gonzaga, que faz parte da série Zé Ramalho canta (Jackson do Pandeiro, Bob Dylan e Beatles). Vale lembrar que já tinha lançado antes o cd/dvd em que explora o repertório do Raul Seixas e também o Cd Estação Brasil, em que canta outros autores como Tom Jobim, Milton Nascimento, Gonzaguinha, Djavan, Cazuza e Roberto e Erasmo, entre outros, o que caracteriza o lado intérprete desse grande músico que temos!

Um forte abraço a todos!

sábado, 3 de setembro de 2011

Metade

Mais uma belíssima canção romântica da Adriana Calcanhoto. Metade é um clássico de seu repertório e daquelas canções imprescindíveis em seus shows, daquelas que os fãs acompanham em côro. Também uma das preferidas e mais populares entre os cantores da noite, sobretudo por possuir acordes fáceis e agradáveis para violão ou piano.

Metade relata um amor despedaçado a começar pelo título, alguém que estava numericamente inteira e ficou pela metade com a ausência de seu amor. E essa solidão, essa sensação de falta a leva a atitudes de descontroles, fruto de uma tristeza imensurável, comum a muitos casos de amor que estão aos cacos, como diz a letra:

Metade
(Adriana Calcanhoto)

Eu perco o chão
Eu não acho as palavras
Eu ando tão triste
Eu ando pela sala

Eu perco a hora
Eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim

Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos
Eu estou ao meio

Onde será
Que você está agora?

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

E na hora cantou um passarinho...

Este é Rolando Boldrin. Natural de São Joaquim da Barra/SP, seu nome é facilmente associado a programas matinais dominicais que apresentam o sertanejo raiz, como foi o Som Brasil da Rede Globo nos anos 80 e é o Sr Brasil da TV Cultura. Boldrin aprendeu a tocar viola com sete anos e, com doze, formou dupla com um de seus irmãos: a dupla Boy e Formiga.

Sempre com um causo para contar nos programas que apresenta, Boldrin é uma figura associada à cultura interiorana, que conhece como poucos e sempre promoveu isso em sua arte, seja como cantor, poeta ou nesses mesmos causos com os quais descreve essa terra e seus personagens.

Entre as canções mais marcantes de seu repertório, temos Chico boateiro, Vide vida marvada, Rancho da serra, Eu a viola e Deus, A flor do maracujá, Cabocla Teresa, Amanheceu peguei a viola, Chico mineiro, Tristeza do Jeca, Uma pra mim uma pra tu, Trenzinho caipira, Marvada pinga, Violeiro triste, Vaca estrela boi fubá, entre tantas que tornam Rolando Boldrin um nome sempre associado à boa cultura raiz dessa nação!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Os compositores do Brasil - 40

Um dos compositores mais renomados desse país e um dos parceiros mais constantes de outro grande compositor já comentado aqui, o Carlos Colla: Maurício Duboc. Natural do Rio de Janeiro, Duboc tem vários sucessos nas vozes de vários artistas nacionais, mas foi através das gravações realizadas por Roberto Carlos que obteve mais êxito.

Entre as tantas criações de seu repertório, temos A namorada, A partir desse instante, Comentários, As mesmas coisas, Da boca pra fora, Me conta sua história, Doce loucura, Eu sem você, Existe algo errado, Falando sério, Ingênuo e sonhador, Mais uma vez, Negra, Passatempo, Quantos momentos bonitos e Sonho lindo, só do repertório do rei Roberto.

Além dele, Maurício já foi gravado por nomes como Simone, Paulo Ricardo, Maria Bethânia, Nelson Gonçalves, Chitãozinho & Xororó, Emílio Santiago, Joanna, Cláudia Leite, Cauby Peixoto, entre tantos, o que só reforça a afirmação de que se trata de um dos mais requisitados e talentosos compositores desse país.

Um forte abraço a todos!

domingo, 28 de agosto de 2011

Olhando as estrelas - 17

Em recente show beneficente.
Mais um grande encontro que nossa música brasileira proporciona entre dois artistas que tanto se admiram e se respeitam. Um cresceu tendo o outro como um de seus grandes ídolos. O outro assumiu ser fã do primeiro. Estou falando de Djavan e Caetano Veloso, dois grandes astros que preenchem a série hoje com alguns de seus encontros.

Caetano já gravou música de Djavan e a recíproca se verifica. Conste que isso é algo incomum já que se tratam de dois grandes compositores e que, geralmente em seus discos constam suas criações, sobrando pouco espaço para interpretações de outros autores. Caetano gravou Oceano e Sina, onde originalmente consta o verbo Caetanear que, trocou por Djavanear, retribuindo a gentileza. Caetano também seria citado em Eu te devoro. Djavan, em seu disco mais recente gravou Oração ao tempo e Luz e mistério, do baiano.

Na década de 80 no Chico&Caetano.
E ambos brindam essa admiração através de uma canção composta pelos dois e gravada pelo Djavan em 92 e depois pelo Caetano no CD/DVD Prenda minha, que foi a belíssima canção Linha do equador. Ambos ainda compuseram a canção Invisível, que foi gravada apenas por Maria Bethânia. É com essas e outras, que podemos perceber que esses dois astros têm um brilho imensurável, que só reluz ainda mais, quando se encontram!

Um forte abraço a todos!

sábado, 27 de agosto de 2011

Amor bandido

As canções de Michael Sullivan e Paulo Massadas fizeram muito sucesso principalmente na década de 80. Vendo uma recente apresentação da Joanna, uma das intépretes mais constantes da dupla, presenciei a intepretação de um de seus maiores sucessos que também foi presente deles: a canção Amor bandido, tema da novela global Bebê a bordo. Gravada originalmente em 1988 e depois em vários cds ao vivo da Joanna, Amor bandido apresenta aquele amor prisioneiro, mas que faz bem ao corpo e à alma apaixonada.

Percebi que gosto demais das canções da dupla, pois sempre me remeto a algum sucesso deles, entre tantos intérpretes. E percebi também que Joanna tem, entre seus grandes sucessos, muitos creditados à dupla. E Amor bandido traz de volta aquela levada romântica que só os anos 80 trouxeram para nós, embora alguns preferem torcer o nariz pra isso, eis uma grande canção:

Amor bandido
(Michael Sullivan e Paulo Massadas)

Fale quem quiser falar
Desse jeito não dá pra ficar
Vou dar um tempo
Tudo o que eu podia eu fiz

Vou tentar de novo ser feliz
Vou dar um tempo
Mas eu quero te deixar e não consigo

Bate forte o coração
E começa a minha indecisão
Uma parte quer viver
Outra parte diz que sem você

Não vale a pena
Penso em tudo que ficou
Tanta coisa a gente já passou

Valeu a pena
Como posso te deixar amor bandido
Eu me acostumei demais
Nosso amor ninguém na vida faz

Pode o mundo se acabar
Que vontade de te dar
O meu amor que eu guardei pra gente

Pode o mundo se acabar
Que vontade de te dar
Meu coração que quer ver você
Pra sempre, pra sempre, pra sempre

Sempre que eu tentar tirar
Você de mim eu vou perder
Essa tua inspiração

Que me dá forças pra viver
Só você pra seduzir
E me matar de emoção

Eu me acostumei demais
Nosso amor ninguém na vida faz
Pode o mundo se acabar
Que vontade de te dar
O meu amor que eu guardei pra gente

Pode o mundo se acabar
Que vontade de te dar
Meu coração que quer ver você
Pra sempre, pra sempre, pra sempre

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Risque meu nome do seu caderno...

Recentemente falamos de Dircinha Batista e agora, sua irmã Linda Batista, ou melhor Florinda Grandino de Oliveira. Natural de São Paulo, Linda começou tocando com sua irmã e um dia teve que substitui-la em um programa de rádio. Daí em diante, depois de pouco tempo já estava consagrada como cantora, recebendo vários prêmios na era de ouro do rádio nacional.

E entre os sucessos de seu repertório, podemos citar Nêga maluca, Calúnia, Vingança, Ô abre alas, Risque, Volta, Quem gosta de passado é museu, Criado com vó, Chico Viola, Quem sabe da minha vida sou eu, entre outros, além de muitos filmes entre as décadas de 30 e 60.

Linda nos deixou em 1988, mas seu trabalho é sempre relembrado sobretudo quando alguém deseja visitar a época de ouro do rádio nacional e encontra em nomes como o seu e o de sua irmã Dircinha, ícones dessa época e que muito contribuíram para os nossos tempos!

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Os Músicos do Brasil - 24

Este é Antônio César Camargo Mariano, pianista e arranjador brasileiro de grande renome internacional. Natural de São Paulo/SP, é o pai de Pedro Mariano e de Maria Rita, filhos que teve de seu casamento com Elis Regina. Seu pai era professor de música e começou a tocar sozinho, brilhando já aos 14 anos. Na década de 60 montou vários grupos e grava seus primeiros discos.

Além de firmar uma parceria com Elis, não só em sua vida pessoal, mas também profissional, trabalhou com outros artistas como Chico Buarque, Maria Bethânia, Jorge Benjor, Nana Caymmi, Lenny Andrade, Pedro Mariano, Tom Jobim, Gal Costa, Simone, Rita Lee, João Bosco, Emílio Santiago, Ivan Lins, etc.

É por seu trabalho como músico, produtor ou compositor que apresenta um currículo desses e com um trabalho marcante no exterior, César é merecidamente considerado um dos melhores do mundo, o que nos deixa muito gratificantes em saber que temos um músico como este para reverenciarmos, por seu talento e sua competência.

Um forte abraço a todos!

domingo, 21 de agosto de 2011

CD e DVD Raimundo Fagner Me leve ao vivo

Em 2002, sob a co-produção de José Milton, Fagner lançou o CD/DVD Me leve ao vivo, resultado de um show gravado no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. A apresentação reune grandes sucessos do cearense, além de alguns outros menos explorados ao logo de sua carreira, provando que Fagner tem noção do repertório de sucesso que sempre dispôs para os fãs apaixonados pelo seu trabalho.

Encontramos clássicos não só do Fagner, mas da música brasileira como é o caso de Mucuripe, Guerreiro menino, Espumas ao vento, Fanatismo, Jura secreta, As rosas não falam, Canteiros, Revelação, Deslizes, Noturno, Borbulhas de amor e Súplica cearense. Outras menos conhecidas de seu repertório que aparecem no show são Festa da natureza, Muito amor, Me leve, Quem me levará sou eu e Ave Maria de Gounod, que Fagner dedica a uma freira que estava na plateia.

O show conta com a participação especial de Zeca Baleiro, que divide os vocais em Você só pensa em grana e A tua boca, que abre o bloco dedicado ao forró, inclusive no cenário, em que Fagner canta Vem viver essa paixão, Lembrança de um beijo, Numa sala de reboco, Pedras que cantam e a deliciosa Quando chega o verão, de Dominguinhos, em que Raimundo Fagner prova que aprendeu direitinho com o eterno mestre Lua, nosso Gonzagão!

Um forte abraço a todos!

sábado, 20 de agosto de 2011

Ainda lembro

Pra quem curte o trabalho da Marisa Monte fica uma dúvida cruel em qual sua melhor canção, interpretação, performance, etc. Ao menos posso citar Ainda lembro como uma das preferidas de muitos e creio que está entre as cinco mais clássicas dela. Gravada em dueto com Ed Motta e depois em versão ao vivo só com a Marisa, é também muito interpretada pelos cantores da noite.

Além de ter uma belíssima melodia, Ainda lembro expõe a lembrança daquele amor inesquecível, descrevendo detalhes particulares, mas que se identificam com várias relações que cultuam essa canção. Sem falar que a letra destaca alguns diálogos, algo meio incomum e talvez mais difícil de se realizar em canções, digamos cantadas e não declamadas. Enfim, tudo que foi dito é pouco diante de uma belíssima canção como essa:

Ainda lembro
(Marisa Monte e Nando Reis)

Ainda lembro o que passou
Eu, você, em qualquer lugar
Dizendo: - Aonde você for eu vou

E quando eu perguntei ouvi você dizer
Que eu era tudo o que você sempre quis
Mesmo triste, eu tava feliz
E acabei acreditando em ilusões

Eu nem pensava em ter que esquecer você
Agora vem você dizer: - Amor, eu errei com você
E só assim pude entender
Que o grande mal que eu fiz foi a mim mesmo

Vem você dizer: - Amor, eu não pude evitar
E eu te dizendo: - Liga o som e apaga a luz

Ainda lembro o que passou
Ainda lembro como era bom
Ainda lembro inda lembro
Ainda lembro, inda lembro...
 
Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Quão profundo é seu amor...

Falar da música brasileira não nos permite esquecer algumas fortes influências que recebemos lá de fora, de outros grandes nomes que, com sua arte, acabam exercendo poder na formação de diversos artistas nacionais. Entre eles, podemos citar a banda Bee Gees como uma das melhores do mundo e uma das mais influentes no Brasil.

Os irmãos Barry, Robin e Maurice Gibb formaram a banda vocal que apresenta um dos sons mais perfeitos do mundo, citado inclusive na canção Bye bye Brasil do Chico Buarque: "O som tá que nem os Bee Gees". Eles são naturais da Inglaterra, mas mudaram-se cedo para a Austrália, onde despontaram para a carreira artística na década de 60, explodindo para o mundo após o sucesso da canção Massachusetts.

Navegando em diversos ritmos, alguns dos grandes sucessos da banda são I started a joke, Lonely days, How can you mend a broken heart?, Elisa,It doesn't matter much to me, Stayin Alive, How deep is your love?, Night fever, Tragedy, Too much heaven, Love you inside out, One, Wish you were here, Alone, Immortality, etc.

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Pra quem estende a mão e ajuda a criança...

Mais um artista daqueles que provam o ditado "filho de peixe, peixinho é...": Diogo Nogueira, filho do sambista João Nogueira e uma das boas renovações que este estilo tão brasileiro apresenta nos últimos anos. Natural do Rio de Janeiro/RJ, Diogo encontrou mesmo em sua família o berço para o samba, pois além do pai, teve influências do avô, considerado grande violonista por grandes nomes da nossa música.

Com a memória de quem presenciou as grandes rodas de samba que seu pai promovia, Diogo chegou a tentar carreira no futebol, mas a música foi mais forte e depois de algumas contusões concluiu que era na arte que seguiria, sobretudo nos anos 2000. E apesar de ser um artista novo, Diogo já cantou e conviveu com vários artistas de diferentes estilos da música brasileira, com os quais adquire aprendizado e experiência.

Parte dessa convivência pode ser vista no programa Samba da gamboa, exibido pela TV Brasil em temporadas, desde 2009. Além disso, integra a ala dos compositores da Portela. Entre os sucessos já emplacados por ele, temos Fé em Deus, Me leva, Espelho, A lua de um poeta, Tô te querendo, Pra que discutir com a Madame, Nossa missão, Violão vadio, Vazio, Vi no seu olhar, etc.

Um forte abraço a todos!

domingo, 14 de agosto de 2011

Respeita Januário

Gonzaga e seu pai Januário.
Diferente dos outros anos, quando apresentamos clássicos da música brasileira para esse dia, vamos homenagear os pais com outro tipo de clássico, de Gonzagão, em homenagem a seu pai Januário. Essa não é uma canção lembrada para essa data, mas que mexe com o tema, o tema do respeito ao pai, algo que merece uma reflexão sempre.

Respeita Januário foi feita em homenagem a Sr. Januário, que tocava sanfona dos oito baixos como ninguém e Gonzagão quis imortalizar a admiração e o respeito que tinha pelo pai nessa canção que carrega um tom cômico (por se sentir o melhor e, de repente, ser superado por seu pai) e um tom de respeito paterno.

Respeita Januário
(Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira)

Quando eu voltei lá no sertão
Eu quis mangar de Januário
Com meu fole prateado
Só de baixo, cento e vinte,
botão preto bem juntinho
Como nêgo empareado

Mas antes de fazer bonito de passagem por Granito
Foram logo me dizendo:
De Itaboca à Rancharia,
de Salgueiro a Bodocó, Januário é o maior!
E foi aí que me falou meio zangado o véi Jacó:

Luíz, respeita Januário
Luíz ,respeita Januário
Luíz, tu pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso
E com ele ninguém vai, Luíz
Respeita os oito baixo do teu pai!
Respeita os oito baixo do teu pai!

Um forte abraço a todos!

sábado, 13 de agosto de 2011

CD Fafá de Belém Pássaro Sonhador

Fafá de Belém é uma artista que tem grandes sucessos durante toda sua carreira e em sua maioria, sucessos românticos. Considero esse cd, produzido pelo Michael Sullivan e direção artística de Miguel Plopschi, lançado em 1996, como o mais romântico e seu melhor trabalho, sem desmerecer os demais, pois Fafá se mostra romântica ao extremo com suas paixões, destacadas também em suas raízes e tradições de sua terra, de seu povo.

O que dizer de um trabalho que reúne Fafá, Zezé, Sullivan, Plopschi, Nando, Zé Augusto, Ed Wilson, Paulo Sérgio Valle? Basta dizer que desse trabalho, tivemos no topo das paradas as canções Vermelho (que o cd oferece duas versões, uma em dueto com o autor David Assayag), Abandonada (de Michael Sullivan e Paulo Sérgio Valle), À queima roupa (de Zezé di Camargo) e É tão bom te amar (de Nando Cordel, tema da novela A Indomada).

Mas, temos outras canções que, mesmo não chegando às paradas de sucesso, tocam os corações mais apaixonados como Entre a luz e a escuridão, Pra nunca mais, Aparências, Mania de te amar e Já é tarde (que tem a própria Fafá como uma das compositoras). A parte raiz da Fafá aparece representada por Vermelho, como já citado, Pássaro sonhador e o medley Este pranto é meu/Carinho nativo/Este rio é minha rua, em um trabalho feito para ouvir e vivenciar grandes paixões.

Um forte abraço a todos!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O caderno

Dia do estudante e trago para os amigos do Blog um clássico da música brasileira, imortalizada por seu autor Toquinho e também interpretada por Chico Buarque. E confesso, como professor, que ouvir e cantar uma canção como essa emociona bastante. Faz a gente esquecer das dificuldades que são tão grandes, porque maior é a dedicação que temos por esse ofício de ensinar.

E dia do estudante serve também para acalentarmos ainda mais nossos sonhos de acreditarmos que essas pessoas vão continuar o que chamamos de bem, que vão se formar grandes seres capazes de mudar as coisas para melhor, simplesmente com seus trabalhos honestos! Por enquanto, ficamos com a ideia do caderno que Toquinho traz pra nós: a alegria de ser um instrumento inseparável no crescimento de todos os estudantes, afinal somos eternos estudantes da vida!

O caderno
(Toquinho e Mutinho)

Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco
Até o be-a-bá.
Em todos os desenhos
Coloridos vou estar
A casa, a montanha
Duas nuvens no céu
E um sol a sorrir no papel

Sou eu que vou ser seu colega
Seus problemas ajudar a resolver
Te acompanhar nas provas
Bimestrais, você vai ver
Serei, de você, confidente fiel
Se seu pranto molhar meu papel

Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel

O que está escrito em mim
Comigo ficará guardado
Se lhe dá prazer
A vida segue sempre em frente
O que se há de fazer

Só peço, à você
Um favor, se puder
Não me esqueça
Num canto qualquer

Um forte abraço a todos!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Vou ficar na minha e sua...

Acredito que essa cantora é daquelas que precisam serem mais valorizadas e descobertas por toda a nação. Trata-se de Maria Cristina Ozzetti, mais conhecida como Ná Ozzetti. Natural de São Paulo/SP, estudou piano na infância e se lançou na carreira musical no final da década de 70 em grupo musical, lançando seu primeiro disco solo em 1988.

Entre as canções que mais se destacam em seu repertório temos Sua estupidez, Ah, Atração fatal, Mania de você, Fruto proibido, Canto em qualquer canto, Show, Praias desertas, João Valentão, Chuvas de verão, Meu mundo caiu, Caminhemos, Linda flor, Rosa, Doce vampiro, etc.

Com seus shows e lançamentos sempre premiados, Ná Ozzetti vai conquistando seu público, seduzindo o pessoal que gosta de música de boa qualidade que encontramos em seus shows, seja em canções de sua autoria ou quando interpreta outros autores, provando que temos bons talentos que precisamos valorizar ainda mais.

Um forte abraço a todos!

domingo, 7 de agosto de 2011

Os Intérpretes do Brasil - 9

Essa é para muitos a Intéprete número um desse país. Vários compositores ainda sonham em ter alguma canção em sua voz e outros muitos já foram premiados com esse presente. Falar em interpretação no Brasil em termos de vozes femininas é não esquecer de Maria Bethânia, afinal seria uma longa discussão sobre qual sua melhor interpretação, de tantas que já fez.

Bethânia é, sem sombra de dúvidas, daquelas artistas que quando resolvem gravar algo, pode ter certeza que a obra estará ainda mais lapidada. Esse é seu ofício, lapidar pérolas com sua voz e interpretação ímpares. Quem interpretou Gonzaguinha melhor que ela em canções como Grito de alerta, Começaria tudo outra vez e principalmente em Explode coração, que imortalizou? E ao esnobar o preconceito contra o mundo sertanejo e nos apunhalar com as interpretações de Romaria, É o amor e Tocando em frente?

Mas, ela não para por aí. Quem se atreve a gravar Roberto Carlos e deixar tão bom quanto o rei? Ela fez isso e basta ouvir todo o CD As canções que você fez pra mim e se deliciar com pérolas como Palavras e Você. Ela poderia ser a preferida de Chico, do mano Caetano, de Guilherme, de Tom e Vinícius, de Rita, de Nando, de Djavan e de tantos outros, pois comprovaríamos isso ao ouvir Olhos nos olhos, Reconvexo, Brincar de viver, Eu não existo sem você, Baila comigo, Gosto demais, Álibi, etc. Mas, ela navega por todas as faixas e diversidades como em outros clássicos que imortalizou como Sonho meu, Negue, Ronda, Depois de ter você, e tantos outros que não caberiam aqui mas que têm igual dedicação de sua arte inigualável.

Um forte abraço a todos!